CAPÍTULO 06

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Subimos as escadas em silêncio, eu na frente e ele atrás. O duque não parecia muito feliz, e eu não fazia ideia do por que da sua carranca.

Estava prestes a caminhar para meu quarto quando sua voz me interrompeu.

── Para o meu quarto Celine! ── Disse sério.

Mesmo não querendo o segui.

Eu não sabia como era a relação de um homem e uma mulher. Mamãe nunca me explicou como fazia bebês, e muito menos o que acontecia quando uma mulher ficava sozinha com um homem, ela só me dizia ser errado caso não fossem casados.

O duque abriu a porta do que penso ser seu quarto para mim e entrei na frente. Logo me assusto com o baque alto da porta sendo fechada na força do ódio.

Por que ele está bravo?

── Celine, nesta casa temos regras ── Diz enquanto tirava suas vestimentas lentamente ── E tá na hora de você saber algumas delas, pois exijo que as sigas.

O duque tirou seu casaco e o jogou numa cadeira do outro lado do quarto. Seu corpo começou a se mover em minha direção, e instintivamente fui caminhando para trás até que cai sentada na cama.

── A primeira de todas, jamais deixe um homem te tocar ── Do nada sua mão vai de encontro ao meu rosto.

Ele me bateu?

── Eu não tolero que mulher minha seja uma vadia ── Puxou meus cabelos me fazendo o encarar.

Meus olhos lacrimejaram com a ardência de seu tapa. Esse idiota me bateu!!

Quando dei por mim tinha devolvido o tapa que ele me deu. Quem da também leva. Mas percebi meu erro quando seu rosto se virou pra mim revelando um sorriso sadico.

── Sua vadia ── Riu alto empurrando meu corpo para trás.

O duque sentou-se em cima da minha barriga e com uma mão segurou meus braços a cima da minha cabeça.

── Sabia que você era arisca, mas não sabia que era burra ao ponto de bater em mim ── Assim que termina de falar solto um grito assustada quando ele rasga meu vestido na altura do busto ── Vai ser divertido te domar.

Tento me soltar de suas mãos, mas seu aperto era extremamente apertado.

Com um puxão o espartilho desceu um pouco, e no próximo segundo meus seios estavam exposto. Me sacudi ainda mais, mas ele não se movia.

── Que seios lindos ── Diz hipnotizado olhando meus peitos.

── SEU IDIOTA! ME LARGA!! ── Grito com ele mas tudo que recebo é outro tapa na cara.

── CALE A BOCA! Eu vou te fuder, e não tenha nada que você possa fazer. Você é minha esposa, MINHA. Sou seu marido e você me deve obediência.

Não me aguentei e cuspi no seu rosto. O ódio transbordou pelos seus olhos e rapidamente senti o ar se esvair. Ele estava me enforcando.

── Se você quer do jeito difícil assim será. Pena que você não aprendeu que esse é sempre o jeito pior.

Segundos depois meus olhos fecharam. Eu tinha desmaiado.

[•••]

O frio que sentia pelo o meu corpo acabou por me despertar, estava congelando. Acabo por gritar de dor quando tento me mover. Minha intimidade ardia e doía, não sei o que aconteceu, mas a dor era insuportável. Tentei me levantar, mas estava doendo muito. Não aguentei a dor e comecei a chorar. Quando me sentei na cama pude ver o lençol cheio de sangue. Na minha perna também havia sangue seco, mas também havia um líquido estranho e seco.

── O que ele fez comigo? ── Digo chorando.

── Te fiz mulher ── O duque sai de uma porta apenas com uma toalha na cintura ── Te fiz a minha mulher.

── VOCÊ É UM MONSTRO! VOCÊ ME CAUSOU DOR!! O QUE VOCÊ FEZ COMIGO?

── Não grite comigo Celine, ou farei três vezes pior ── Avisou bravo ── Eu não posso fazer nada se você é uma molenga e não aguenta um pau.

Um pau?

── Você me bateu com um pau? ── Perguntei incrédula e não entendi seus risos.

── Uma surra de pau? Basicamente isso. Mas não é com um pau de madeira ── Rapidamente viro meu rosto quando ele retira sua toalha.

Eu quase vi a cobra dele.

── Eu te fodi. Sabe o que significa isso? ── Vendo que eu não iria responder ele pergunta de novo ── VOCÊ SABE CELINE? ── Nego chorando ── Significa que fizemos sexo. Fizemos amor.

── Isso não é amor, amor não dói desse jeito!

Sinto seu corpo se aproximar e depois seus dedo virarem meus rosto em sua direção. Estava sentada na beirada da cama com sua cobra praticamente no meu rosto, mas mesmo assim tentei não olhar.

── O seu problema é que você fala demais ── Deu dois tapinhas no meu rosto e me deu as costas revelando sua bunda branca.

Virei o rosto mais uma vez.

── Pedirei que tragam seu dejejum ── Ao escutar a palavra dejejum meu estômago reclamou. Que fome!

Dito isso sumiu pela porta do que penso ser seu banheiro.

Se todos os dias forem como esse, preferiria a morte

A OBSESSÃO DO DUQUEOnde histórias criam vida. Descubra agora