Capítulo 15

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Ela realmente precisava de um descanso depois de três dias e três noites de paixão sem fim.

Droga, uma garota tinha um limite para o prazer, sério. Assim, essa noite Jungkook preparou para Sohyun um banho quente de banheira e jogou pétalas de rosa na água. Acendeu velas e deixou-a imersa na água.

Ele a mimava, seria culpa por sujeitá-la às espantosas necessidades sexuais do lobisomem? Sohyun esperava que ele superasse aquilo, podia cuidar de tudo. Por outro lado, era bom demais ser mimada.

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Mais tarde, Jungkook ouviu Sohyun conversando com Jin ao telefone e esmurrou a parede. Sohyun saiu correndo do quarto, olhou o buraco e o punho dele.

— Sei que, desta vez, ele quer alguma coisa.

— Ele quer que eu vá a uma festa.

— Hyeri estará lá e outros vampiros também.

— Eu sei, disse a ele que não iria. — Seu celular tocou de novo e Sohyun olhou a tela. — É o número de Jin. Pensei ter deixado claro que não iria.

— Deixe-me falar com ele.

— Não. — Ela apertou o botão. — Jin, eu disse que não quero ir.

Jungkook ouviu a voz feminina e arrancou o celular da mão de Sohyun.

— Hyeri, que diabos você quer? Ela riu.

— Eu avisei para não começar nada — disse ele. — Se é guerra que quer, teremos guerra.

— Então já começou — rosnou ela. — A primeira provi­dencia é recuperar a cabeça do amigo morto de sua amante. Eu joguei o corpo no sol, mas você sabe que os vampiros novos demoram muito a se transformar em cinzas.

Jungkook respirou fundo. Sohyun estava ao lado dele, observando-lhe o rosto.

— Não é mais sobre eles, é?

— Nunca foi — disse a mulher vampiro. — Há tanto tem­po que não nos enfrentamos, Jungkook. Estou ansiosa por essa conversa. Oh, tenho tantos planos!

Ela desligou e Sohyun pegou o celular. Jungkook se virou e esmurrou a parede de novo. E de novo.

— O que ela disse? Quer parar de tentar derrubar a casa? Jin está bem? O que está acontecendo.

— Afaste-se, doçura, não é a hora certa.

— É, se diz respeito ao meu amigo. Onde ele está?

— É entre mim e Hyeri agora.

— O que isso significa?

— Ele está morto — disse ele, furioso. Não devia ser tão cruel, mas não sei encobrir a verdade. — Ela o matou por vingança. Está atrás de mim o tempo todo, quer ferir o mais profundamente que puder.

— Jin está morto? M... Mas acabei de falar com ele.

O corpo de Sohyun balançou e Jungkook a abraçou quando ela caiu em seu peito.

— Sohyun, lamento. — O mundo dele finalmente a alcançara. Não era justo.

— Por que é com você? — Os grandes olhos escuros pro­curavam a verdade nos dele. — O que fez a ela?

Sohyun merecia a verdade e a teria.

— Setenta anos atrás, matei a família dela e quer se vingar.

— Você matou? Mas disse que nunca...

Sim, dissera a ela que não feria humanos, a menos que fosse necessário. E aquelas mortes tinham sido necessárias. Há muito tempo que não pensava naquela época de sua vida. A lembrança lhe chegou como um odor acre.

MOON KISSOnde histórias criam vida. Descubra agora