5 - O Bar do Dong

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ミ★ #𝘈𝘴𝘊𝘩𝘶𝘤𝘩𝘶𝘴 ★彡

Sábado, 01 de abril de 2023.
Guro, Oryu-dong - Casa dos Park || 13h03 da tarde

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— Hirai Momo, se você não acordar agora, eu juro que jogo um balde de água na sua cabeça! São 13h da tarde já!

Momo acordou com gritos vindo do banheiro. Era Jihyo, e a garota gritava para ela se levantar pois já estava tarde. Era raro a japonesa dormir até tarde, mas por conta da noite anterior, em que passou a madrugada acordada junto com Jihyo e Tzuyu maratonando um seriado da Netflix, acabou não aguentando.

Contra sua vontade, Momo se sentou na cama de Park, que, apesar de ter um quarto relativamente pequeno, sua cama era de casal, bem espaçosa e confortável. Confessa que dormir com a Jihyo é um pouco ruim; a mais baixa se remexe na cama igual uma criança de 5 anos e vive dando pequenos chutes na pessoa ao seu lado. Mas nada que um travesseiro no meio da cama para separá-las resolva. Bocejou e esfregou os olhos, que ardiam por conta da claridade que vinha da janela e se jogou para frente ao ver a silhueta de Jihyo na porta do quarto.

— Olha, finalmente a Bela Adormecida acordou — entrou no cômodo arrumada. Havia acabado de sair do banheiro, com seu cabelo molhado e uma escova em sua mão direita. — Bom dia, Moring. Dormiu, hein? Parece até que está de ressaca.

Momo resmungou, dizendo que queria dormir mais e que estava cansada, que não havia dormido bem. Jihyo até deixaria, mas como era raro ela sair do colégio e passar um fim de semana fora, queria aproveitar e passar o dia todo com suas melhores amigas pela primeira vez no ano. Ordenou então que Momo se levantasse, tomasse um banho e se arrumasse porque iriam encontrar Tzuyu na praça em pouco tempo. Ouvindo o nome da taiwanesa, Momo questionou sobre a amiga, pensou que havia dormido com elas; mas Park avisou que ela teve que voltar para ajudar sua mãe e seu irmão com umas coisas de casa durante a manhã e que encontraria com elas na pracinha.

E em meio a resmungos e reclamações, a japonesa se levantou, pegou um conjunto de roupas em sua mochilinha de dinossauro, uma toalha que Jihyo havia lhe emprestado, e entrou no banheiro, batendo a porta em seguida.

— Isso! Bate mesmo! A casa não é sua, né?? — gritou, ouvindo Momo gritar de volta um pedido de desculpas. — Se quebrar, você que paga.

Rindo, Jihyo logo foi arrumar sua cama, afinal, deixar seu quarto organizado era o que ela mais gostava. Nunca gostou de bagunça, sendo a única bagunça que ela diz amar ser festa, balada e um bom churrasco. Ao terminar, seu pai apareceu na porta de seu quarto, avisou que na garagem, em cima de sua bateria, tem um presente para ela. Park se empolgou, sabia o que era. O agradeceu ali na hora já e com pressa, terminou de se arrumar, correndo para a garagem em seguida.

Sua bateria fica na garagem de sua casa — ou oficina de seu pai, que é mecânico e achou o lugar ideal para receber carros que precisam de conserto ou lavagem. Sendo exatamente o que pensara, comemorou sozinha ao ver um saquinho cheio de baquetas novas em cima do tambor. É claro que ela não demorou nem 2 segundos para pegar um par novinho em folha e se sentar para tocar um pouco, matando sua vontade de 3 semanas seguidas sem seu precioso instrumento. Suas antigas baquetas haviam quebrado ao meio durante um momento de estresse seu, em que usou a bateria para descarregar a raiva e além de quebrar suas últimas baquetas, machucou toda sua mão e precisou até enfaixá-la com gases e pomadas por conta das feridas.

Enquanto dava umas batidas bobas, criando ritmos que ela mesma criou, do lado de fora da garagem — que estava aberta por motivos óbvios —, pôde ver uma silhueta se aproximando. Demorou um pouco para reconhecer quem era por conta do Sol que batia contra e atrapalhava sua visão, mas ao se dar conta de quem ia ao seu encontro, abriu um sorriso sincero.

The New Band: Um Sonho Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora