Capítulo 11

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Olhei em volta e avistei uma moto, parece a moto do Louis.

Tiro o cinto e me viro para abrir a porta do carro, mas Victor me impede, a fechando assim que abro.

– O que está fazendo? – Ele perguntou.

– Tentando sair do carro, posso? – Digo o óbvio.

– Pode ser alguém perigoso que está dentro da sua casa e você não se preocupa?

Respiro fundo.

– Ou pode ser um amigo meu, acho que é a moto dele ali – Indico com a cabeça para a rua, em frente a minha casa, e saio do carro.

– Em situações como essa não se deve achar, tem que ter certeza – Victor disse, irritado.

Eu fecho a porta e saio andando em direção a casa.

Ouço a porta do carro abrir e fechar novamente e então, Victor aparece na minha frente, de repente.

– Me convida para entrar – Ele disse, num tom sério.

– O quê? Por quê?

– Para que um vampiro possa entrar numa casa, ele deve ser convidado por quem mora nela – Ele para, esperando uma resposta que eu não dou. – Pode ser o seu amigo, mas também pode não ser, existem muitas motos iguais. Me convida para entrar.

Pego a arma e olho para ela.

– Eu tenho isso, então, não vou te convidar – Ele respira fundo.

– Sarah, você até que atira bem, mas, em algum momento, uma arma pode não te ajudar e espero estar por perto quando isso acontecer. Vou esperar aqui fora – Victor diz e vai para o lado, permitindo que eu passe. – Se precisar, é só me mandar entrar.

– Tá bem – Digo e saio andando.

De fato, a porta estava aberta, foi deixada como se estivesse fechada para enganar qualquer humano, mas não um vampiro, ele viu o que eu não vi.

Empurrei a porta lentamente, sem fazer barulho, e entrei, com a arma na frente. Caminhei lentamente até a sala, deixando a porta aberta para que Victor possa me ver.

Por que a porta da cozinha tem que ser de frente para a sala? Assim fica difícil me esconder, se tiver alguém na cozinha, vai me ver indo para a sala, e vice-versa. Daí não vou conseguir pegar ninguém de surpresa.

Por sorte não havia ninguém na cozinha, e nem na sala.

Ouço passos rápidos vindo do andar de cima. Meu coração dispara mais um pouco. Aponto a arma para a escada.

A pessoa começa a descer.

– Parado aí! – Digo com firmeza, assim que avisto a cintura do sujeito, e ele para. – Agora, desça devagar – Ordeno.

O sujeito obedece.

– Não atira – Louis disse, assim que vemos o rosto um do outro. Ele está com as mãos levantadas no ar. – Eu me rendo – Zombou de mim e sorriu.

– Que bom que é você – Abaixo a arma e vou ao seu encontro, subindo os poucos degraus que nos separavam, e o abraço.

– Fiquei preocupado quando não tive notícias suas – Louis disse em meio ao meu abraço apertado.

Com tudo que aconteceu, eu me esqueci de ligar para ele.

– Desculpa, eu esqueci – Digo enquanto me afasto de seus braços musculosos.

Por mais que eu me lembrasse de ligar, o que eu ia dizer?

"Oi, fui atacada por um lobisomem, porque ele me confundiu com uma vampira morta, e eu fui salva por um vampiro, no qual atirei nele e também no lobisomem, e daí tive de levar o vampiro para a casa dele, porque ele é teimoso e não quis ir para um hospital! No final, deu tudo certo, ele está bem. Beijo e me liga quando ouvir esse recado", fora de cogitação.

Perdoe o Passado | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora