Na Real -Capítulo 32
Shura pegou os documentos e olhou Milo nos olhos. - Você tem certeza disso?
A pergunta do policial não era referente a se Milo tinha certeza do envolvimento de seu pai no crime, isso caberia a polícia investigar, mas se o amigo tinha certeza, sobre a ação que estava fazendo, e nas consequências daquilo, uma vez que seu pai seria preso se o crime fosse constatado.
- Eu amo meu pai Shura, mas não o admiro como pessoa, como homem e nem como pai, sei que o Klaus pode ser responsável muita coisa ruim e eu realmente não quero compactuar com isso. - Declarou Milo com certo pesar.
O policial sentiu que poderia confiar no amigo, Milo poderia ser comportar como o garoto mimado as vezes, mas era percebido por todos de seu convívio que ele havia amadurecido muito nos últimos tempos.
- Shura alguma notícia do Camus? Qualquer uma? - Pediu essa migalha de informação.
- Ele está vivo, e nós vamos resgata-lo em breve. - Disse Shura mais por piedade em ver o amigo sofrendo.
- Eu quero ir junto. - Declarou.
- O que?
- Quando vocês forem resgatar o Camus eu quero ir junto.
- Milo estamos falando de uma ação Policial, não de uma excursão de férias. - Reclamou Shura.
- Eu ajudo vocês a investigarem o Klaus Kapino e em troca você me leva junto para resgatar o Camus. - Barganhou Milo.
- Eu vou pensar a respeito e te mantenho informado. - Respondeu Shura com os lábios comprimidos.
Milo concordou com a cabeça, contudo jamais desistiria de estar junto quando Camus fosse resgatado.
*-*-*-*
- Vamos Aquário, hoje você não escapa, o Saga vai te leiloar essa noite. - Avisou Verônica entrando no cômodo, que Camus chamava de cela.
O ruivo já estava pronto, vestia um short látex preto com suspensório em seu dorso nu.
Na cabeça uma boina preta, mesmo contra vontade, Camus estava com lápis perto nos olhos, batom vermelho nos lábios, e unhas vermelhas nas mãos, e nos pés uma bota cano longo preta que passava dos seus joelhos. A Mu e Afrodite também foram dadas o mesmo estilo da roupas, com a diferença que o shorts deles serem vermelhos.
Apesar de parecer indiferente a tudo para quem o observasse, com sua melhor máscara blase, por dentro Camus estava apavorado, não sabia o que esperar daquela noite.
Sua mente não deixou de se lembrar quando foi leiloado por Saga pela primeira vez. Também teve medo naquela ocasião, mas confiava em Saga.
Camus riu pelo nariz, "confiava em Saga", como era burro e ingênuo naquela época. Se soubesse tudo que passaria nas mãos de Saga e na vida que o aliciador lhe daria.... Com os olhos lacrimejando concluiu "Que escolha eu tinha?" .
Sua cabeça começou a doer, na nuca, na testa fortes pontadas, intercalando com um forte enjoo.
"Não, uma crise de pânico, agora não" - Pensou já sentindo as mãos tremerem.
- Camus você está bem? - Ouviu a voz de Mu ao fundo, apesar de o rapaz estar próximo.
O ruivo não conseguiu responder, falar tiraria sua concentração para não surtar de vez, por isso preferiu fechar os olhos e tentar controlar sua respiração e seus tremores involuntários nas mãos.
- Vamos rapazes está na hora. - Aldebaran entrou na cela chamando os três e Mu foi até ele.
- Senhor ele não me parece bem. - Avisou apreensivo, apontando para o amigo encostado na parede, que estava mais branco que o normal.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Na Real
FanfictionCamus recebe uma critica do seu agente, "Precisa ser mais ousado". Pensava sobre isso enquanto entrava na sala VIP do aeroporto de Paris, o ruivo viu a sua frente um jovem grego, tão perfeito que parecia esculpido pelos deuses. "Precisa ser mais ous...