Epílogo

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— Logo — era a resposta de Jungkook todas as vezes que Sohyun lhe perguntava se podia mordê-lo. Jamais deixaria de perguntar, algum dia seria "agora".

Ela havia se transformado em vampira alguns meses atrás. O mundo era maravilhoso visto através dos sentidos apura­dos e de sua recém-descoberta confiança em si mesma.

Sempre fora confiante, mas agora era forte. E, ao lado dela, seu amante lobisomem a fazia se sentir poderosa.

Gostava de andar em meio a humanos nas ruas escuras, sentindo o cheiro de seu sangue. Havia tantos cheiros e sabo­res como havia pessoas, e ela adorava variar. Algumas vezes, Jungkook esperava no carro até ela voltar para ele, tonta pelo bruxuleio e ansiosa para fazer amor. A vida era boa e prome­tia ficar ainda melhor.

Agora Jungkook estacionava e lhe pedia para pegar o chicote no banco de trás; então os dois saíram do carro.

Um casal de mãos dadas estava perto de um conversível Mustang negro. Sohyun não sabia nada sobre carros, apenas que aquele era espetacular.

O homem era alto, esguio e seus cabelos desarrumados enquadravam um rosto muito bonito. Parecia um astro do cinema.

A mulher que lhe segurava a mão era pequena e ruiva e, quando viu Sohyun e Jungkook se aproximarem, estendeu os braços.

Jungkook soltou a mão de Sohyun e correu para se encontrar com a mulher. Tomou-a num abraço que a ergueu do chão.

Uma fisgada no lábio alertou Sohyun. Obrigou as presas... E o ciúme... A voltar para as sombras. Essa mulher não era ameaça para ela, tinha um homem. E Sohyun agora estava dis­posta a lutar com qualquer mulher que tentasse pôr as mãos no homem dela.

A menos que fosse um abraço de amigo.

— Sohyun — Jungkook colocou a mulher no chão e estendeu a mão para Sohyun, que a pegou e o beijou no rosto. — Esta é Nayeon. Nayeon, minha companheira, Sohyun. Eu a amo e vamos nos casar na primavera.

— É um prazer enorme conhecê-la. — Os olhos escuros de Nayeon brilhavam enquanto apertava a mão de Sohyun. — Este é meu marido, Max.

O homem apertou a mão de Sohyun e piscou para Jungkook.

— Prazer em conhecê-la, Sohyun. Casamento? Meus para­béns, desejo a vocês tanta felicidade como Nayeon e eu temos.

Depois de soltar a mão de Sohyun, o homem olhou-a e a esfregou, como se tivesse tocado em alguma coisa suja.

— Perguntando-se o que ela é? — perguntou Jungkook ao Highwayman. — Ele tem um sexto sentido com paranor­mais, embora seja mortal — explicou Jungkook a Sohyun. — Minha noiva é vampiro. — Sohyun percebeu o arquejo de Nayeon. — E eu a amo. — Jungkook abraçou Sohyun. — Está com o chi­cote, doçura?

Sohyun estendeu o chicote de fios de prata enrolados e o entregou a Max.

— Encontrei isso há alguns dias — disse Jungkook, que é seu.

— Obrigado, pensei tê-lo perdido. Ian Grim o roubou.

— É preciso dar um jeito naquele canalha — disse Jungkook.

— Concordo — disse Max, Nayeon estendeu a mão para Sohyun.

— Vamos entrar no restaurante e nos sentar. Vamos deixar os homens rosnarem e planejarem como conquistar o mundo. Adoro seus sapatos.

— Obrigada. — Sohyun segurou a mão de Nayeon e elas se afastaram dos homens.

— Então pode sair à luz do dia? — perguntou Nayeon.

— Sim, tenho sangue de fênix e bruxa.

— Interessante Jungkook a escolher.

— Não era vampiro quando nos conhecemos. — Sohyun abriu a porta do restaurante. — Ele me aceitou.

Nayeon parou na entrada.

— Sei que sim, nunca vi o homem sorrir tanto. — Virou-se para Sohyun, os olhos escuros brilhando. — Você é única para ele, Sohyun, eu sei. Estou tão feliz por vocês dois.

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