Ele a encontrara e, em segundos, a velocidade de seus batimentos cardíacos aumentou. Embora não ousasse se virar na direção do homem, reconheceu seu cheiro, aquele aroma profundo, terreno, que também era doce. Que espécie de coisa tinha se tornado para sentir o cheiro de pessoas como se fosse... Não, ele não pode ser.
A pessoa ao lado dela se levantou e o homem não se sentou, mas ficou entre o banco vazio e o corpo dela. Uma coxa forte, musculosa, pulsava contra a dela, a barra da saia comprimiu-lhe a carne.
— Como me achou?
— Eu a segui desde sua casa.
— Desde minha... — Ele sabia onde ela morava? — Por favor, vá embora, ou chamo um segurança e digo que está me incomodando.
— Você não vai fazer isso. — Estendeu a mão, pegou sua bebida e cheirou-a. — Era assim que você cheirava a noite passada, vodka e uva-do-monte. Vocês, mulheres, e suas bebidas cor-de-rosa. Mas seu cheiro hoje é diferente, perfume demais. — Cheirou o ar em torno dela. — Cravo-da-índia. Achou que poderia esconder seu cheiro natural de mim?
— Sim. Não. — Sohyun levou a mão ao pescoço, consciente de seu decote acentuado, ele também percebeu. — Não me sinto à vontade conversando com você.
— Ótimo, gosto de mulheres que dizem a verdade. E detestaria se você fosse daquelas que se agarram a qualquer homem que lhes desse o maior prazer de suas vidas.
Sohyun lançou um olhar a Jin. Estaria cuidando dela? Viu três mulheres quase nuas dançando em frente à cabine do DJ. A mente de Jin provavelmente não estava na melhor amiga.
— Olhe para mim — disse o homem que era uma espécie de salvador dela. — Deixe-me olhar para você, a noite passada só pude imaginar como é bonita.
Ela olhou para os calorosos olhos. Eram escuros, embora mais suaves do que se lembrava. Nada ameaçadores, até mesmo atraentes.
— Seus olhos são tão bonitos e brilhantes — disse ele. Sohyun desviou o olhar.
Olhar nos olhos dele pareceu como obedecer a uma ordem. E ela não queria lhe dar essa vantagem. Você está no controle de sua vida, lembra-se?
— Você não é tímida — mesmo em meio ao barulho, ela ouvia a voz dele perfeitamente, como se estivessem numa coluna de ar separada da multidão. — Converse comigo.
Conversar com um homem que a amedrontava? Nunca. Mas precisava saber...
— Você é realmente um...
— Um quê?
Ainda sem querer encontrar os olhos dele, ela brincou com a taça.
— Meu amigo me falou sobre vampiros e que eles realmente existem. Então ele imaginou que você pode ser um lobisomem — ela sussurrou a palavra.
— Muito inteligente, seu amigo. É aquele na cabine para quem você acenou quando entrou?
— Sim. Você estava me observando?
— Sim. — O bartender parou diante do homem. — Uma cerveja — ordenou ele. — Então, estou vendo que você se recuperou da aventura da noite passada. Usando uma roupa sexy e flertando com homens na pista de dança. Dá para ver que não ficou traumatizada por ser perseguida, e sim excitada.
— Dá o fora, maluco.
Ela escorregou do banco para fugir e, por sorte, um caminho se abriu na pista de dança. O ritmo aumentou e a multidão delirou, os braços para cima enquanto dançavam.
Sohyun se virou, mas não viu sinais do homem... Ou lobisomem. Teria imaginado que conversara com ele? Não, ainda podia sentir a coxa poderosa, sólida e quente contra a dela. Ele a marcara com seu calor.
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MOON KISS
FanfictionEm uma fuga de vampiros sedentos de sangue, Kim Sohyun foi parar direto nos braços de um lobisomem. E agora ela experimentava a linha tênue entre o medo e o desejo... Como homem, a sensualidade de Jeon Jungkook a atraia. Como fera, seu apetite insa...