CAPÍTULO 03

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CELINE BROWN

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CELINE BROWN

Quando vi aquele homem me observando pelada na cachoeira a primeira coisa que me aconteceu foi ficar assustada, a segunda foi sentir medo. Seus olhos eram frios, mas ao mesmo tempo demonstravam desejo quando olhava meu corpo sem uma peça de roupa.

Quando ele me agarrou senti meu corpo inteiro se arrepiar, mas vou levar em conta que estava completamente pelada e colocar culpa no vento frio.

O homem me ameaçou. Eu não estava entendendo nada. Ele simplesmente disse que era o duque e que era pra mim falar com meu pai que queria casar com ele.

Jamais!

Me nego a fazer isso. Me nego a amarrar minha vida a um homem, e pior ainda se for alguém que não amo e nem conheço.

A uma semana que ele me dera tinha se passado e eu achei que estava tudo bem, afinal era só mais um homem louco, mas eu esqueci que esse louco em especial tinha poder, muito poder. Ele era um duque, a pessoa mais perto do rei Petros. E meu erro foi não ter levado isso em consideração.

Em uma noite qualquer, depois de uma semana limite que me foi dada, acordei aos susto na fazenda, mas não era o galo senhor Kiki, era os funcionários da fazenda gritando aos montes.

── Fogo! Fogo! Fogo! ── Vozes diferentes gritavam a todo instante.

Corri do meu quarto e fui para fora. As plantações de papai estavam pegando fogo. Tudo! Não tinha um só lugar que não estava pegando fogo nas plantações.

O celeiro era muito perto das plantações, então corri para ajudar os outro moradores a tirarem a Mimi e outros cavalos.

── Celine volte para dentro! ── era papai gritando enquanto retirava os cavalos.

Seu rosto estava totalmente chamuscado pelo fogo.

── Eu ajudarei ── Digo convicta e começo a ajudar.

O filhote de Mimi estava nos fundos e quando fui pega-lo uma tora do celeiro quase caiu sobre mim se não fosse por Dener.

── Tome cuidado Celine! ── Gritou comigo ── Vá para fora eu pego o filhote.

Fiz como pedido.

Estava tudo perdido! Tudo! O único local que não tinha pegado fogo era o casarão. Mas do que adianta? O lucro da fazenda estava em cinzas neste momento.

Meus olhos já estava banhado em lágrimas quando olhei para trás e vi mamãe agarrada a João chorando.

── Minha filha ── Diz mamãe em lágrimas e os abraços, logo depois chega papai nos rodeando com seus braços.

── O quê será de nós? ── Pergunto baixinho.

No outro dia estava todo mundo completamente cansado, exaustos. Tínhamos trabalhado a madrugada e o dia todo tentando salvar o que podíamos. Os animais eram as únicas coisas vivas naquele lugar, mas não por muito tempo, pois não tínhamos com o que alimenta-los.

O por do sol estava próximo quando uma carruagem chegou até a fazenda. Era o duque.

Foi quando um choque me tomou. Ele não seria capaz, seria?

── Paulo o que houve? ── Diz em falso espanto entrando pela sala do casarão.

Me escondi atrás de uma das portas e escutei vossa conversa em segredo.

── Vossa graça me desculpe. Eu não sei o que aconteceu, acordamos e tudo já estava tomado pelo fogo.

── E como fará para pagar a compra Paulo? ── Diz sem um pingo de compaixão.

Ele não tinha coração? Era só olhar ao redor e ver o momento crítico que minha família estava passando. Não poderia ser um pouco mais sensível?

── Me desculpe Duque, eu não sei o que fazer. Não tenho mais a quantia que me deu pela compra. Investi tudo na fazenda e paguei os empregados. ── Papai respondeu desolado, sem chão.

── Eu quero minha compra Paulo, ou isso ou meu dinheiro de volta.

── Duque por favor eu-

── Não me interessa Paulo ── Interrompeu papai ── Apenas quero que nosso acordo seja cumprido, dê seu jeito.

Dito isso o duque saiu alegando que iria dar uma volta na fazenda para ver o estrago. Papai caiu de joelhos no chão se banhando em suas lágrimas. Não aguentei vê-lo naquele estado e corri para abraçá-lo.

── Papai o que faremos?

── Não sei filha, não sei.

Depois de tentar consolar papai sai em busca do duque, precisava tirar a limpo minhas suspeitas. Seria muito baixo da parte dele caso fosse o culpado por aquele incidente.

O encontrei sozinho olhando da cerca improvisada alguns dos nossos cavalos correrem.

── Duque! ── Chamo sua atenção ao me aproximar do seu lado ── Quero lhe perguntar uma coisa e preciso que seja sincero.

── Sempre serei sincero com você florzinha ── Diz me encarando. Suspiro pelo apelido ridículo.

── O incidente essa noite, foi a mando seu? Tens alguma coisa haver com isso?

Assim que termino de perguntar, dos seus lábios brotam um sorriso maldoso, e instantaneamente tenho minha resposta.

── Você é tão baixo! ── Altero meu tom de voz para raivosa ── Por que fez isso? Você acabou com a minha família ── Sem me conter soco seu peito, mas não tem muito efeito.

O duque bufa pelo meu ataque e em seguida segura em meus pulsos cessando meus ataques a si.

── Não vê que isso é culpa sua? Te dei uma escolha e você quis o modo difícil.

── Seu idiota ── Me sacudo com raiva, mas mesmo assim ele não me solta.

Estranhamente o duque me puxa para mais perto e sussurra com um sorrisinho ladino.

── Te darei mais uma escolha, seja sábia e escolha a correta Celine ── Engulo seco. Tenho medo das opções que ele me proporciona. Nunca são boas ── Case-se comigo e salve a fazenda ── Antes que eu questione ele continua ── Se aceitar se casar comigo, esquecerei a conta que seu pai tem comigo e não o levarei a corte, e como uma pequena gratificação a família, darei uma quantia considerável para que seu pai possa reerguer a fazenda.

Reerguer a fazenda? Isso seria ótimo! Nossa família não passaria sufoco e muito menos as outras famílias que dependem dos lucros da fazenda para se sustentar.

Mas tudo em troca da única coisa que protejo, minha liberdade.

Mas era minha família, não podia ser egoísta neste momento. Eles fizeram tanto por mim, acho que era minha vez de fazer algo por eles. Era a hora de me sacrificar pela família.

── Tudo bem, eu aceito!

A OBSESSÃO DO DUQUEOnde histórias criam vida. Descubra agora