Capítulo 12

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KARA

— Acho que este seria incrível, — declarou Sam, tirando um dos vestidos da parte de trás da porta onde os pendurei. 

Exagerei.

Quer dizer, provavelmente não iria ficar com todos eles. Mas quando entrei na loja, não consegui escolher entre os cinco vestidos que experimentei. Mas Sam não estava disponível para consultar. Então, naturalmente, comprei-os e esperei que ela tivesse alguns momentos de folga para vir e examiná-los.

— Você não acha que é um pouco... picante? — perguntei, olhando para o vestido preto simples com uma barra bastante modesta, mas o tipo de corpete que poderia mostrar muito mais do que o pretendido.

— Quando você já se esquivou de algo só porque era picante? — Ela perguntou. — Lembre-se daquela aula de desenho de figuras que você fez. Todos aqueles pênis. — disse ela, dando-me um sorriso divertido.

— Foi difícil desenhá-los corretamente na página, você sabe... caras, — disse, rindo um pouco com a lembrança de todos aqueles paus ficando duros e moles novamente. De novo e de novo e de novo. Todos eles deviam ter bolas azuis quando saíram da sala.

Nunca diria isso a Samantha, mas aquela aula me deu a experiência de ser capaz de fazer meu próprio pequeno desenho particular de um certo pau que pertencia a minha chefe, estupidamente bonita e terrivelmente sexy. 

Nem sei o que aconteceu comigo que me fez fazer isso. Mas voltei da casa dela, me tranquei no meu estúdio e comecei a passar para o papel como louca. Houve um close-up de seu pênis perfeito, grosso, longo, com bolas lisas e uma cabeça bem torneada, então um dela inclinada para frente em sua cadeira depois que gozou pela minha garganta, e um de uma mulher chupando ela atrás de sua mesa enquanto uma figura sombria estava na porta. Havia outra ainda de sua mão forte em meu cabelo. Eu gostava mais desse. A combinação do cabelo sedoso em uma pegada forte.

Depois que finalmente saí do meu estúdio, fiquei pensando na minha coragem de chupar ela daquela maneira, do poder que senti tomando-a em minha boca, ouvindo a maneira como minha boca acabou com todas as suas defesas, deixando ela exausta e fraca depois. 

Como se isso por si só não fosse excitante o suficiente, havia o fato de que ela me deixou continuar a chupá-la, escondido fora de vista, enquanto tentava manter uma conversa normal.

Poderíamos ter sido pegas.

E esse foi um fato que me fez passar por quatro orgasmos até ficar exausta demais para continuar e cair em um sono profundo e sem sonhos.

— Ohhh, espere. O que é isso? — Sam perguntou, largando o vestido preto para pegar outro.

— Oh, isso foi meio que uma compra por impulso, — admiti. Tinha um corpete e uma bainha modestos, mas uma fenda que ia bem alto na coxa.

— Isso é realmente legal, — disse ela, passando a mão pelo tecido preto, fazendo com que essa parte ficasse dourada.

Reconheço que comprei porque sabia que, se Lena colocasse a mão em mim em qualquer lugar, isso realmente deixaria uma marca em mim e me sentiria obcecada pela ideia. 

— Você não acha que é cafona? — Perguntei. — Você sabe, para um evento formal com um bando de pessoas super ricas presentes?

— Não acho nada cafona. É perfeito.

Estive secretamente esperando que ela escolhesse aquele também. Mas precisava do segundo par de olhos objetivos para me fazer sentir confortável com a escolha.

— Tudo bem. E quanto aos sapatos? — Perguntei, acenando para as caixas.

— Bem, haverá bolhas dolorosas, não importa o que aconteça. Meu conselho é escolher o par de que você gosta tanto que pense que as bolhas valham a pena.

Voyeur - Lena IntersexualOnde histórias criam vida. Descubra agora