Capitulo 2 - Eu não o reconheci

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Tony on

Eu acordo na enfermaria sentindo muita dor de cabeça e no corpo.
Olho minhas mãos, e braços cheios de marcas de cor roxa e alguns esverdeados.

Percebo ao meu lado, sentado em uma cadeira Rodolph, aparentemente dormindo, seu olhos estão fechados e seus lábios se contraem a cada movimento meu, como se ele os escutasse ou sentisse.

Desvio o olhar e então eu me lembro do que aconteceu, malditos, eu os ajudo e é assim que retribuem?

Eu quero bater em alguém, só quero bater, não tem motivo.

- TONY, VOCÊ ESTA BEM? - Diz Rudolph me tirando de meus pensamentos.

Viro-me para vê-lo, seus olhos antes fechados agora indicam preocupação, aqueles olhos vermelho escarlate, puta que pariu eu passaria dias fixados nesses olhos.

De repente uma dor forte surge em toda a minha cabeça, como se alguém tivesse batido nela com a maior força possível. Fecho os olhos em resposta e Ponho a mão na minha testa.

- Ai merda, minha cabeça.

Rudolph de repente retrai o corpo, mas em seguida ele aparece em cima de mim, seus movimentos são rápidos e eu nem consegui vê-lo direito vindo até a cama da enfermaria.

Ele me abraça forte como se eu fosse a coisa mais importante para ele.
Abraço-o de volta mas mesmo que eu pare ou retribua estava na cara que ele não ia me soltar.

- O que houve?

- Achei que você não ia acordar, fiquei preocupado com você. - Ele ficou preocupado, comigo?

O abraço aperta um pouco, mas com cuidado para não acertar em meus machucados.

- Não me dá um susto desses nunca mais. - Ele afrouxa, provavelmente com medo de me machucar ainda mais do que eu já estou.

Que fofo ele se preocupar.
Eu não quero sair desse abraço mas meu corpo doi, nao sei se aguento muito tempo nessa posição.
Ele percebe meu desconforto e se afasta.

- Desculpe é que eu fiquei com medo de meu cri- novo amigo morrer, vocês são frágeis, não vocês, tipo, você em específico parece frágil.

O encaro com um pouco de raiva, ele me acha frágil? Fraco?

- Não que você seja mas você parece, olha o que eu quero dizer é que você na realidade é muito forte...- Ele continua a falar e eu continuo a o encarar com a mesma cara.

Até que ele fala uma coisa um tanto quanto estranha que faz meu olhar mudar de raivoso para surpreso:

"É que humanos são tão frágeis, eu não sou tanto quanto vocês"

O interrompo sem excitar.

- Perai o que?

Que merda foi essa?

- Você não lembra?

- Lembrar do que Rudolph? - Eu me levanto devagar para que possa segurá-lo pela gola de sua blusa. - Me diga agora, o que eu deveria lembrar?

Seus olhos que antes mostravam preocupação mudaram para desespero, um olhar que mostra que ele está escondendo alguma coisa.

Os mesmos olhos relaxam.

- Eu sou um vampiro que esconde isso da sociedade, você me criou, lembra? - sua fala indica tristeza, culpa e calma, como se isso fosse algo que eu já devesse saber.

- Eu-

- Por favor me fala que você lembra...

Suas palavras agora mostram desespero.

Um amor impossível (Rudony) (reescrita com melhorias)Onde histórias criam vida. Descubra agora