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Elisa

O Sr.Babieri me encara com um belo sorriso e tento desvendar o mistério que há em seus olhos mas retorno aos meus pensamentos então pigarreio, quebrando a troca de olhares.

_Olá, Dra Elisa, é um prazer conhecê-la. -Ele diz se aproximando ficando próximo suficiente para pegar minha mão e depositar um beijo sobre a mesma.

_ Igualmente, podemos começar? Digo, retirando minha mão que estava sob a dele e me acomodando, num poltrona e gesticulo para que ele se sente no sofá ao lado.

_Bom, Sr.Babieri, vamos conversar...
- Começo dizendo a ele que logo me interrompe.

_Por favor me chame de Júlio, bom doutora, eu vou pular toda essa enrolação e vou direto ao ponto. -Ele diz se aproximando da ponta do sofá.

_ Já faz algum tempo que estou tendo alguns pesadelos mas ultimamente, eles estão cada vez mais realistas, como se eu voltasse no tempo, cada vez que eu durmo,então eu gostaria que você me prescrevesse algum remédio pra parar com toda essa merda. -Ele diz e olha pra mim.

_ Sinto muito mas não posso porque não existe remédio, imagino que pelo que o senhor disse, talvez esses pesadelos sejam causados por algum trauma que o senhor sofreu mas se o senhor me falar, talvez eu possa ajudá-lo. -Digo e ele se levanta.

_ Bom, sabia que isso seria perda de tempo, não devia ter ouvido a nana. -Ele diz olhando para o relógio.

_ Não acho que seja perda de tempo, a final com mais sessões posso ajudá-lo a encarar esse trauma de perto e superá-lo. -Digo e ele sorri.

_Acho que não, Doutora. Agora com licença. -Ele diz.

_Como queira, senhor. Caso mude de ideia pode voltar. -Digo ele acena e sai.

Ufa, finalmente posso ir pra casa. Olho a hora no meu relógio e vejo que já são os 18:00h tenho que ir pra casa rápido, não posso me atrasar para o jantar da Carol se não ela me mata.

Por sorte, meu carro já saiu da oficina, o mecânico me ligou cedo e fui buscar na hora do almoço.

Chego em casa, são 18:30h, largo as chaves em cima da mesa de centro e corro, pro meu quarto pra me arrumar.

Chego no banheiro, tiro minha roupa e entro no banho frio, eu amo banho frio. Saio do banho e  escovo meus dentes

Chego no quarto, arrumo meu cabelo, prendo em um rabo de cavalo. Coloco os acessórios, me maquio e me visto.

Termino, tudo rápido, saio de casa as 19:50 e saio de casa. Esqueço de passar perfume, então volto em casa e passo, agora sim, pronta. Pego as chaves do carro e saio.

Ainda pego a merda de um trânsito, realmente hoje não é meu dia. Pelos menos a Carol ainda não mandou mensagem, o que significa que o pai dela ainda não chegou.

O trânsito finalmente começa a andar e então eu mudo de faixa mas no momento que eu mudo o trânsito para novamente e eu acidentalmente bato meu carro na traseira de outro carro, puta merda, que azar do caramba.

Desço do carro, vejo que o estrago não foi muito, o cara do outro carro também desce e eu não acredito no que eu vejo.

_ Como voc... A eu não acredito, você? De novo? Sempre me causando problema em garota? - O cara do carro desce e eu não acredito que o meu azar é tanto, que tenho que encontrar esse cara de novo, ele mesmo, Renato Gaúcho, o mesmo que ia me atropelando ontem e que merda.

_Ai eu mereço mesmo viu. Eu causando problemas? Você que parou do nada. -Digo enquanto ele olha o amassado no carro dele.

_ Acho que tu não tava prestando atenção, que não viu trânsito parar ou tava no celular de novo? -Ele diz me fazendo revirar os olhos.

_Eu prestei atenção sim, só tô atrasada e agora mais ainda, por sua culpa, coroa abusado. -Digo olhando no meu relogio, vendo que são 20:30.

_Como é? Você me respeita garota, eu hein. Eu também tô atrasado por tua culpa, quer saber vou discutir contigo não, me dá teu número de telefone. -Ele diz e eu fico surpresa.

_ O que? Porque eu te daria meu número? - Pergunto confusa.

_ Pra eu te ligar pra tu pagar o conserto? - Ele diz e eu rio incrédula. _Não tô vendo graça. -Ele diz.

_ Você tá sonhando se pensa que eu vou pagar o teu conserto. -Digo e ele massageia as têmporas.

_Quer saber, tenho tempo pra discutir mais não, me dá teu número. -Ele diz e eu suspiro.

_Tudo bem então, toma aqui. Passa lá, tem ótimos psicólogos e psiquiatra, talvez eles possam te ajudar a parar com tais devaneios ou não, talvez seja só a idade já afetando sua cabeça.  -Digo ao entrgar o cartão com o número da clínica.

_ Mas você é muito abusada mesmo, hein garota, que saber eu vou embora, vou perder tempo contigo não.  -Ele diz sobe no carro e vai embora.

Entro no meu carro e vou embora também. Merda, agora que eu me toquei, eu não devia ter entregado o cartão da clínica e se ele for me procurar lá mas que droga e pra piorar tô atrasada pra caralho.

Ai como eu te odeio, Renato Portaluppi, espero que nunca mais eu tenha que ver sua cara estúpida novamente.

Ai como eu te odeio, Renato Portaluppi, espero que nunca mais eu tenha que ver sua cara estúpida novamente

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Nossa Elisa, tá gata hein. Algo me diz que esse jantar vai render muito 🔥😂

Amor em campo [RENATO GAÚCHO]Onde histórias criam vida. Descubra agora