39. Eu Que Agradeço

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Han Jisung



Me remexi na cama ainda incomodado com a presença de Minho. Senti o olhar dele pesar sobre mim e seu corpo se aproximar cada vez mais.



Tentei virar para o outro lado mas suas pernas prenderam as minhas.



Ignorar ele é muito difícil.



Fechei os olhos convicto de que conseguiria ignorar sua presença mas Minho passou a suspirar descontente várias vezes e a mexer no meu travesseiro.



- Sobre o que você quer conversar, Minho? - Passei as mãos pelo meu rosto e apoiei meus cotovelos na cama.



- Eu vim com o intuito de conversar sobre Max e o beijo, mas agora eu não sei mais se quero conversar sobre isso. - Suspirou cansado e se afastou.



- E por quê?



- Não quero que ache que estou te pressionando ou querendo algo de você. Eu prometi não me meter mais na sua vida. - Sorriu de lado e eu arqueei uma sobrancelha. - Você fica lindo iluminado com a luz da televisão.



- Você diz que não quer me pressionar mas agiu como uma criança birrenta até eu aceitar falar com você. - Revirei os olhos e ele riu abertamente. - E pare de mudar de assunto, seu idiota! - Baguncei seus cabelos.



- Quero fazer parte da sua vida e da vida de Anna, não importa como seja. - Me puxou para perto e eu me deixei levar.



- Eu estou muito confuso, Minho. - Decidi ser sincero.



- Eu entendo. - Beijou minha testa com delicadeza e eu fechei os olhos por um breve momento. - Tudo no seu devido tempo. Esqueça seus problemas, não pense muito neles, foca somente em Anna. - Sorriu. - E por favor... Não me afaste, estou pedindo isso como um amigo. - Assenti lentamente.



- Eu pensei muito nisso mas não seria a melhor opção. Anna gosta muito de você e te vê como um pai. Seria muito cruel te afastar. - Estreitou os olhos e me puxou mais ainda.



- E é só nisso que você pensou?



- Como assim?



- Pensou em Anna como único motivo?



- Minho...


- Estou apenas curioso.



- Me apeguei a você. - Sorriu grande e eu mordi o lábio. - Quer dizer... Me apeguei a sua presença. - Tentei me corrigir. - Me acostumei com a sua presença.



- Eu também. - Sorriu de lado. - E aí?



- O que?



- Qual a conclusão que você tirou com o beijo que deu no seu noivo?



- Normal. - Desviei o olhar.



- Normal? Só isso? - Riu baixo.



- Sim. É assim que deve ser um beijo, não?



- Não. - Negou veementemente com a cabeça.



- E como deve ser?



- Um beijo deve ser muito mais que especial.



- O que faz um beijo especial? Como ele deve ser?



- Deve ser quente mas ao mesmo tempo delicado. Não deve só envolver a boca, tem que envolver o corpo todo. - Senti meu coração acelerar quando vi Minho passar a língua pelos lábios dele. - É sentir a pele do outro na ponta dos dedos, é percorrer a boca por cada canto do rosto e do pescoço. - Passou a ponta dos dedos por minha bochecha. - Tem que ser longo e envolvente ao ponto de continuar envolvido com a pessoa depois que o fôlego se vai. - Se aproximou mais do meu rosto. - Olhos fechados na hora do beijo mas contato visual antes e depois. - Olhei em seus olhos. - E é assim que um beijo deve ser. Cada beijo é uma experiência nova e dependendo da pessoa... É viciante. - Sussurrou a última parte. - Você me disse que o beijo dele foi normal... E o meu?



- E-Eu não sei. - Gaguejei e fechei os olhos por causa da vergonha.



- Se você não sabe, por que está nervoso? - Riu baixo e eu senti sua respiração bater no meu rosto.



- Eu imaginei tudo que você narrou.



- Imaginou ou lembrou? - Beijou a ponta do meu nariz e eu senti meu corpo estremecer.



- Minho...



- Eu senti sua pele na ponta dos meus dedos, beijei cada canto do seu rosto, percorri minha boca por seu pescoço, raspei meus dentes por seu ombro, mordi seu lábio, segurei seu corpo colado ao meu e eu ouvi você suspirar. - Ofeguei. - E posso sentir sua respiração descompassada por causa das minhas palavras. - Acariciou meu rosto. - Lembrou do meu beijo ou do dele? - Raspou seus lábios nos meus.



- O seu. - Fechei os olhos.



- O meu o que?



- O seu beijo. - Sussurrei e abri meus olhos.



- Me pede.



- Como assim? - Franzi o cenho.



- Me pede um beijo. - Olhou dentro dos meus olhos. - Me pede porque eu quero muito dar. - Senti sua mão entrar por baixo do edredom e pousar na minha coxa.



- Por favor...



- Pede. - Sussurrou.



- Me beija.

Vi um sorriso abrir em seu rosto e no segundo seguinte seu corpo estava em cima do meu.



Minho se apoiou nos cotovelos e começou a beijar meu rosto repetidas vezes e isso me fez rir.



- Vai me beijar ou ficar de palhaçada? - Afastei os cabelos do rosto dele e segurei suas bochechas.



- Pede de novo, Hannie. - Gemeu.



- Me beija, seu idiota!



Pressionei meus lábios nos dele e o puxei para que seu peso ficasse totalmente em cima do meu.



Gemi baixo quando ele levantou minha blusa e passou a ponta dos dedos gélidos.



Ouvi seu rosnado baixo e senti ele esfregar o corpo no meu.



- Minho... - Coloquei as mãos em seu peitoral fazendo pressão para que o mesmo entendesse meu pedido.



- Não vou fazer nada que você não queira, Hannie. Eu não sou ele, eu te respeito. Por favor, confie em mim. - Beijou a ponta do meu nariz. - Eu sei que você não quer agora e eu vou sempre respeitar você. Sempre.



Senti meus olhos arderem e logo uma lágrima desceu.



- Hannie? Eu não queria te fazer chorar. - Tentou se levantar mas eu o puxei de volta.



- Obrigado, Min. - Sorri para ele e dei um selinho longo.



Minho voltou a se deitar na cama e eu coloquei a cabeça em seu peito. Enterrei meu nariz em seu pescoço e o abracei forte.



- Eu que agradeço. - Sussurrou.



...

Heey,

Vocês sentiram a mistura de sentimentos também? Porque eu escrevendo isso foi de "onw" para "nossa, que quente" e terminou com "Onw" de novo hahaha

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