Olhei em volta e avistei uma moto, parece a moto do Louis.
Tiro o cinto e me viro para abrir a porta do carro, mas Victor me impede, a fechando assim que abro.
– O que está fazendo? – Ele perguntou.
– Tentando sair do carro, posso? – Digo o óbvio.
– Pode ser alguém perigoso que está dentro da sua casa e você não se preocupa?
Respiro fundo.
– Ou pode ser um amigo meu, acho que é a moto dele ali – Indico com a cabeça para a rua, em frente a minha casa, e saio do carro.
– Em situações como essa não se deve achar, tem que ter certeza – Victor disse, irritado.
Eu fecho a porta e saio andando em direção a casa.
Ouço a porta do carro abrir e fechar novamente e então, Victor aparece na minha frente, de repente.
– Me convida para entrar – Ele disse, num tom sério.
– O quê? Por quê?
– Para que um vampiro possa entrar numa casa, ele deve ser convidado por quem mora nela – Ele para, esperando uma resposta que eu não dou. – Pode ser o seu amigo, mas também pode não ser, existem muitas motos iguais. Me convida para entrar.
Pego a arma e olho para ela.
– Eu tenho isso, então, não vou te convidar – Ele respira fundo.
– Sarah, você até que atira bem, mas, em algum momento, uma arma pode não te ajudar e espero estar por perto quando isso acontecer. Vou esperar aqui fora – Victor diz e vai para o lado, permitindo que eu passe. – Se precisar, é só me mandar entrar.
– Tá bem – Digo e saio andando.
De fato, a porta estava aberta, foi deixada como se estivesse fechada para enganar qualquer humano, mas não um vampiro, ele viu o que eu não vi.
Empurrei a porta lentamente, sem fazer barulho, e entrei, com a arma na frente. Caminhei lentamente até a sala, deixando a porta aberta para que Victor possa me ver.
Por que a porta da cozinha tem que ser de frente para a sala? Assim fica difícil me esconder, se tiver alguém na cozinha, vai me ver indo para a sala, e vice-versa. Daí não vou conseguir pegar ninguém de surpresa.
Por sorte não havia ninguém na cozinha, e nem na sala.
Ouço passos rápidos vindo do andar de cima. Meu coração dispara mais um pouco. Aponto a arma para a escada.
A pessoa começa a descer.
– Parado aí! – Digo com firmeza, assim que avisto a cintura do sujeito, e ele para. – Agora, desça devagar – Ordeno.
O sujeito obedece.
– Não atira – Louis disse, assim que vemos o rosto um do outro. Ele está com as mãos levantadas no ar. – Eu me rendo – Zombou de mim e sorriu.
– Que bom que é você – Abaixo a arma e vou ao seu encontro, subindo os poucos degraus que nos separavam, e o abraço.
– Fiquei preocupado quando não tive notícias suas – Louis disse em meio ao meu abraço apertado.
Com tudo que aconteceu, eu me esqueci de ligar para ele.
– Desculpa, eu esqueci – Digo enquanto me afasto de seus braços musculosos.
Por mais que eu me lembrasse de ligar, o que eu ia dizer?
"Oi, fui atacada por um lobisomem, porque ele me confundiu com uma vampira morta, e eu fui salva por um vampiro, no qual atirei nele e também no lobisomem, e daí tive de levar o vampiro para a casa dele, porque ele é teimoso e não quis ir para um hospital! No final, deu tudo certo, ele está bem. Beijo e me liga quando ouvir esse recado", fora de cogitação.
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Perdoe o Passado | +18
Gizem / GerilimCapa feita pela minha bff @MISS_kayffyer ♡ [De minha autoria] Livro 1 Sarah Becker é apresentada ao mundo sobrenatural quando mortes começam a ocorrer na cidade em que vive. Por ser jornalista, decide investigar e assim descobre sobre Victor, um vam...