CAPÍTULO 17

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SEM REVISÃO.

PRIMEIRA DO ANO!!!

── O que está fazendo aqui!? ── A própria princesa me olhava como se eu fosse uma bandida.

Não tinha o que discutir, uma mulher com roupas de servente estava em uma carruagem real, era realmente de se estranhar.

── E-eu ── As palavras não saiam da minha boca.

Como eu poderia dizer para a própria princesa que eu estava fugindo do meu marido, que logo virara o marido dela?

── Fale ou chamarei os guardas. ── Disse impaciente com minha demora.

A situação poderia ter ficado pior de não fosse por William que apareceu me salvando.

── Troque de carruagem comigo, Aurora ── William apareceu empurrando a princesa pelos ombros ── Nenhum pio sobre isso ── Avisou.

A princesa ainda me olhou desconfiada antes de nos dar as costas e ir para a carruagem de traz. Só quando a princesa saiu, William entrou nos trancando.

── Você entrou na carruagem da minha irmã. ── Constatou o óbvio.

── Kail estava vindo, não tinha muito o que fazer. ── Me expliquei me mexendo inquieta.

Enquanto não saírmos das propriedades do duque, não me sentirei livre ou segura.

── Cadê Alice?

── Ficou para trás para me ajudar... eu preciso levá-la comigo o quanto antes, William.

── Nós a traremos, mas antes precisamos tirá-la daqui em segurança e depois conversar.

Pela cara que William fazia, a conversa era sobre um assunto sério. Resolvi ficar em silêncio. Estava apreensiva, e tudo piorou quando a carruagem começou a andar. Tinha medo que o duque percebe-se meu sumiço e interceptasse a carruagem pela minha procura.

Meu nervosismo chegou até William, que pegou minhas mãos sob minha coxa e começou a acariciá-la em forma de me acalmar, o que me ajudou bastante.

Quando finalmente saímos das propriedades do duque, senti um alívio me tomar, foi uma emoção tão boa que ao menos percebia que estava chorando. William me abraçou de lado e me agarrei a ele chorando tudo o que eu podia naquele momento.

Eu estava livre!

── Obrigado por tudo, William! ── Agradeci emocionada.

── Não me agradeça Celine, não ainda ── Respondeu-me com um pouco de culpa na voz.

Eu não sei o por que da culpa na voz de William, mas eu estava muito agradecida e feliz para pensar em qualquer coisa naquele momento.

Sinceramente, eu não sabia o que eu faria agora que eu estava livre. Voltar para a fazenda dos meus pais estava fora de cogitação, por mais que eu esteja morrendo de saudades de todos. Provavelmente meu novo irmãozinho até tenha nascido, mas colocaria a minha liberdade em perigo se eu os visitasse. Com certeza o primeiro lugar que iriam procurar seria na fazenda.

Nem tinha percebido que tinha se passado bastante tempo, só situei-me quando vi que estávamos em propriedades real.

── O que estamos fazendo aqui? Eu não posso vir pra cá! ── Digo com um pouco de desespero na voz.

É capaz de eu ser morta por estar entrando nas propriedades do rei sem o consentimento do tal.

── Fique tranquila... apenas faça tudo o que eu mandar... ── Dito isso explicou o que era pra mim fazer.

[•••]

Depois que o William saiu da carruagem, minutos depois a mesma foi aberta pelo soldado que ele tinha me indicado.

── Sou Hans, me siga por favor, Milady ── O tal soldado reverenciou.

Não entendi o porque daquele tratamento tão formal, mas o segui como me indicado.

── O príncipe William me indicou que a levasse até uma das criadas para trocar de roupa ── Se explicou enquanto caminhávamos por trás do palácio.

── Sim, estou ciente ── William tinha me avisado, só não sabia pra que.

Caminhamos um pouco até que chegamos em um local que parecia ser como uma grande casa, só que separada de onde o rei e todos da família real viviam no palácio.

Assim que o soldado Hans abriu a porta, cinco funcionárias do palácio estavam a minha espera, uma ao lado da outra.

── Essas foram as criadas designadas a lhe servi. Deixe que façam seu trabalho como foi ordenado. Estarei aqui fora aguardando. Com licença milady. ── Se reverenciou e saiu. Hans era serio demais em suas palavras, me lembrava Kail, mas sem a parte sombria.

Assim que me deixou a sós com as funcionárias, todas elas vinheram ao meu encontro e começaram a me empurrar e retirar minha roupa. Rapidamente me lembrei de Alice, lembro-me da primeira vez, não queria sua ajuda para tomar banho e me vestir, mas ela sempre esteve ali pra me ajudar.

Tomei banho com rosas, e uma colônia foi passada pelo meu corpo. Um vestido caro mas nada desconfortável foi o escolhido para ser a minha veste do dia.

Assim que fiquei devidamente maquiada, me surpreendi quando me olhei no espelho. Nunca estive tão maquiada, me senti tão bela ao olhar meu reflexo. Meu momento de auto apreciação foi interrompido com as funcionárias abrindo a porta do quarto, e Hans aparecendo chamando minha atenção.

── Precisamos ir, Milady ── Informou sem nem entrar no quarto, diferente dos guardas da mansão do duque.

Eu ao menos sabia para onde ir.

Me levantei de frente a penteadeira e segui Hans para onde quer que ele esteja me levando, presumo que seja até William, mas ainda estava confusa do por que dessa produção toda que recebi.

Caminhamos bastante até chegar no próprio palácio real. Hans parou frente a uma grande porta, e com calma a abriu me fazendo abrir a boca em surpresa. Estávamos no salão real, o salão onde o rei recebia seus visitantes. Olhando mais à frente, no final do tapete vermelho estava William, e no trono o próprio rei Petrus e em sua esquerda a princesa Aurora.

── Caminhe, Milady ── Hans sussurrou para mim.

Nervosa, caminhei lentamente até William. Minhas pernas estavam moles graças à presença do rei, tinha medo de cair e passar vergonha.

Quando finalmente cheguei perto de William, o mesmo rodeou seu braço pela minha cintura me fazendo arregalar os olhos, mas nada me chocou mais do que suas próximas palavras.

── Pai, está é Celine Brown, a escolhida por mim para ser minha esposa!

A OBSESSÃO DO DUQUEOnde histórias criam vida. Descubra agora