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Elisa

Acordo hoje nessa manhã de domingo sem som de alarme e sem me preocupar se vou me atrasar pro trabalho, tenho um sorriso bobo inconscientemente e ele aumenta quando me lembro do motivo.

Eu ainda não consigo acreditar que nós nos beijamos, que ele me beijou, só de lembrar meu coração acelera, rolo na cama feito boba até que caio na real, não sei o que vai acontecer daqui pra frente.

Paro de pensar nisso, me levanto vou ao banheiro, quando termino, vou preparar um café da manhã caprichado, pois estou com muita fome.

Pego meu celular, chega notificação mensagem da minha mãe me chamando pra ir almoçar lá hoje e é claro que eu vou estou morrendo de saudades da minha familia.

Meus pais moram no interior de uma cidade vizinha daqui, não é muito longe e sempre que posso vou lá mas os últimos dias tem sido muito corridos.

Termino meu café da manhã, vou tomar banho, me arrumo e vou pra casa dos meus pais.

Chego lá e a casa tá cheia, meus avós, meus pais, minha irmã e meu irmão, ai como eu sinto falta daqui mas eu também adoro a minha independência e privacidade.

Cumprimento todo mundo e minha mãe logo fala.

_ Se eu não te ligo você não vem né, eu tava com muita saudades de você minha filha.  -Ela diz me abraçando.

_ Parece até que num tem mais familia. -Diz meu pai todo dramático e eu vou lá abraçar ele.

_ Eu vim aqui tem um mês parem de tanto drama e outra, vocês também não vão me ver lá em São Paulo.  - Eu digo.

_A você sabe como é seu pai, eu chamo ele pra ir mas ele diz que lá é tudo barulhento.  - E assim se inicia mais uma birra entre eles dois, então eu rio.

Entramos e vamos almoçar, almoçamos  e passamos a tarde juntos, então vou pro meu antigo quarto que tá trancado porque sempre que venho pra cá, fico nele.

Deito na minha cama e fico pensando, fico tão pensativa que nem percebo minha mãe me olhando.

_Tá com a cabeça onde? Ou em quem? -Minha mãe pergunta escorada na porta e eu me assusto.

_ Ai mãe que susto, você não perde essa mania de vir calada. -Digo.

_ Não tenta me enrolar não, tá pensando em quem? -Ela diz e vem logo se sentando na cama.

_Em ninguém. - Digo disfarçando.

_Não tente me enganar, eu sei quando meus filhos estão apaixonados.

_Apaixonada? Tá louca? -Digo e ponho a mão na boca, ela me olha brava.

_Me respeita. Eu sei que você tá apaixonada, seus olhos tão brilhando de forma diferente e você chegou aqui com um sorriso bobo nos lábios.  - Ela diz e PUTA MERDA, agora que ela falou eu consigo me dar conta, eu tô realmente apaixonada pelo Portaluppi.

_Você nem tinha percebido né? Ou talvez tinha mas não queria admitir pra si mesma. -Ela diz e caramba, ela me lei perfeitamente, ser mãe é coisa de outro mundo.

_Caramba, você seria uma psicóloga de primeira viu. -Digo e ela ri.

_Não tenha medo de se arriscar, com medo do que os outros vão pensar, porque a única pessoa que realmente quer a sua felicidade é você mesma e se você não correr atrás dela, ninguém vai fazer isso por você.  -Ela diz pra mim.

_ O que é que você tá sabendo, mãe? -Pergunto pois parece que ela sabe de tudo que se passa na minha cabeça.

_Nada, apenas minha intuição que pediu pra eu te dizer isso, agora desce que eu fiz sobremesa de sonho de valsa. -Ela diz e eu desço rápido.

Amor em campo [RENATO GAÚCHO]Onde histórias criam vida. Descubra agora