O PRIMEIRO UM DO OUTRO

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Eu quase desisti
Mas o amor gritou, gritou até ele me ouvir
Quando o primeiro beijo dele resetou meu coração
Eu já tinha beijado ele mil vezes na imaginação
Tô com moral no céu, eu tô
Tem um anjo me chamando de amor
[Tô com moral no céu - Matheus e Kauan]

••••

— Você pode me soltar? Eu preciso passar em casa antes de ir para a escola. — A voz de Jimin estava rouca, sonolenta. Jungkook nem ao menos se deu ao trabalho de erguer a cabeça para olhar para ele, tinha plena certeza que o ruivo ainda estava de olhos bem fechados.

Jeon mantinha os braços em volta dele com muita firmeza. Ele acordou de madrugada quando Jimin tinha ido ao banheiro e quase chorou pensando que tudo não tinha passado de um sonho, por isso decidiu ficar bem abraçado a ele o resto da noite para garantir que aquilo não ia se repetir.

Estava ouvindo o coração de Jimin, sentindo sua respiração. Talvez o peito de Park fosse um travesseiro bem melhor do qualquer outra coisa.

— Vamos faltar na aula? Aí a gente passa o dia todo assim — sussurrou Jeon, o apertando com mais firmeza e esticando a perna sobre Jimin para mantê-lo mais perto.

Jimin riu, deslizando a mão pelas costas dele, um toque suave como uma pluma. Jungkook sentia os arranhões arderem, mas não falou nada. Sua pele provavelmente estava bem marcada já que Jimin não tinha sido muito delicado.

— Prometi para o Taemin que eu iria hoje — disse Jimin, com a voz arrastada — E se pensa que eu vou transar com você hoje de novo, tira o cavalinho da chuva.

Jungkook esticou os lábios em um beijinho derrotado.

— Nem se a gente inverter as posições? — perguntou o moreno — Eu dou pra você.

Jimin riu. Ele sentia seus músculos tão relaxados que não sabia se realmente teria forças para levantar da cama, mas sabia que tinha pouco tempo para ir em casa e trocar de roupa. Também precisava de um banho.

— É uma oferta tentadora, mas vou deixar isso para um dia que eu possa sentir minhas pernas — respondeu Park.

— Então toma banho aqui e a gente vai junto — sugeriu Jungkook, ergueu a cabeça e olhou direto para os olhos quase completamente fechados de Jimin. Jeon ergueu as sobrancelhas, de um jeito sugestivo — Toma banho comigo.

Eles tinham tomado banho à noite, antes do jantar.

Mas depois de comer, Jimin sentiu- se revigorado e então se animou demais, e tudo acabou da mesma forma, mas nenhum deles quis um segundo banho já que estavam exaustos demais para ficarem de pé. 

Jimin pensou. Ele precisaria ir em casa de qualquer forma, precisava checar seu pai e ao menos tomar café da manhã com ele como fazia todos os dias. Mas ainda tinha uma hora inteira para ele acordar e Jimin realmente não queria encontrar seu pai quando ainda cheirava a suor e outras coisas.

— Vai manter essa mão boba pra você? — perguntou Jimin.

Jungkook assentiu.

— Sem gracinhas ou eu arranco seu pinto — o ruivo ameaçou.

— Você não confia em mim? — Jeon perguntou.

— Nem um pouquinho — falou Park — Vamos logo.

Jungkook rolou na cama, sem dificuldade nenhuma. Ele sentiu a diferença de temperatura assim que se viu longe dos cobertores e se encolheu um pouco quando colocou os pés descalços no chão. 

Jimin não teve a mesma facilidade.

Ele se virou e doeu. Quando se sentou no colchão, pareceu que uma ferroada subiu na coluna e ele fez careta. Doía, mas era suportável. Só incomodo o suficiente para o deixar de mau humor.

Aminimigos • JJK + PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora