CAPÍTULO 08

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Tudo por aqui parecia uma merda

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Tudo por aqui parecia uma merda. Não tinha nada de interessante pra fazer, e as coisas que eu gostaria de fazer "não era adequado para uma dama, e muito menos para uma duquesa" sendo agora o título que eu carrego.

Amanhã o duque chegaria e por esse motivo precisava aproveitar ao máximo da minha paz.

── Olá com licença ── Intercepto uma funcionária pelos corredores.

Desde que cheguei a essa mansão, hoje está sendo o primeiro dia que estou tentando explorar e conhecer este lugar.

── Pois não minha senhora ── Faz uma reverência exagerada.

── Pode me dizer como faço para chegar ao jardim?

Com um pouco de dificuldade consegui entender o que a mulher me dizia. Devo admitir que demorei a chegar até o jardim, mas finalmente estava lá.

Analisando melhor, o local parecia mais belo do que da vez em que estive aqui, o que devo ressaltar que foi no dia em que me casei com o maldito duque.

O lugar era enorme, enorme mesmo. Tinha até um labirinto. Quem em sã consciência tem um labirinto no jardim? Esses riquinhos tem cada uma.

Andando um pouco cheguei em uma parte que tinha bastante árvores, algumas até com frutas.

── Manga!

Não me aguentei e corri até uma das árvores para subir. Demorei a subir na árvore graças a aquele maldito vestido, mas no final estava com uma das mangas em mãos e a descascando com o dente mesmo. A árvore não era tão grande, mas dava pra ver claramente Alice me procurando desesperadamente. Ri enquanto comia minha fruta.

Alice que me desculpe, mas preciso de um tempo pra mim. Foi difícil despistar ela para que eu tivesse um momento a só. Ela parece um carrapatinho grudado em mim vinte e quatro horas por dia.

── Não é legal deixar as pessoas desesperadas lhe procurando ── Quase cai da árvore ao escutar uma voz masculina.

Olhei para baixo e vi um homem jovem sorrindo. Quem era ele?

── Sim, não é legal, mas estava me sentindo um pouco sufocada ── Dei de ombros e comecei a descer da árvore.

Quando estava quase no chão o homem me ajudou a descer pousando suas mãos em minha cintura.

── Sou Malcon ── Fez uma reverência sútil.

── Sou Celine.

── ...Holland── Não tinha entendido.

── Como?

── Holland, você é Celine Holland, a duquesa ── Disse como se fosse óbvio e revirei os olhos. 

Celine Holland? Grande merda!

── Prefiro só Celine.

O tal Malcon retirou um lenço de seu bolso e me entregou. Já ia questiona-lo quando apontou para o meu rosto. Ah é claro, esqueci que sou um desastre comendo frutas. E não era só me rosto que estava sujo, meu vestido branco agora estava completamente arruinado. Alice vai me matar.

── Você é diferente. ── Riu.

── Como assim? ── pergunto enquanto tentava me limpar.

── Quando a notícia que o duque ia se casar espalhou por essa mansão, todos estavam esperando alguma mulher mimada, egocêntrica e esnobe. Mas você é totalmente ao contrário. É uma macaquinha que gosta de subir em árvores para pegar frutas. ── riu.

── Não sou uma macaca! ── Me senti um pouco ofendida. Quem compara uma mulher com um animal?

Antes que qualquer um de nós dois pudesse continuar com a pequena discussão, a presença de Alice nos interrompe.

── Minha senhora graças a Deus ── Diz Alice ofegante. Ela se apoiou em seu joelho totalmente sem fôlego ── O duque está a sua procura. Ele chegou mais cedo.

Mas que merda! Ele não podia cumprir os três dias? Tinha mesmo que vir mais cedo? Maldito duque.

Me despedi de Malcon e andei para dentro da mansão com Alice um pouco atrás de mim.

── O que aconteceu com seu vestido minha senhora? ── Diz Alice espantada. Não respondo. Meu humor decaiu ao saber que o duque estava de volta.

A porta mal se abriu e os olhos analisadores do duque já estavam sobre mim. Arrepie imediatamente.

── O que aconteceu com você? Onde estava? ── Me neguei a responder e simplesmente sentei em dos sofás de braços cruzados. O duque bufou impaciente com meu silêncio ── Saia Alice ── Como ordenado Alice saiu depois de fazer uma reverência ── Não sabia que as esposas devem estar presente para receber seu marido?

── Pelo o que eu saiba você chegaria amanhã? Não tenho culpa se chegou mais cedo. ── Digo emburrada e com raiva.

── E por que você está essa zona? Olha pra esse vestido, está um trapo de sujo. Pode onde andou?

── Pelo chão. Ainda não aprendi a voar. ── Debochei.

── Se acha muito esperta né? Só aguarde, acabarei com essa sua esperteza em um segundo ── Engoli seco ── Kail! ── Chamou por alguém, e logo um homem robusto apareceu.

── Pois não vossa graça.

── Minha esposa está precisando de vestimentas novas, quero que a acompanhe até a cidade.

── Sim senhor!

── Não deixe que ninguém se aproxime, e mais importante, não quero que nenhum homem converse ou respire perto dela.

── Mas o que pensa que está fazendo? Você não manda em mim! ── Me levantei brava parando em sua frente.

── Claro que mando. ── Segurou em meu maxilar encarando meus olhos ── quero ver alguém provar ao contrário. Sou seu marido, sou eu que mando ── Bato em seu braço retirando sua mão de meu rosto.

── Eu provarei ao contrário!

A OBSESSÃO DO DUQUEOnde histórias criam vida. Descubra agora