Maurício Guerra

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P.O.V Maraisa

Eu esperava que os policiais chegassem
na sala de interrogação com os dois caras,
estava ansiosa e ao mesmno tempo nervosa
demais para interrogar aqueles dois.
Ultimamente não tive muito tempo, tantas
coisas aconteceram, principalmente em
minha cabeça. Então acabei deixando para
depois, quase estava me esquecendo, mas
ainda sim eu não estava cem por cento boa
para qualquer coisa. Minha cabeça rondava naquela maldita missão e em como eu contaria para a Marilia, o que ela iria achar sobre isso? Ficaria numa boa? Me acusaria? Charles Benson me coloca em cada coisa. Sento na cadeira giratória, pegando as duas pastas em cima da grande mesa. Toby Campbell e Max Sullivan. Esses são os caras que sequestrarama minha irmã e que estão presos, e hoje eu vou interroga-los para saber o motivo disso e quem está pro trás de toda essa loucura. Duvido muito que seja apenas esses dois, alguém com certeza está comandando tudo isso. Escuto um barulho de porta e largo as pastas em cima da mesa.

Lá estavam eles, dois policiais os
empurravam em direção a salinha,
colocando-os nas cadeiras. Toby e Max estão algemados e não tiraríamos em momento algum, obviamente. Ambos policiais saíram, fechando a porta e provavelmente ficando do outro lado, vendo através do vidro que tem, todo escuro. Me levanto e vou em direção de
ambos, eles nem sequer olhavam na minha
cara, estão de cabeças baixas como se não
tivesse mais ninguém ali. Torço as mangas
de minha blusa social, levando-as até ao meu cotovelo.

- Toby Campbell - Seu nome escorria pela
minha boca – E Max Sullivan.

- O que quer? - Max levantou a cabeça.

- Estamos em uma sala, não é obvio? Eu quero
respostas - Cruzo os meus braços - Apenas
me respondam uma coisa...

- De jeito nenhum! -Toby me cortou – Eu não vou abrir a boca para nada.

- Bom, você está abrindo agora - Seguro em
seu queixo e o puxo para que me olhasse bem - Por que sequestraram Mia Pereira?

- Isso não te interessa - O outro respondeu.

- Me interessa muito – Solto o queixo do
garoto – Vocês sabem muito bem o que ela é
minha, não é mesmo?

- Sua irmã - Toby sorriu de lado.

- Otimo– Vou em direção a mesa, me
sentando em cima da mesma, cruzando
as pernas para que a saia não revelasse
nada - Então tenho certeza que vocês
sabem a resposta, afinal, foram vocês que
sequestraram ela.

- Prefiro ficar preso - Max murmurou
amargurado.

- Meu querido, você vai me responder e vai
continuar preso - Pisco um olho - Tá achando que vai ficar solto por ai?

- Eu não vou contar nada!- Toby rosnou.

- Mais uma chance - Passo a língua pelos
meus lábios – Por que sequestraram ela?

Os dois abaixaram a cabeça como se
estivessem ensaiando por aquilo e não
abriram a boca, um voto mudo que não
falariam nada a respeito. Empurro a cadeira de Toby para trás, o mesmo finalmente me olhou, esperando por alguma ação minha. Eu apenas apliquei um chute bem dado no meio de sua barriga, o meu salto alto encaixando perfeitamente em seu corpo. A cadeira caiu para trás junto com o Toby que gemeu de dor, mas ao mesmo tempo soltou um pequeno grito por conta do tombo em cima da cadeira. O deixei ali, caído e desconfortável, não me
importando nenhum pouco. Caminho até ao Max que parecia desesperado e surpreso, seguro firme em sua cabeça e o forço a olhar mais ainda para o seu amigo, segurando-o naquela posição, até que desse alguma dor na nuca ou pescoÇo.

-E ai? - Sorrio de lado - Está vendo a
situação? Acho que vocè pode abrir a boca
enquanto o seu amigo está caído.

- E-eu não vou falar nada – Max tentou virar a cabeça, mas eu segurava firme demais - Me solta!

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