5 dias depois
Tony on
Estranho mas é bom.
É o que eu sinto sempre que o vejo, se passaram 5 dias desde o incidente com os valentões mas eu ainda lembro da sensação de tê-lo ao meu lado, seu cheiro ficaram marcados em mim, e sua presença sempre é a melhor possível. Quando ele vai embora eu fico triste e ainda não entendo o por que.
Além de tentar descobrir o por que me sinto assim com Rudolph preciso descobrir quem foi que dedurou os valentões naquele dia, e ainda por cima colocou a culpa em mim.
Vou em todos os lugares da escola, procurando alguém que esteja que pareça um suspeito, sempre é importante ficar de olho, principalmente agora que o alvo sou eu.
Passo pelos corredores padrões, o piso de ladrilho azul que combina com as paredes brancas, os armários da mesma cor do chão em um tom mais claro.
Vejo as pessoas rindo e conversando, olhando para meus machucados ainda não cicatrizados e zombando deles, como se fossem melhores que eu.
Alguns riem de mim, outros tem medo, pois pensam que como eu sobrevivi devo ter dado uma surra nos valentões ou algo do tipo.
Por ficar olhando para os lado não reparo e esbarro com alguém, as coisas da pessoa caem mas e eu ajudo a pegá-las.
- Eu sinto muito mesmo.
Olho para ela e vejo que é uma menina, seus cabelos amarrados em um rabo de cavalo, em um tom rosa escuro puxado para o vinho, e pele rosada e mais escura na boca se assemelha ao padrão da pele de Rusolph, ela é muito bonita.
- Está tudo bem, não aconteceu nada comigo, você está bem?
Ela me olha de maneira curiosa, me permitindo ver seus olhos, a cor vermelho escarlate, um pouco mais claro que os de Rudolph, após um tempo ela esboça um sorriso.
Mas eu sinto que tem algo errado.Ela rapidamente direciona o olhar ao meu pescoço na região onde o Rudolph me mordeu.
Merda, eu devia ter colocada a camiseta de gola alta hoje de manhã.
o sorriso recen formado se desmancha e seus olhos assumem um olhar sério, como se eu tivesse cometido o maior dos pecados.
- Estou bem, meu nome é Anna.
Ela diz em um tom grosso.
- Tony.
Observo ela pegando os livros da minha mão e saindo andando. Me sinto intimidado mas retomo a postura.
Que menina estranha.
Tony off
Rudolph onPasso pela biblioteca vendo cada livro com cuidado, gosto da parte dos vampiro, a forma que nossa raça é vista pelos humanos me fascina, observo livros antigos que tem um formato mais realista de nós.
Me deparo com um livro em especifico: "Como vampiro se controlam?", o mais estranho é que ele foi feito por mais um vampiro que se disfarçou de humano. Então tudo escrito é verídico.
Pego o livro e aviso a secretaria, saio pela porta lendo o livro com cuidado, não sou a melhor pessoa em controlar meus desejos por sangue.
E aqui estou eu, passeando pelo corredor, tentando entender o mundo dos humanos, observando a cada detalhe com atenção, as roupas, as expressões faciais, os gostos e o mais importante: os sentimentos. Eles sempre são tão fascinantes, mas dentre eles o que mais me fascina é o amor, como algo que você nem pode ver pode ser bom? Como você sabe se é bom ou ruim? Como é? Como você sente ele? Tantas perguntas sem nenhuma resposta, e ninguém que me ajude a entender
Passo por um corredor estranho, das lâmpadas que deveriam ilumina-lo, somente 1 funciona, e essa 1 pisca incansavelmente, aparentemente não há ninguém a não ser eu no corredor, ou pelo menos é isso o que pensa até ouvir o barulho de algo caindo, tento enxergar com minha visão noturna mas um pano preto como a noite é colocado sobre meus olhos, penso em voar mas não posso estragaria meu disfarce.
Sinto-me ser puxado e jogado contra a parede e ouço uma porta bater.
Retiro a venda rapidamente e me preparo para uma briga, coloco o livro em cima da mesa, e então me preparo para o combate, abro olhos com fúria e encaro uma silhueta se aproximar. Ela me encara de volta: é a minha irmã.
Filha da minha boa mãe.
Saio do modo combate
- ANNA SUA IDIOTA O QUE ESTA FAZENDO?
Voo com raiva em sua direção.
- Eu que pergunto, onde estava com a cabeça? Você marcou um humano.
- Tenho uma pequena teoria de que isso é problema meu.
- E se alguém ver? Como vai agir?
Meu rosto raivoso se tornou sério, cerro meus punhos com força mas não abaixo a cabeça.
- Vou protegê-lo com minha alma. - Apressadamente acrescento. - Não quero você perto dele.
- Já era, ele sabe até meu nome agora. - Diz ela com um sorriso vitorioso.
Meu deus que ódio, mãe que nos pariu.
- Você ama me irritar não é? - A expressão severa se torna mais calma e relaxo meus punhos antes cerrados.
- Adivinhou só agora?
Antes que eu possa responder, sinto uma dor de cabeça enorme, de onde vem?
O pacto?
Talvez....
Pego o livro em cima da mesa e rapidamente voo até meu amigo, passo por diversas pessoas, uma multidão, paro de voar e dou a impressão de que estou só correndo.
Vejo pessoas gravando, tirando foto, rindo, indignadas, mas ninguém faz nada.
Finalmente vou ao seu encontro e vejo se ele está bem, ele tem um arranhão na bochecha, passo o dedo perto da ferida, ele para por alguns segundos para me encarar e nesses segundos eu me perco rapidamente em seus olhos...lindos e azuis como um mar limpo e novo, como o céu azul sem poluentes.
E em sua frente um valentão, de novo.
Viro-me para o valentão, nem preciso soltar o livro, dou-lhe um soco, antes que ele possa se reerguer o seguro e o puxo pelos cabelos lançando ele para dentro de uma sala, trancando a porta, pego Tony em meus braços e o levo a um local afastado, algumas garotas tentaram nos seguir mas não conseguiram acompanhar, e a última coisa que vi na multidão foi a minha irmã, com uma expressão tristonha e preocupada, balançando negativamente a cabeça.
Levo Tony até o muro no qual ele apanhou da última vez, não é o melhor local mas é o que tem para hoje.
- C-Como chegou tão rápido? - pergunta, logo em seguida solta um gemido de dor.
- Ser vampiro tem suas vantagens, deixe-me ver o...
Travo.
Sede.
Observo o machucado dele, uma gota de sangue sai do arranhão escorrendo pela sua face, observo atentamente tentando não me descontrolar.
Derrubo o livro no chão.
E minhas presas saem quase que pulando para fora da boca.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um amor impossível (Rudony) (reescrita com melhorias)
Hayran KurguTony é um garoto de criatividade inimaginável, mas as vezes uma imaginação fértil não cabe só no cérebro e precisa de mais espaço no mundo real, como por exemplo, um vampirinho muito brincalhão. Tony: Olá, sou Tony, tenho 18 anos e sou um garoto ôme...