CAPÍTULO 01

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Gente, não sei muito sobre os costumes dessa época, então escreverei tendo em base o que possuo em conhecimento, espero que relevem e principalmente entendam.

Gente, não sei muito sobre os costumes dessa época, então escreverei tendo em base o que possuo em conhecimento, espero que relevem e principalmente entendam

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O som do galo cantando me fez cair da cama no susto.

── Ai merda ── Resmunguei levantando do chão com as costas já reclamando ── Poxa senhor Kiki não precisava me acordar desse jeito ── Falo com o galo de frente pra minha janela.

Senhor Kiki tinha um sério problema comigo. Quando mais novo corria atrás de mim querendo me bicar, e agora que virou um galo robusto, vem toda as manhãs cantar frente a minha janela.

Me levantei num pulo ao lembrar da égua Mimi - é, eu sei, os nomes não são muito originais por aqui - a égua Mimi tinha dado a luz a um potraozinho na noite passada.

Corri para fora de casa indo direto para o celeiro de casa. Nem mesmo me importei por estar vestida com camisola de dormir, e muito menos pelos gritos da minha mãe.

Ao chegar no celeiro, Mimi estava dando de mamar para seu filhote, e era a coisa mais bonita de se ver.

── Ele é lindo Mimi ── Elogiei o cavalinho. Só pelo seu físico já dava pra perceber que seria um belo cavalão quando crescer ── Quando eu tiver os meus filhotes quero que seja igual aos seus Mimi ── Digo sonhadora vendo o filhote.

── Não pode chamar seus futuros filhos de filhote ── Tomei um baita susto com uma voz atrás de mim.

── Merda Dener ── Xingo o rapaz que portava um sorriso satisfeito no rosto.

Dener é um rapaz de quase uns vinte anos que ajuda papai a cuidar da nossa pequena fazenda. Dener é legal.

── Sua mãe não gostará nada de saber que está a xingar ── Revirei os olhos ── E muito menos que está a andar de roupas íntimas pela fazenda ── Olha para meu corpo inteiro se demorando em minhas pernas.

Minha camisola escondia meus braços, tinha um pequenino decote em meu busto e ia até a cima do joelho, deixando uma boa parte das coxas exposta.

Olhei para mim mesma e vi que meus seios estava bastante nítido através do tecido barato da camisola.

Acabo por ficar um pouco envergonhada.

Desde dos meus quinze anos meu corpo começou a mudar. Um caroço apareceu em meu peito, pelos começaram a brotar de lugares íntimos, e desde daí comecei a receber olhares estranhos de alguns homens. Inclusive Dener.

── Eu apenas me esqueci de trocar ── Sussurro ── Cuide bem de Mimi enquanto não volto.

Saio correndo para me trocar. Já estava com dezessete anos, e mamãe me avisou que não podia mais andar como uma moleca, agora eu era uma dama, precisava me portar como tal, mas era difícil deixar velhos hábitos para trás.

Depois do dia em que sangrei pelo meio das pernas, mamãe começou com essa loucura de eu ser uma dama. Não sei o que diabos é exatamente ser uma dama. Eu já sou uma dama, não sou? Eu tenho peito e aquele negócio no meio das pernas, isso já me faz uma dama.

Uma vez lembro-me de ver Dener se banhando na cachoeira. Fiquei assustada com aquela cobra que ele tinha no meio das pernas, e me perguntava o por que da dele ser diferente da minha. Quando perguntei a mamãe primeiro ela me deitou em seu colo e bateu na minha bunda até que estivesse vermelha. Lembro-me de ter chorado horrores. E só depois da coça ela me explicou que isso que diferenciava menino de menina. Então se você tiver uma cobra, você é menino, e se você tiver nada pendurado, é menina.

Quando estava prestes a sair do celeiro, acabo por bater em algo e caio de bunda no chão. Acabo por gemer pelo impacto.

── Que merda ── Resmungo.

── Que boquinha suja.

Ainda sentada no chão ergo meus olhos e encontro um homem parado em minha frente. Ele se vestia absurdamente bem, como se fosse da realeza. Nunca o tinha visto antes, e muito menos na fazenda. Seus cabelos eram negros e totalmente alinhados e penteado para trás.

Quando percebo seus olhos azuis focadas no meio das minhas pernas, dou por mim que estava com as pernas abertas em sua direção.

Oh meu Deus, ele deve ter visto minha calcola.

Fecho minhas pernas rapidamente e o homem olha friamente em meus olhos como se me repreedesse pelo meu ato.

Totalmente com medo me levanto rapidamente do chão e saio correndo. Seus olhos eram lindos, mas o jeito que me olharam me deixou com medo.

Quando entro pela porta da cozinha minha mãe me barra.

── Você não escutou eu te chamar mais cedo, menina? ── Me olha brava com sua colher de madeira nas mãos ── Hoje teremos a visita do duque, não ande de roupas íntimas pela fazenda.

── Já estou indo mamãe ── Passo por ela e recebo uma colherada nas costas.

── Menina moleca.

Olho pra ela com olhos pedindo clemência e saio correndo. Bruta.

Quando me troquei fiquei trancada em meu quarto. Estava envergonhada e com medo de trombar com aquele homem mais uma vez.

Me escorei na janela do meu quarto e fiquei vendo algumas pessoas trabalharem nesse meio tempo.

Já estava perto da hora do almoço quando vi o homem de mais cedo conversando com papai e indo em direção a saída. Dessa vez tinha mais um homem os acompanhando, mas também não fazia ideia de quem era.

Papai apertou as mãos do homem como se fechassem negócio e depois ambos foram para direções diferentes. Papai vinha para casa e o homem para a saida. Mas antes que homem chegasse a porteira, ele se virou para trás e ficou olhando em minha direção. Meu coração se acelerou e me abaixei com medo de seu olhar.

Esperava nunca mais esbarrar com aquele moço.

A OBSESSÃO DO DUQUEOnde histórias criam vida. Descubra agora