Sohyun se aprontou, sentindo-se um pouco culpada por ir à cidade aquela noite. Mas precisava encontrar o amigo e Jungkook não tinha o direito de proibir. Sabia que queria apenas protegê-la, porém precisava continuar com sua vida e lhe explicaria isso mais tarde.
Ele mesmo tinha uma vida da qual não fazia parte, como aquela mulher na foto. Sabia que tinha sido uma amante, por mais que ele negasse. E ele gritara o nome de uma mulher na noite em que os vampiros atacaram seu loft.
Teria uma rival no coração de Jungkook? Sentiu-se cheia de ciúme, então percebeu que estava se comportando como ele, ficando zangada por alguma coisa que provavelmente não existia.
Tinha que admitir que o ciúme de Jungkook a fazia se sentir especial, como uma princesa.
A porta do quarto se abriu e Sohyun não se deu ao trabalho de olhar. Estava de sapatos de salto alto, calcinha e sutiã. Que ele olhasse o quanto quisesse.
— O nome dela é Nayeon — disse ele.
Sohyun abaixou o vestido vermelho que segurava e se virou para ele.
Jungkook, a cabeça baixa, andou alguns passos.
— Ela viveu comigo por dez anos antes de se mudar no ano passado e era... Tudo para mim.
Dez anos? E não haviam sido amantes? Agora, isso era interessante. Mas a tensão na voz dele a deixou cautelosa.
— Desculpe, parece uma coisa dolorosa para você. Não devia ter perguntado.
— Você precisa saber, não devo lhe esconder nada, Sohyun. Saiba que tento ser o mais franco possível.
— Sei que tenta. Acredito que me dirá o que acha que preciso saber quando for o momento certo. Assim, obrigada por me dar essa parte sua.
Ele acenou.
— Vou ver o carro antes de você sair. E, com isso, ele se foi.
Sohyun ficou parada, olhando a porta aberta. Estava tão acostumada com a presença constante do amante que seu desaparecimento súbito lhe causou uma sensação de vazio. Rodeou a cama e abriu a gaveta da mesinha de cabeceira onde sabia que havia uma foto da mulher.
Dez anos.
Traçou com um dedo o rosto da mulher e o sorriso radiante de Jungkook.
Algum dia sorrira assim para mim? Ou ela sempre terá seu coração? O que ela significou para ele se não foram amantes? Uma filha? Uma amiga? Uma parente? Talvez Yumi saiba.
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Ele segurou as chaves do Mercedes e esperou por Sohyun. Insistira em ir à cidade sem ele para se encontrar com Jin. Sabia que teria problemas.
Depois da discussão daquela tarde sobre Nayeon, devia mais explicações a Sohyun. Não fora realmente uma discussão, ele se recusara a se abrir, sem saber como lidar com sentimentos que guardara por mais de um ano.
Por dez anos, partilhara sua vida com ela. Agora Nayeon se fora, roubada por outro homem.
Dera a Sohyun a informação que podia sobre seu relacionamento com Nayeon. Não foi muito, talvez pudesse ter dito mais. Contudo, como liberar os sentimentos que lhe tomavam o coração como uma massa negra que se recusava a ser desvendada? Ela fora generosa ao dizer que aceitaria o que lhe pudesse dar quando se sentisse à vontade. Sohyun, minha Sohyun.
— Você não vem?
Surpreendido por não lhe sentir o cheiro, a expressão de Jungkook se tornou mais dura. Ela vestia vermelho e isso o aborreceu. Jin era apenas um amigo, lembrou a si mesmo. Assim como ele e Nayeon haviam sido amigos? Tentou permanecer estoico.
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MOON KISS
FanfictionEm uma fuga de vampiros sedentos de sangue, Kim Sohyun foi parar direto nos braços de um lobisomem. E agora ela experimentava a linha tênue entre o medo e o desejo... Como homem, a sensualidade de Jeon Jungkook a atraia. Como fera, seu apetite insa...