CAPÍTULO 28

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── DUQUE HOLLAND

Com rapidez, galopava em meu cavalo, seguindo a carruagem real. Os dois pombinhos recém casados estavam indo para a tão sonhada lua de mel deles, mas eu iria transformá-la em um grande pesadelo.

── Cerquem a carruagem! Façam parar! ── Falei para Kail e alguns homens que trouxe comigo.

Com a guarda real protegendo William e Celine, minha única opção foi contratar alguns mercenários bastante habilidosos.

Eram três carruagem ao todo. A da frente e de trás tinha alguns guardas, e a do meio, William e Celine, o meu objetivo, sem contar os guardas que cercavam as carruagens.

Junto a alguns capangas meus, Kail atacou os guardas e assim começaram uma batalha em cima dos seus cavalos. Quando cocheiro percebeu, acelerou o galopar do seu cavalo, arrancando para longe com a carruagem.

Como todos estavam ocupados, galopei na frente em busca da carruagem que eu tanto queria. Quando próximo, lancei uma das minhas espadas no cocheiro, esse que morreu instantaneamente quando a lâmina o atravessou. O cavalo ficou descontrolado e começou a sair da estrada, mas joguei meu cavalo em sua frente o fazendo relinchar e parar. Se o cavalo andasse mais um pouco, cairia de um penhasco.

Desci do meu cavalo já empunhando minha espada, e com calma me aproximei da porta da carruagem. Quando abri, fiquei surpreso ao encontrá-lo totalmente vazia.

── Porra! ── Esbravejei quase quebrando a porta.

── Não encontrou o que tanto queria? ── Escutei uma voz cheia de cinismo atrás de mim e foi obrigado a rir como um louco.

É claro!

É claro!

Tudo não passava de um truque.

── Devo dizer que caí direitinho ── Me virei lentamente vendo William montado em um cavalo ── Será que devo aplaudir? ── Com deboche, aplaudi algumas vezes.

Mesmo coberto de ódio e muita vontade de matar aquele pirralho, não deixei o sorriso debochado sair dos meus lábios. Jamais demonstraria fraqueza na frente de alguém tão insignificante como aquele pirralho.

── Agora me diga, onde ela está?

── Acho que isso não lhe diz respeito ── Com calma o observei descer de seu cavalo ── Agora Celine é minha esposa.

Sua esposa? Mal sabia ele que a vontade de passar a lâmina de minha espada em seu pescoço apenas crescia.

── Não seja malcriado... vossa alteza. ── Fiz uma pequena reverência.

── Essa sua obsessão acaba aqui, Kaiser Holland. ── Logo, William ergue sua espada em um desafio claro.

── Usando meu nome real, quanta ousadia ── Também ergui minha espada, ajustando-a junto ao meu corpo. ── Saiba que vou levar esse desafio como um desafio de vida e morte.

── Pois bem, jamais deixaria você sair vivo daqui. ── Respondeu audacioso.

A soberba com que falava estava me tirando do sério. Ele achava mesmo que eu não sairia vivo dessa? Pobre criança, mal sabe ele que vendi minha alma ao diabo, e assim, terei Celine para mim o mais breve possível, nem a morte pode me parar, nem a morte irá me impedir de ter aquilo quero.

Foi tudo muito rápido, em um minuto estávamos a um metro de distância, no outro, tínhamos chocados nossas espadas uma na outra fazendo soltar uma grande faísca. Logo começamos um combate corpo-a-corpo com o auxílio de nossas espadas.

A OBSESSÃO DO DUQUEOnde histórias criam vida. Descubra agora