Amor em campo [RENATO GAÚCHO]

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Elisa

Chego ao estádio e logo me direciono a arquibancada onde eu iria ficar, que era logo atrás do banco de reservas, minha cadeira bem na frente, com uma ótima visão.

Encontrei alguns amigos que sempre vejo quando vou ao estádio e então o jogo começa, o São Paulo pressionando o adversário todo o tempo mas leva o comtra ataque e tomamos o primeiro gol aos 23 minutos do primeiro tempo que foi marcado pelo Vina, reclamamos mas não paramos de gritar e apoiar.

O São Paulo continual levando perigo a a área do grêmio mas a bola não entra, nossa chance mais clara de gol foi numa cabeçada de Calleri que infelizmente bateu na trave, o Grêmio ficou confortável com o gol e parou de tentar atacar, só espera por uma chance de contra atacar.

Termina o primeiro tempo com o São Paulo pressionando mas não conseguimos empatar, termina o primeiro tempo ainda 1 a 0 pro grêmio.

Bebo uma garrafinha d'água, pois estou com a garganta seca de tanto gritar e cantar, eu amo isso. Olho no relógio e vejo que são 21:00 da noite, o segundo tempo já vai começar.

O segundo tempo se inicia com o grêmio atacando o São Paulo nos assustando  mas logo são paulo inicia um contra ataque com Rodrigo Nestor que toca a bola pro Igor Vinicius que dá corre em velocidade e cruza a bola na cabeça do Calleri que dessa vez acerta e faz o gol aos 5 minutos do segundo tempo levando o estádio a loucura, gritamos e nos abraçando.

Então depois de um tempo São Paulo continua pressionando e numa troca de passes entre Gabi Neves e Rodrigo Nestor, o Nestor chuta pro gol mas o goleiro espalma pra frente e no rebote o Luciano marca de bicicleta. O São Paulo vira o jogo com Luciano aos 25 minutos do segundo tempo.

O São Paulo embalado com a virada continua indo pda cima do grêmio e numa bola disputada por Calleri e Kaneman zagueiro do grêmio, o Calleri leva a melhor e toca pro luciano no meio da grande área que chuta pro gol e marca, é o terceiro gol do São Paulo no jogo, o segundo de Luciano aos 30 minutos do segundo tempo.

O jogo está perto de terminar olho no relógio vejo que são 21:40 faltam apenas 5 minutos mais os acréscimos, então num passe errado do zagueiro do Grêmio, sobra pro Calleri que marca o quarto gol do São Paulo da partida aos 40 do segundo tempo, é oficialmente uma goleada, eu estou absurdamente feliz, 4 gols da minha dupla de ataque preferida não podia ser mais perfeito. Então olho pro banco de reservas do Grêmio e vejo o técnico deles completamente indignado com a derrota.

Ele se vira para ir até os seus reservas e então vejo o seu rosto e fico incrédula com o que eu vejo, é o Renato Gaúcho, é o cara que quase ia me atropelando hoje, não é possivel, por isso que eu achei tão familiar.

O jogo termina e eu vou pra casa, o caminho todo pensando que quase fui atropelada pelo técnico gremista e logo depois fui assistir o meu time golear o time dele, bem feito, o nome disso é karma.

Chegando em casa, vou direto pro banho e no banho, continuo pensando no assunto e pensando bem, ele fica bem gato quando tá bravo. Ao perceber o que estou pensando dou um leve tapa no meu próprio rosto.

_Para de pensar nisso, Elisa. -Digo pra mim mesma.

Aquele cara é um grosso, já vi várias pessoas dizendo que ele é muito soberbo, cheio de si e até mesmo arrogante. E parece ser verdade, pelo que vi hoje quando ele quase me atropela, foi totalmente grosso, eu sei que eu tava errada mas sei também que ele não é cego pra não me ver no meio da rua, eu hein, que cara babaca.

Saio do banho com os dentes já escovados, visto meu pijama e vou direto pra cama, estou completamente exausta e amanhã será outro dia longo. Me deito e logo caio num sono pesado.

[...]

Acordo com o despertador do celular tocando, então me sento na cama, espero o meu corpo fazer o download da minha alma. Me levanto vou até o banheiro, faço minhas necessidades, escovo os dentes.

Vou até a cozinha preparo meu café juntamente com alguns pães de queijo, que eu simplesmente amo. Enquanto eu como, recebo uma notificação no meu celular é um lembrete do jantar na casa da Carol hoje a noite, pra comemorar a vinda dele pra São Paulo e conhecê-lo.

Termino meu café da manhã, direto tomar banho, me arrumo, pego minha bolsa e saio.

Chego na Clínica, cumprimento a todos, então chego a minha sala, olho minha lista de pacientes e no final da lista vejo escrito "paciente V.I.P".

Termino minhas consultas do dia mas falta a última consulta. Entro no elevador e pressiono o bota do último andar da clínica, é o andar de pacientes  que são famosos, políticos, empresários, só entram pessoas autorizadas. Ao sair do elevador tem um porta, no corredor que dá acesso a várias salas e na porta de cada uma dessas salas de consulta a um scanner de digital que autoriza a sua entrada.

Então entro na porta, procuro sala número 33 que é onde o Sr. Barbieri está, coloca meu dedo no scanner pra fazer a leitura da minha digital, estou muito nervosa pelo fato de ser meu primeiro paciente vip, tenho que ter cautela pois qualquer coisa a clínica pode ser prejudicar e isso não pode acontecer, alguns pacientes são temperamentais e não aceitam que o que dizemos é pra ajudar,  respiro fundo e entro na sala.

Vejo o Sr. Barbieri de costas pra mim olhando pra vista da janela, então eu pigarreio e falo.

_Olá, Sr. Barbieri. Eu sou a Dra. Elisa e serei a sua psicóloga. -Digo com as mãos suando tomara que ele não perceba que estou nervosa.

Então ele coloca o copo com água que nem percebi que ele tava bebendo, na mesa. E se vira pra mim e abre um sorriso que me deixa sem palavras.

JÚLIO CÉSAR BARBIERI, 40 ANOS.