Prólogo

2.1K 256 20
                                    

Era um dia normal da minha vida

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Era um dia normal da minha vida. Tinha acordado mais cedo e aproveitei para me produzir, comi uma coisa qualquer de café da manhã e estava pronta para ir para a minha primeira faxina do dia. Como de costume, andei duas quadras até chegar à residência dos Alencar. Entrei pelas portas dos fundos e comecei meu serviço.

Minha rotina era assim. Tinha que dormir cedo para acordar às cinco da manhã com disposição. Trabalhava desde os dezesseis anos, aprendi nova a me virar sozinha, fazia alguns bicos para conseguir grana e assim poder me sustentar, além de ajudar minha mãe em casa. Entretanto, minha vida virou de ponta-cabeça após o falecimento da minha mãe, Rosa. O dia da sua morte ainda me atormentava, ainda me recordava de que cheguei e a encontrei desmaiada na cozinha de casa, sem vida. Ela já tinha problemas de pressão alta e em sua última consulta o médico tinha alertado sobre o risco de um enfarto. Após o laudo sobre a sua morte sair, ficou constatado que ela faleceu em decorrência de enfarto fulminante, que foi ocasionado por um coágulo que bloqueava o fluxo sanguíneo para o coração. Sem sangue, o tecido perdeu oxigênio e morreu. E assim minha mãe foi tirada de mim.

Morava no interior do Rio de Janeiro, em uma cidade pequena e pacata, sem muitas emoções. Mesmo com toda a dificuldade e trabalho diário, felizmente ainda sobrava tempo para estudar. Sempre quis cursar faculdade, me formar e dar o orgulho de ter um diploma para minha mãe, no entanto, ao passar dos anos desisti desse sonho. Atualmente, estudava pelo YouTube mesmo algumas técnicas de maquiagem e estética. Tinha o sonho de me tornar uma boa maquiadora e esteticista. Já até produzi duas amigas minhas para festas, elas adoraram a maquiagem que eu fiz e fiquei feliz em fazer um serviço bem-feito.

Fiz toda a limpeza da casa dos Alencar e me preparei para ir embora, pois tinha que almoçar antes de ir para a outra faxina. Estava tirando meu avental, quando Carlos, o filho mais velho dos Alencar, apareceu na área de serviço.

— Diana, que bom ter conseguido te encontrar a tempo — disse, parando na porta do corredor. — Como você tem passado?

— Bem, Carlos, obrigada por se preocupar — respondi, educada. Peguei meu celular e coloquei no bolso da calça e quando me virei para olhá-lo, notei que ele olhava de maneira imprópria para meu corpo. Limpei a garganta e cruzei os braços, deixando transparecer meu desconforto. — O senhor deseja falar algo a mais comigo, pois já estou indo almoçar.

Ele me olhou sem jeito.

— Bom, sim, Diana, desejo contratar seus serviços. Como já sabe, eu me mudei recentemente para um apartamento e preciso de uma faxineira.

Assenti rapidamente.

— Entendi. Pode contar comigo, é só me passar seu endereço e eu estarei lá amanhã. Tudo bem?

Ele sorriu satisfeito e seu olhar caiu sobre meu decote, mas ele disfarçou no mesmo instante.

— Melhor impossível — respondeu em tom galanteador. Ele me passou seu endereço e, então, me despedi e saí da casa dos seus pais.

A bebê perdida do milionário Onde histórias criam vida. Descubra agora