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Elisa

Me surpreendo com a atitude de Renato , eu não esperava isso de maneira alguma, jamais pensei que veria Renato Portaluppi com ciúmes de mim.

_ Certo meu bem? -Ele pergunta e novamente já que não respondi a primeira vez.

_ Ah sim, certo. -Digo confirmando.

_ Como vai Renato? - Pergunta Júlio se afastando um pouco de mim.

_ Vou bem e você...hum... desculpa mas esqueci teu nomem. Quem é você mesmo? -Renato pergunta irônico.

_ Júlio César, tudo bem, entendo que você possa ter esquecido. -Ele diz e eu saqui a insinuação mas só tô assistindo pra ver até onde vai. Aliás, cadê esse pedido que num chega? Uma fome tenebrosa que eu tô e uma demora dessa.

_ Que bom, ando com muitas coisas na cabeça.  -Ele diz e olha pra mim. Em seguida ele faz algo que me surpreende mais ainda, ele me beija, um beijo leve nos lábios, provavelmente só pro Júlio se sentir reconsideração mas eu gostei do beijo.  Quando abro os olhos novamente vejo que o Júlio já não está mais aqui perto da gente.

_ O que foi isso, Portalupi? -Pergunto.

_ Isso o que? -Ele se faz de besta.

_ Essa cena toda. - Digo.

_ Ue só fiz o meu papel que você designou a mim na noite do evento. -Ele diz tranquilo.

_ Entendi...- Antes que eu possa terminar de falar, o meu pedido chega, pego e pago, finalmente.

_ Ah finalmente, agora posso ir pra casa descansar. -Digo.

_ Quer uma carona? - Ele pergunta.

_ Não obrigada, vim de carro. -Digo.

_ Então te acompanho até lá fora, também já tô indo. -Ele diz e olha ao redor do restaurante e para o olhar sob uma específica mesa, que quando eu olho é a mesa do Júlio César e de mais uns homens.

_ Que foi? -Pergunto.

_ Am? Nada. Vamos lá.  -Ele diz e nós saímos.

Chego lá fora entro no carro, giro a chave mas não funciona. Não é possivel, esta merda vive na oficina, eu vou comprar outro, não aguento mais isso.

Desço do carro e chuto o pneu, olho pro Renato e ele tá rindo de mim mas logo ele para quando vê que tô séria.

_ Acho que você vao precisar de uma carona, doutora. - Ele diz com os braços cruzados.

_ Também acho.  -Digo vencida.  Ligo pro reboque da oficina onde vou sempre, vou virar sócia já já.

O reboque logo chega, então entramos no carro dele.

O som do carro tá ligado baixinho, tem um ventinho gostoso na janela, é sempre assim quando ando de carro com Renato, é sempre uma sensação tão calma e tranquila.

Olho pra ele que tá dirigindo todo concentrado na estrada, então ele põe uma mão na marcha e apena uma no volante, deixando em evidências as veias saltadas do seu braço, que coisa sexy do caralho, não consigo para de olhar.

_ Tá me achando bonito? -Ele pergunta ainda olhando pra estrada.

_ O que? Como você sabe que eu tô olhando pra você? -Pergunto.

_ Eu sinto quando estou sendo obrservado. -Ele diz olhando pra mim e dando piscadinha, caralho que homem gato.

Não respondo, apenas continuo olhando só que mais  escancaradamente. Chegamos no meu prédio e ele estaciona na minha vaga da garagem, eu disse que não precisava ele vir até aqui mas ele insistiu.

_Está entregue, doutora? - Ele diz desligando o carto.

_Obrigada Portaluppi, não gostaria de subir? -Pergunto.

_ Adoraria mas deixei o meu amigo me esperando. -Ele diz e eu fico curiosa.

_ Peraí, esperando onde? -Pergunto.

_ No restaurante.  -Ele diz e eu fico pasma.

_ Qual restaurante? O que a gente tava? -Pergunto confusa.

_ Sim. -Ele diz rindo.

_ Mas eu achei que você tava de saída, por isso aceitei sua carona. -Digo.

_Ah não, eu tinha acabado de chegar lá.  -Ele diz e eu não tô entendendo mais nada.

_ Então você chegou lá e saiu de novo só pra me dar uma carona? -Pergunro já entendendo tudo.

_ É claro, antes eu do que aquele cara lá.  -Ele diz e eu fico chocada, ele tá realmente com ciúmes de mim, então resolvo provocar.

_ Nossa Renato, quem vê você desse jeito até pensa que tá com ciúmes. - Digo provocando ele, sabendo que ele jamais vai admitir.

_ E eu estou mesmo. -Ele admite, esse homem tem me surpreendido muito ultimamente.

_ É sério? -Pergunto em choque com por ele ter admitido.

_ Sim doutora, se eu vou te ter, então eu quero você só pra mim. - Ele diz e eu fico sem palavras.

_ Quer exclusividade? Pega na mão e assume. -Digo brincando, que merda eu tô falando? Cala a boca. Tendo a falar merda quando estou nervosa.

_ Tudo bem, quer jantar comigo amanhã? - Ele pergunta.

_ Jantar? Eu e você? Só nós dois? Aceito. -Digo.

_ Tudo bem, amanhã as 20:00 passo pra te buscar. -Ele diz e eu assinto.

_ Então tá bom agora, vou subir. -Digo mas quando tento abrir a porta do carro, vejo que tá travada, então olho pra ele.

_ Não vai se despedir de mim doutora? -Ele pergunta com um sorrisinho safado, esse Renato está muito ousado.

Então ele se aproxima de mim, me dá um celinho leve nos lábios, me olha nos olhos e vejo suas pupilar dilatadas. Ele então põe as mãos no meu rosto e me beija, um beijo cheio de desejo reprimido que cada vez fica mais intenso.

Então ele distribui beijos até o meu pescoço até o colo do meu peito, então ele volta a beijar minha boca e eu estou completamente entregue aos meus desejos, então paramos o beijo por falta de ar e ele beija o topo da minha cabeça e encosta a sua testa na minha.

_ É melhor você ir agora doutora, pois se eu te beijar novamente dessa forma, sou capaz de não me controlar novamente e te foder aqui mesmo. -Ele diz num sussurro e porra, estou praticamente me desmanchando aqui.

_ Você tem razão.  -Digo, então ele se afasta destrava a porta do carro, dou um último beijo nele e vou embora e ele vai também.

Eu não sei que poder ele tem sobre mim que apenas com um beijo, ele consegue me deixar de pernas bambas.

Chego em casa e não consigo parar de pensar no Renato, caralho, eu posso perder minha sanidade só por causa desse homem.

Tomo banho, me visto, aqueço minha janta, que depois de todo aquele amasso no carro chegou gelado, só eu que cheguei quente. 

Depois vou me deitar, converso com a Carol por mensagem, ela já chegou de viagem e já encontrou o carinha que foi atrás dela que eu até esqueci o nome, fico conversando com a Carol até altas horas que adormeço com o celular na mão.

Amor em campo [RENATO GAÚCHO]Onde histórias criam vida. Descubra agora