Capítulo 16

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Andaram pelo saguão de mármore verificando as janelas e os códigos de segurança. Sohyun conhecia a rotina, mas per­cebia que ele se sentia mais tranquilo fazendo isso por si mesmo. Mas sua confiança estava em Jungkook, não nos dispo­sitivos de segurança.

Não acreditava que seria capaz de usar aquela enorme pis­tola se um vampiro aparecesse.

Era difícil imaginar a guerra que Jungkook previa. Uma pessoa morrera e era triste perder Jin. Mas não acredi­tava que aquilo evoluísse para uma luta entre vampiros e lobisomens.

Havia também um sistema de proteção mágico, instalado por uma bruxa quando Jungkook se mudara, contra qualquer paranormal. Jungkook achava que não podia ser cauteloso de­mais; sabia como eram os vampiros.

Sohyun se cansou.

— Estou com fome, vamos ver o que Yumi está fazendo para o jantar.

— Sohyun, você não está levando isso a sério.

— Eu atirei em você e acha que não estou levando a sério?

— Não, não está. Por que é tão difícil querer sobreviver?

— Eu quero sobreviver. Amo você, quero passar minha vida com você. Não quero morrer, mas... Apenas me deixe lidar com isso à minha maneira, certo?

— Sim, desculpe.

Quando chegaram à cozinha, Yumi lhes acenou para se sentarem e esperarem o jantar que estava servindo.

— Então, me diga, se você não é imortal, apenas cai morto quando tem três séculos?

Ele a puxou para o colo, no que se tornara a poltrona fa­vorita para namorar. Sohyun encostou a cabeça no pescoço de Jungkook, onde sentia mais intensamente seu delicioso cheiro de homem.

— Três séculos é um cálculo — passou a mão pela coxa nua de Sohyun, erguendo-lhe a saia, mas não muito, por causa de Yumi. — Lobisomens podem viver centenas de anos, mas o mais velho de que tive notícias tem 125 anos.

— Não posso imaginar uma vida tão longa. Deve ser ma­ravilhoso.

— Nasci em 1935 e acho que ainda sou pouco mais do que um filhote. Embora, em alguns dias, sinta que morri mil vezes nessas nove décadas.

— O que vai acontecer conosco? Não estou ficando mais jovem. E você certamente não vai querer uma mulher velha daqui a cinquenta anos.

— Você nem pode imaginar como é bom ouvi-la falar so­bre nós em termos de décadas, doçura. Não importa o quanto fique velha e enrugada, eu sempre a amarei.

— Oh, por favor, quando tiver oitenta anos e você ainda for assim tão sexy, não vai me querer. E quando eu morrer...?

— Vou querer morrer com você.

— Não diga isso, Jungkook. É melhor apenas nos concen­trarmos no agora.

— Você sempre terá meu coração, Sohyun, nunca se esque­ça. Você o roubou e não quero tê-lo de volta.

O som de talheres e pratos lhes mostrou que Yumi havia servido o jantar. Ela respeitava a privacidade deles e saiu para cuidar de outras tarefas domésticas.

— O cheiro é delicioso — disse Sohyun.

— Acho que é salmão.

— Quero dizer você. — Ela lambeu a parte inferior do queixo dele, onde era tão sensível ao toque de sua língua. — Ela não voltará agora. Que tal uma rapidinha?

— E você me chama de insaciável. — A mão dele puxou-lhe uma das coxas e a montou nele. — Abra meu zíper, doçura, e vamos cavalgar.

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