Capítulo 16 - Gêmeos

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Na Real — Capítulo 16

Camus despertou de madrugada sentindo uma fisgada no lábio superior, sonolento colocou a mão sobre o local se arrependeu de imediato.

— Ai. — Gemeu, lembrando que estava machucado, aliás, seu corpo todo doía, ao tentar se mexer na cama lembrou que não estava sozinho, Milo estava ali, haviam dormido de conchinha abraçados.

Camus se afastou com cuidado para não acordar o outro, virou de frente para Milo e se pôs a observar o loiro dormir.

"É tão bonito" — Pensou enquanto olhava para o loiro, "bonito demais para que se interessasse por um misero michê como eu. "

Camus não acreditava no interesse do loiro nele, não o interesse de um homem jovem, rico, absurdamente bonito, bom de cama e bom de coração como Milo. algo estava errado, o destino não costumava ser tão bom consigo.

O jovem michê sabia que algo não se encaixava, sabia que Milo não era para ele, não poderia se permitir enganar.

"Você está apaixonado por ele? " — A voz de Saga lhe fazendo essa pergunta algumas horas antes ecoava em sua mente.

Com sua cabeça começando a latejar Camus decidiu se levantar, precisava ver seus irmãos e aproveitaria para tomar algum comprimido para dor.

Percebeu que seu corpo todo doeu com o movimento que fez para se levantar, claro que sentiria dor, sua adrenalina havia baixado.

Mesmo mancando Camus saiu do quarto, talvez pelo barulho que inconsciente o ruivo fez ao andar, Milo despertou.

O herdeiro dos Kapino olhou em volta se localizando onde estava e olhou para o lado procurando Camus na cama.

...

O irmão mais velho de Isaak e Hyoga abriu a porta do quarto dos irmãos com cuidado para não os acordar, percebeu triste que Hyoga havia dormido na cama com o irmão, decerto o caçula havia ficado abalado com o que viu.

"Saga não tinha o direito de fazer isso na frente dele" — Pensou o ruivo, ao arrumar a cama do menino e depois com cuidado, e não sem dor, o pegar no colo e o colocar em sua cama, Isaak havia acabado de ter alta, não era bom que ele dormisse de mal jeito em sua primeira noite e casa.

Aqueles dois eram a razão de sua vida, queria poder fazer o possível para protege-los do mundo em que vivia, Camus se demorou observando seus irmãos, quando viu Milo parado a porta sobressaltou.

— Tá tudo bem, Camus? — Sussurrou o loiro preocupado.

Fazendo sinal de silêncio, Camus puxou Milo para fora do quarto dos irmãos fechando a porta atrás de si.

— Tá tudo bem sim, eu acordei e vim ver como eles estavam depois de... depois de tudo. — Explicou o ruivo sem mencionar a "queda" e muito menos a surra de Saga.

Milo percebeu o ruivo mancando, então perguntou preocupado: — Você está bem? Tá sentindo alguma coisa?

— Não, digo só um pouco de dor de cabeça, mas já vou tomar um remédio.

— Me diz onde está que eu pego. — Pediu Milo prestativo.

— No banheiro, mas eu pego, preciso ir lá de qualquer forma. — Explicou Camus que seguiu para o sanitário.

Os remédios ficavam no armário atrás do espelho do banheiro, mas antes de abrir a porta do armário Camus pode ver sua imagem refletida e ter uma visão do estrago que Saga tinha feito em seu rosto e em seu corpo, pois como era muito branco as manchas roxas já estavam em destaque em seus braços e rosto.

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