17.

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Naruto

Meu marido terminou de ler o livro infantil que pegou na biblioteca e fechou-o silenciosamente, durante as últimas linhas do capítulo nosso filhote acabou pegando no sono e adormeceu com o rosto enfiado no peito do pai. Como ele acabou adormecendo, achamos melhor levá-lo para o andar de cima e o aconchegar em sua caminha onde ele poderia dormir confortavelmente; com muito cuidado eu me levantei do sofá, peguei o livro que me foi entregue e com o coração quentinho assisti meu marido segurar nosso filho nos braços e o envolver carinhosamente com seus feromônios. Subimos juntos para o andar de cima, atravessamos o corredor e chegamos ao quarto do Ômega, meu marido entrou na frente e colocou-o em sua cama cobrindo-o com um cobertor, não esquecendo de colocar um ursinho em seus braços. O Alfa colocou um joelho no chão e beijou o narizinho do garoto, acariciando-o gentilmente nas orelhinhas felpudas e que não funcionavam como as orelhas de um lobo. 

─ Estou muito feliz. ─ Meu marido comentou após levantar da posição em que estava e caminhar em minha direção, ele tem um brilho tão bonito nos olhos que me fazer querer chorar. ─ Ômega, ─ Ele pegou em minha mão e a pressionou contra o coração, eu senti o músculo batendo forte contra minha palma. ─ Consegue sentir? Ele está batendo assim tem horas.. ─ O homem me olhou todo abobado e com emoção visível nos olhos, eu sorri sentindo as lágrimas se acumulando em meus olhos e tentei inutilmente segura-las. 

─ Marido.. ─  Falei com a voz embargada. ─  Me conte melhor como foi! Mas vamos sair daqui ou vamos acabar acordando nosso anjinho. ─ Sugeri e o puxei em direção a escadaria, descemos para o primeiro andar e ele sentou no sofá me puxando para sentar em suas pernas. Então, em poucas palavras ele me explicou toda a situação e como - sem querer - ele causou a aproximação do híbrido. 

─ Quando acordamos do nosso cochilo, ele não se afastou de mim, pelo contrário, ele me abraçou ainda mais forte e me pediu desculpas dizendo que estava errado mas que tem muito medo de Alfa's.. Disse que são malvados e que fazem dodói. ─ Ele respirou fundo e balançou a cabeça. ─ Mas, acho que de alguma forma ele entende que eu não vou machuca-lo, mas devido ao seu trauma, ele tinha muito medo de se aproximar. É bom que tenhamos conseguido ultrapassar um pouco essas barreiras. ─ Sorri acariciando sua bochecha que possuí a cicatriz. 

─ Eu estou muito, muito orgulhoso de vocês! Confesso que sai daqui um pouco apreensivo em como ele ia se sentir mas como eu tenho completa confiança em você, sabia que conseguiria se aproximar ao menos um pouco dele. ─  Beijo seus lábios carinhosamente e abraço seu pescoço com um sorri bobo surgindo em meu rosto. O Alfa apertou-me com ainda mais força, suas mãos pressionando o fundo de minhas costas de uma forma que juntasse ainda mais nossos corpos. 

─ Obrigado por ter confiado em mim, Ômega. ─ Ele sorriu em minha direção e eu facilmente retribui.

─  Sempre vou confiar, Alfa.. Não esqueça disso!

─  Não irei. ─  Ele juntou nossa bocas em um beijo suave e sem língua inicialmente. 

↜ 

Em algumas horas o sol escondeu-se atrás das montanhas, sumindo lentamente no horizonte e deu lugar á lua e suas estrelas e posso dizer que as noites em nossa Vila são simplesmente incríveis, com o céu cheio de estrelas brilhantes e uma lua linda em qualquer fase! Eu e meu marido passamos aquelas horas apenas trocando carícias e namorando no sofá parando somente quando escutamos a movimentação do Ômega no andar de cima e nos afastamos brevemente. Deixei um último beijo na bochecha de meu marido e subi para o andar de cima encontrando o jovem híbrido na metade do corredor, ele segurava um cobertor em uma mão que arrastava no chão e com a outra ele coçava o olho. Caminho até ele e o pego no colo com facilidade, desejando-o boa noite e o beijando nas bochechas com muito amor e carinho; levei meu filho de volta para o quarto dele e o coloquei no chão, retirando as coisas de suas mãos antes de coloca-las em cima da cama. Conversei um pouco com o garoto e quando ele estava um pouco mais desperto, eu ajudei-o a retirar as roupinhas e o levei até o banheiro para que pudesse tomar um banho. Enchei a banheira com água morna, ajudei ele a entrar e o lavei com paciência e muito cuidado com seus machucados que estavam cicatrizando, Kawaki tem muitas cicatrizes pelo corpo e isso me machuca muito sempre que tenho que banha-lo mas o que me alivia é saber que ele nunca mais vai passar por coisas parecidas outra vez. 

Meu Ômega || sasunaru || ABO - Em andamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora