Somos seres humanos, normalizando e romantizando as mentiras, guardamos os segredos mais obscuros que talvez pudesse até nos colocarmos atrás das grades, fazemos coisas nas quais são consideradas como um grande pecado e mesmo assim continuamos com os os nossos deveres de tentarmos concluir mais um dia qualquer sem que alguém perceba algo diferente, seguimos mesmo com os erros e fardos que carregamos nas costas na esperança de tudo aquilo acabar. O que será que passa na mente de alguém que tem assim a coragem de matar? De parar uma respiração? Essa era a pergunta que não só atormentava a Jessie, mas todos que estavam no momento de saber que a Sabrina foi assassinada. O que vão pensar da Jessie? O que será que vão fazer? Naquele dia em que a Sra blossom chegou questionando a Jessie sobre a noite anterior, apenas por perceber um comportamento diferente na filha. A campainha tocou...
- Olá Sra blossom? Lembra de mim? [Detetive chloe]
- Ah, oi, desculpa detetive chloe, mas a Jessie não está muito bem hoje. [Sra.blossom]
- Eu entendo, mas eu não vim falar com a Jessie, vim conversar com você. [Detetive chloe]
- Comigo? Perguntou a Sra blossom.
Minutos depois que conversavam sentadas na sala de jantar. A detetive chloe levanta interrogando blossom.
- Sabe que eu sempre admirei a delicadeza dos lugares...as taças e talheres pra cada ocasião. Uma taça de vinho, para uma taça de vinho, uma colher de sopa, apenas para sopa. Todos cuidam muito bem dos detalhes. Você é muito cuidadosa em tudo não é Sra blossom? [Detetive chloe].
- Desculpa detetive, eu não sei onde você quer chegar.
- O que eu quero dizer, é que você conhece bem a Jessie, sabe que ela tá escondendo alguma coisa.
- Sim, eu sei que talvez ela tenha se sentido muito mal com tudo o que aconteceu. Eu acho que ela e a Sabrina estavam se conhecendo e por isso ela tenha sentido as dores.
- Muitos não a conheciam. A Sabrina sabia de muitas coisas e por isso, pra não haver vazamento de informações sérias e pessoais, a executaram. [Detetive chloe].
- Meu Deus!! Mas, mas quem faria uma coisa dessas? [Sra.blossom levanta confusa e assustada com a notícia].
- Eu não vim até aqui pra acusar a Jessie de absolutamente nada. Mas estamos investigando a todos...
*Barulho de vidro da janela quebrando*
- Oh meu Deus, o que está acontecendo? [Sra.blossom]
- Quero que permaneça onde está Sra blossom. Eu vou até a janela!!...Acho que jogaram uma pedra com um bilhete amarrado. [Detetive chloe]
- O que diz? [Sra.blossom pergunta abaixada sobre a mesa assustada e trêmula]
* Detetive chloe abre o Bilhete: "Quero que pare a investigação, ou o próximo bilhete será manchado de sangue de mais outra vítima".*
- Meu Deus, minha filha está lá em cima [Sra.blossom sobe correndo até o quarto da Jessie]
- Então vocês querem brincar não é? [Detetive Chloe olha pro papel e a janela quebrada]
Horas após a detetive chega até a delegacia jogando a pedra e o bilhete na mesa do policial danvers, enquanto ele jantava com os pés na mesa...
- Mas que merda é essa? [Danvers]
- Eles estão de olho na gente também..[Detetive Chloe]
- Espera, eles sabem que isso é nosso dever [danvers]
- E por isso, eles não querem que a gente continue pra não acabarmos descobrindo mais coisas...Sabe, eu sinto que eles estão dando vacilos, mas estão se esquivando muito bem [ Detetive Chloe se vira pra o quadro de casos e pistas]
- Então você está supondo que eles estão cometendo crimes e culpando outras pessoas? [Danvers]
- Exatamente [ Detetive Chloe vira-se concordando ]
Alguns dias depois do acontecido as aulas voltaram ao "normal", a polícia se fazia presente em Standvale com a ordem judicial e com a segurança da escola ainda mais reforçada revistando assim os alunos que chegavam. Todos ainda continuavam inseguros mesmo com os policiais tomando conta de todos os lados da escola.
*Todos vão entrando*
- Caramba, isso aqui nunca esteve tão igualado a um presídio, que irado! [Marcus]
- Marcus, menos! [Josh]
- ah! Foi mal, é que.. cê não sente que isso tudo é tão bizarro? [Marcus]
Minutos depois na sala de aula...
- Pessoal quero que continuem normalmente como se nada tivesse acontecido, só estamos com segurança reforçada apenas, mas as coisas continuam [Professor Charles]
- Você tá falando sério? Uma aluna jovem morreu alguns dias atrás e você só diz "continuem normalmente como se nada tivesse acontecido?" Você é um babaca mesmo. [Aluna nova] ...
- Desculpa, você não está na sala errada? [professor Charles]
- A turma na qual todo mundo fala que não são um bando de populares e narcisistas, padrão persistente de grandiosidade? Então não, não estou na sala errada, acho que estou exatamente na certa. [Aluna nova].
- Então você se iguala? [Professor]
- Nós somos narcisistas? [Sussurrou Valentina pras amigas...]
- Tá bem, como você se chama? E de onde você veio? [Charles]
- Deyse, sou das ilhas do Havaí.
- Uuh, um vulcão te jogou aqui? [Brincou stiven capitão do time de basquete]
*todos riram*
- Stiven!! [Professor]
- O que?! [Pergunta stiven com ironia].
- Você reagiu porque eu fui a única que falei o que muitos querem dizer sobre vocês ou porque uma garota negra do Havaí desaprovou a fala desnecessária do seu professor preferido? [Deyse vira com um olhar impudente pra Stiven].
- Tudo bem pessoal, okay. Vamos continuar a aula em instantes...Dayse? Por favor, venha comigo.
O professor Charles leva Dayse até a sala da diretora morey enquanto Jessie chega na sala confusa olhando o professor saindo com a aluna nova.
* Os meninos recebem bem a Jessie surpresos, enquanto a Jessie senta em sua cadeira. Um pouco mais leve, eles conversam*...
- Jessie!! [Josh]
- Eai, como você se sente? [Marcus]
- Eu tô tentando não lembrar muito e nem conversar sobre, então eu tô um pouco melhor. Eu só espero que isso acabe logo [Jessie]...
Naquele mesmo dia os capangas dos mascarados nos quais fizeram a Jessie matar a sabrina, decidiram se reunir durante a noite em uma floresta sem acesso próximo ao bairro, com algumas cercas enferrujadas e placas penduradas que alertavam: "proibido! Entrada permitida somente a prestadores de serviços". O dia foi passando e tudo foi voltando ao normal aos poucos. A Jessie conseguia voltar a interagir devagar, mas não como antes...
- Tudo bem pessoal, Agora oficialmente temos mais uma nova aluna em nossa turma. Como todos já sabem, bem vinda Deyse, e é bom que se comporte ein... Pode voltar a sentar no seu lugar. [Ironizou o prof. Charles].
- Como assim mais uma aluna, quase no meio do ano? [Jessie pergunta em voz baixa pra os meninos]
- Ah, não sabemos quase nada dela, o que sabemos é que ela é do Havaí...[Josh]
- E fala muito bem, eu diria que ela é bem militante [Marcus]...
Horas depois de largar e já em casa, Josh desce pra cozinha com o celular na mão encontrando todos sentados na mesa conversando e sorrindo...
- Josh, que bom que você desceu me poupou de gritar pra jantar [Sra heilee]
- Não quer se juntar a nós? [Vovó Marie]
- Ah, tudo bem. Do que vocês estão gargalhando? [Josh]
- Estamos falando da vez em que o seu pai escalou as paredes do lado de fora até chegar na janela do quarto da sua mãe, só pra pedir ela em namoro. Quando de repente o seu pai acaba perdendo o equilíbrio e cai de cima do telhado, o seu avô rapidamente sai do quarto desesperado com uma lanterna achando que havia algum guaxinim invadindo a casa quando na verdade era o seu pai que estava no gramado pro lado de dentro do quintal correndo enquanto o nosso cachorro Spike corria atrás dele. [vovó Marie rir se divertindo com a história]
- Você guarda muito bem na memória esse momento não é mamãe [Sra heilee].
- Não dá pra esquecer os momentos em que sorrimos e nos divertimos [Sra Marie]...
- Bom gente, tô vendo que o papo tá bem engraçado, mas eu vou subir pra me arrumar e sair pra correr um pouco. [Josh].
- Essa hora da noite filho? [Heilee]
- Deixa o garoto sair um pouco pra relaxar amor, o Josh precisa disso as vezes [pai do Josh]
*Josh sobe pra se arrumar*
Fazia um bom tempo em que o Josh não colocava um tênis pra correr, parecia bem terapêutico ouvir suas playlist, correr durante a noite entre os quarteirões do bairro, sentindo o vento frio enquanto suava o rosto e a camisa. O bairro era meio escuro e assustador durante a noite, mas pra o Josh não tinha tanta importância. O máximo que poderia acontecer era encontrar com a gangue mascarada, e foi o que aconteceu...
Durante sua caminhada, Josh decidiu correr até o fim dos quarteirões, onde dava até essa pequena floresta na qual a gangue mascarada resolveu e decidiu se reunir. Passando assim por fora da floresta, justamente onde havia as placas e cercas, Josh percebe um feixe de luz de lanterna passando rapidamente dentro da floresta, ele tira os fones de ouvido, olha pra um lado e pra o outro e então curiosamente decide seguir a lanterna no meio da floresta.. A gangue ao perceberem que existia mais algum com eles os seguindo, um dos capangas da gangue Direciona a lanterna até o som estranho e grita "Quem está aí?". Rapidamente Manuel chega por trás de Josh puxando ele pra trás de uma árvore tampando a boca do josh, enquanto tenta ele tenta gritar assustado...
- Calma! Calma! Xiiii Não se mexe, sou eu Manuel!! [Sussurrou Manuel]
- Manuel? Tá maluco? [Josh Sussurra com raiva]
- Vamos, acho que foi algum animalzinho [um dos capangas fala de longe]
- O que você tá fazendo aqui?? [Perguntou Josh a Manuel, ainda assustado].
- Eu que te pergunto? O que tá fazendo aqui e porque tá seguindo aqueles caras? E quem são eles? [Manuel]
- Vamos sair daqui primeiro [Josh]
Minutos depois voltando pro caminho e indo pra casa Manuel e Josh conversam...
- Eu estava em casa e decidi correr um pouco pra exparecer a mente. E acabei encontrando os caras mascarados que estão ameaçando a cidade e principalmente Standvale [Josh]
- Como você obteve essas informações? [Manuel]
- Isso não importa tanto, mas o que você anda fazendo a essa hora? [Josh]
- Ah, Eu sempre saio pra correr durante esse horário mesmo sabe. Eu gosto disso, ainda mais porque tô me adaptando a tudo isso aqui. Cara é tudo tão diferente do Brasil, então...Talvez um dia você tenha a oportunidade de conhecer não é?! [Riu Manuel].
- Ah, sim, quem sabe. [Josh rir].
- Bom, eu preciso ir, você está entregue...tudo bem eu não vou te cobrar o dinheiro da corrida por te deixar na porta de casa e em segurança [Manuel brinca enquanto se aproxima de Josh]
- Caramba, como você é engraçado Manuel, eu achei que fosse um personagem [Josh rir]...
*Os dois riem e se olham em silêncio por alguns segundos*
[...]
[...]
- Droga! Eu acabei deixando meu airpods cair em algum lugar da floresta. Bem, foi bom te ver Manuel, eu preciso entrar agora, então. [Josh]...
- Ah, claro! Verdade. Foi bom te ver também. Então, eu vou nessa. [Manuel]
- Até mais.
- Até mais.
Alguns minutos depois de entrar e tomar um banho, Josh entra no quarto enxugando o cabelo, seu celular toca recebendo uma ligação desconhecida e atende em seguida...
- Alô?
- Josh, Josh, você é bem rebelde não é? Eu ainda sigo te observando...[voz entranha]
*Josh olha novamente pra o celular e volta na ligação perguntando...*
- Quem é você?... Alô? Que estranho.[Josh]
- [...] *Chamada encerrada*.
Sem se importar muito com a ligação estranha que recebeu, Josh põe uma música da sua playlist do seu celular, se vira olhando seu reflexo no espelho, ainda enxugando o cabelo e respira fundo ao pensar em inúmeras coisas, embalando as dúvidas e respostas, mas na intenção de apenas esquecer tudo e apenas se olhar por alguns longos minutos no espelho enquanto ouvia ( Nervous - The neighbourhood ).
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COMO EU SOU AOS DOMINGOS
RomanceJosh é um jovem prestes a fazer dezoito anos, estudante da escola da Califórnia em Standvale na cidade de Brentwood. Vive uma vida de traumas amorosos, carregando consigo inseguranças, incertezas e questionamentos sobre sua sexualidade, seus sentime...