Na Real — Capítulo 15
— Então quer dizer que o Aioros, irmão do nosso amigo Aioria não só conhecia o tal ruivo como também conhecia sua família? Caralho que mundo pequeno. — Comentou Carlo bebendo um gole de vinho.
— Cariño tudo que ele contou aqui bate com o que descobri lá na França, o garoto fugiu com os irmãos quando era apenas um adolescente. — Shura esclareceu.
— Caspita! Mas, por que ele fugiu? Ele tem alguma coisa a ver com a morte do pai, por acaso? — Carlo arriscou.
Shura, que tinha sua mente de policial trabalhando a mil, contou os detalhes do caso. — Não creio que o garoto tenha algo a ver com isso. O pai dele morreu em um atentado, o carro explodiu, uma bomba foi encontrada no veículo. Contudo, o mais curioso é que o caso foi abafado. Veja que o ruivo veio em fuga para a Grécia, tendo pouco mais que catorze anos e ainda carregando duas crianças menores, e ninguém investigou isso.
Shura levantou do sofá, gostava de se movimentar enquanto sua mente trabalhava. — Carlo, não vi esforço nenhum das autoridades francesas para encontrar o paradeiro dessas crianças, é como se quisessem que tudo ficasse escondido. Mas o que me chamou mesmo a atenção foi algo que o Aioros falou hoje.
— O quê? — Quis saber Carlo.
— Ele me revelou que o ruivo do Milo contou a ele que seu pai foi assassinado, e que antes de morrer seu pai havia lhe dado às coordenadas para vir para a Grécia caso algo acontecesse com ele. Carlo, o homem estava sendo ameaçado.
— Ameaçado por quem? Shura, vamos perder o foco que é o Saga.
— Cariño, Crystal du Versau estava trabalhando em algo novo que visava a cura para muitas doenças autoimune, e ele trabalhava para Klaus Kapino! — Shura olhou para o detetive com olhos sombrios.
Carlo levantou e foi até as garrafas de bebidas que o espanhol tinha num pequeno bar, pegou a garrafa de whisky, precisava de algo mais forte que vinho, e se servindo de uma dose, virou o conteúdo de uma vez. — Dio Santo! Shura, você acho que o velho Kapino pode ter alguma coisa com isso?
— Pesquisei sobre a morte do Crystal, mas quando filtrei as informações na internet por "cientista da Kapino morto em acidente", me vieram quatro pessoas diferentes e com o mesmo tipo de morte.
Carlo encheu outro copo e deu para Shura. — Realmente precisamos de uma bebida mais forte. — Carlo bebeu o conteúdo de seu copo, olhou para o seu grande amor e falou. — É, parece que temos outro caso complicado em mãos.
Shura assentiu.
Ficaram em silêncio por alguns instantes, mas Shura que sentiu sua barriga roncar sugeriu. — Cariño, vamos sair para jantar?
Carlo o olhou cheio de saudade, não teria como resistir àquele homem, amava Shura, não queria se envolver com ele novamente, mas não o tinha tirado da cabeça desde a última noite que tiveram juntos.
Por este motivo entrou acelerado em seu apartamento o beijando daquela forma impetuosa, só não contava com a presença de Aioros, mas agora Shura estava ali. Só pra ele.
Shura, percebendo os olhares do italiano sobre si, estreitou o olhar sorrindo malicioso. — Cariño, você chegou aqui me dizendo algo na hora que abri a porta, você quer voltar ao assunto? — O espanhol falou sedutor.
Carlo sorriu safado e se aproximou do outro. — Eu estava querendo dizer que quase morri de saudades, e que não consegui tirar você da minha cabeça nesses dias, maletedo! Ainda amo você!
Shura sorriu e sem precisar ouvir mais nada, beijou seu italiano cabeça dura, amava aquele homem, o tinha feito sofrer no passado, mas se ele estava lhe dando uma nova chance, então a pegaria com unhas e dentes nem que pra isso tivesse que tornar seu relacionamento público.
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Na Real
FanfictionCamus recebe uma critica do seu agente, "Precisa ser mais ousado". Pensava sobre isso enquanto entrava na sala VIP do aeroporto de Paris, o ruivo viu a sua frente um jovem grego, tão perfeito que parecia esculpido pelos deuses. "Precisa ser mais ous...