Missão

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P.O.V Maraisa

Abro a portinha do Starbucks, fazendo um
barulho de sino, indicando que alguém
entrava.A garçonete me olhou de cima a
baixo, abrindo bem os olhos ao perceber
o meu distintivo pendurado e o coldre em
minha cintura, rapidamente me guiou para
uma mesa disponível. Ela pegou o meu pedido na maior educação e respeito do mundo, antes de se retirar. Por isso que é bom ser policial. Estou usando uma calça preta levemente social, botas nos pés, uma blusa com o emblema da policia e uma jaqueta azul por cima. Pego o meu celular e começo a ver as noticiais que tinham de hoje, já está tarde, é de noite e o Starbucks está funcionando hoje nesse horário. Eu estava na delegacia, fazendo diversos relatórios e vim para cá dar uma pausa, precisava de um bom café forte para seguir a miha noite. Eu tinha que ficar na delegacia até uma hora da manha, para
depois entrar um policial no meu lugar e
cumprir o seu plantão. Entrei nessa profissão a muito tempo, desde novinha, sempre quis ser a heroína da cidade. Desde pequena eu tinha esse sonho e por incrível que pareça, não quis mudar de profissão.

Geralmente quando somos crianças,
escolhemos diversas profissões, nunca
ficamos só em uma. E bem, comigo foi
diferente, sempre tive esse sonho e batalhei
por ele, e agora estou aqui, seguindo o que
eu quero. Antes eu era apenas uma policial,
sempre resolvendo as coisas nas ruas ou na
delegacia, mas depois quis subir de cargo e
dar uma mudada. Virei policial investigativa, resolvo casos com minhas armas, pego depoimento de testemunhas e interrogo a pessoa que cometeu alguma coisa. Mas apesar disso, não deixo de ser uma policial das ruas.

- Aqui está policial - A garçonete depositou
um copão de café quentinho na minha frente e um prato com duas rosquinhas grandes - Mais alguma coisa?

- Por enquanto só – A olho com um sorriso -
Você é linda, sabia?

- Faz tanto tempo que não recebo um
elogio que fico sem jeito - Ela ficou com as
bochechas avermelhadas.

- Aposto que recebe muitos - Pisco um olho.

- Está de plantão policial? - A garçonete
espalmou as mãos em minha mesa - Meu
expediente está acaband...

Oh!- Abri bem os olhos entendendo onde
ela queria chegar - Desculpe mas já tenho um encontro essa noite.

- Sinto muito – Ela ficou mais vermelha ainda, parecia um tomate podre - Desculpa mesmo..

-Chancho! - Maiara surgiu atrás da garçonete - Já está ameaçando a garota?

-Cuida da sua vida - Mostro a língua -0 que está fazendo aqui?

- Vim te mostrar uma Coisa - Maiara encaroua moça com um sorriso de lado - Você é linda, mas pode se retirar? Agora é assunto de gente grande.

- Literalmente -Murmurei - Minha amiga é
gigante.

-E você é uma anā bunduda safada – Maiara retrucou olhando a garota sair de perto - Nossa, mas que menina linda.

Acenei em concordância, ela realmente é.
Maiara não tỉnha nem vergonha na cara por babar naquela moça, eu fui burra em não ter pedido o numero do celular dela. Por que eu fui abrir a boca que eu tinha um encontro? Eu apenas deveria ter falado que não poderia sair hoje mas que outro dia sairia com ela. Eu e a minha língua grande. Mas de certa forma vou sair com uma pessoa hoje, Laura, ficamos duas vezes e essa vai ser a terceira. Espero não ter uma quarta, pois ela não é a garota ideal para mime eu não quero me apaixonar. Volto a minha atenção para a Maiara que roubava uma rosquinha recheada do meu prato, resmungo baixo pegando a outra antes que ela roubasse também. Dou uma grande mordida, me deliciando com o recheio docinho e tomando em seguida, o delicioso café fresquinho e quentinho. Irônico né? Duas policiais comendo rosquinhas, típico. Sim, Maiara Henrique é a minha parceira nessa carreira de policia.

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