Na Real - Capítulo 21
Shura estava em sua mesa, no departamento de polícia grego. Analisava alguns papéis de casos em andamento, algumas sentenças proferidas pelo juiz Radamanthys Wyvern, coincidentemente o juiz que sempre livrava Saga das acusações. Shura estava pesquisando os padrões dos casos que passavam pelas mãos do juiz, quando seu celular vibrou na mesa, Shura pegou o aparelho e viu que era uma chamada privada, mas seu faro de detetive o impedia de rejeitar tais tipos de ligações.
- Alô.
- Shura Gonzalez, se você quiser realmente colocar o Saga Nikolos atrás das grades, você tem meia hora para chegar à casa de Carlo Venturelli. - A voz do outro lado da linha falou e desligou o telefone.
- Alô, quem fala? Quem... - Tentou Shura em vão, já haviam desligado.
Shura tentou ligar para Carlo, mas o italiano não estava atendendo.
- Atende, cabron! Merda! - Praguejou, pegando as chaves do seu carro e saindo apressado. Avisou ao policial da mesa ao lado que iria resolver alguns assuntos pessoais.
- Merda, Carlo, atende, atende! - O policial dizia enquanto se encaminhava para a casa do amado, estava preocupado.
"Se aquele telefonema tiver sido uma ameaça? E se Carlo estiver...?"
Não, Shura não queria nem imaginar.
*-*-*-*
Era fim de expediente. Milo precisava pensar no presente que daria a Isaak, mas o que se dá de presente a uma criança? Aliás, a duas crianças, afinal, Camus havia dito que o aniversário de Hyoga passara há pouco, não podia chegar de mãos abanando.
A secretária entrou em sua sala levando alguns papéis para que Milo assinasse.
- Jade, que presente eu dou para um garoto que está fazendo doze anos?
- Depende, Sr.Kapino. - Respondeu a secretaria.
- Depende do quê?
- Depende do seu grau de amizade com a família e com menino. - Respondeu a moça. - Se for filho de amigos com quem o senhor não tem muito contato, convém um livro, ou um relógio.
- Jade, estamos falando de um garoto! Acha que ele vai curtir livros e relógios?
- Sr. Kapino, - a secretária chamava Milo daquela forma por ordem do Kapino pai, que não queria que seu filho desse intimidade aos funcionários. - conhece o garoto?
- Sim, conheço. Eu sei que ele gostaria de livros, mas eu estava pensando em algo mais interativo, sabe? Ele tem dificuldades de locomoção e a saúde debilitada, eu estava pensando em um dar um celular, pra ele fazer as coisas dele. Acha exagerado?
Ao ouvir sobre os problemas de saúde do garoto, Jade se compadeceu e perguntou. - O senhor tem intimidade com a família do garoto?
Milo sorriu de lado e respondeu. - Sim, eu tenho alguma, frequento a casa.
- Ah, então está ótimo, boa escolha. - A secretária iria acrescentar que se o menino era do ciclo de amizade dos Kapinos um celular não poderia ser considerado um presente "excessivo" e sim algo normal. Não seria de bom-tom dar um presente mais caro que o que os pais do menino pudessem esperar. Mas Jade não expôs essa observação, uma vez que gostava de ser discreta.
Milo havia decidido o presente, compraria na hora do almoço, o aniversário seria no dia seguinte, e Milo já havia deixado para última hora, coisa que não era do seu feitio.
Queria ver Camus naquela noite, mas seu namorado não iria poder ir vê lo, a babá não poderia passar a noite.
Milo sabia que acabaria indo para a casa do namorado de qualquer forma, nem que fosse para ficar assistindo TV no sofá do ruivo com as crianças ao seu lado.
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Na Real
FanfictionCamus recebe uma critica do seu agente, "Precisa ser mais ousado". Pensava sobre isso enquanto entrava na sala VIP do aeroporto de Paris, o ruivo viu a sua frente um jovem grego, tão perfeito que parecia esculpido pelos deuses. "Precisa ser mais ous...