Capítulo 7 - Minha Tortura Tem Preço?

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Na Real — Capítulo 7

— Como assim "ele não pode me atender esse fim de semana"? Quem esse rameiro pensa que é para recusar meu chamado? — Milo esbravejou enquanto Aioria tentava explicar algo.

— Milo, quer parar de chilique! — Resmungou o amigo. — Ele não pode vir, está com outro cliente.

— O final de semana inteiro?

— Sim, Milo, ele está com o final de semana cheio, saiu em viagem. — Aioria explicou sem saber que Milo se irritava ainda mais por causa do ciúme, que nem ele sabia que sentia, o advogado havia entrado em contato com Saga a pedido de Milo para contratar os serviços do ruivo para aquele final de semana.

Carlo estava quieto atento aos movimentos dos amigos, Milo havia marcado uma reunião com ele, mas antes de começarem a conversar, Milo resolveu jogar sua frustração em cima do amigo. — E você, Carlo, eu te pago para me informar tudo sobre o verme, e como eu não sabia que ele tem contato com Aioros?

— Ei! Não vem não, eu te falei sim que ele tem dois irmãos, e um dos meninos é doente! Em nossa primeira conversa sobre o cara eu disse que ele tinha dois irmãos menores um de onze e outro de nove anos, e que o mais velho era doente! Se você não prestou atenção, é problema seu. — Defendeu-se o detetive.

Milo calou-se pensativo, pouco depois olhou para seu advogado com olhos frios e ordenou. — Aioria, veja o que pode ser feito para tirar essas crianças dele!

— O quê? — Perguntaram Aioria e Carlo juntos tamanha a surpresa com aquela ordem. — Milo, você não está falando sério, está?

— Qual é? Estamos falando de duas crianças, e uma ainda é doente! Elas moram com um cara imoral, que, além de prostituto, é um ator pornô, que tipo de vide ele pode oferecer a essas crianças? A gente tem que pensar no bem-estar delas. — Milo argumentou tentando acreditar em suas palavras, tentando convencer-se que sua preocupação com a segurança daquelas crianças era legítima.

— Milo, não tem como. Você quer a guarda dessas crianças, é isso? — Perguntou Aioria ainda confuso com a ordem de Milo.

— Não, Aioria, claro que eu não tenho pretensões de adotar essas crianças, vamos mandá-las para um abrigo, com certeza os abrigos devem ser melhores do que morar com um vagabundo daqueles. — Respondeu Milo firmemente, com a certeza de sua ordem.

— Mas, Milo... e o menino doente? — Perguntou Aioria incrédulo encarando Milo.

Milo sustentou o olhar do amigo, depois abaixou os olhos e disse. — Não se preocupe vou custear o tratamento desse menino, inclusive pode dizer isso ao Aioros, a partir de agora estou custeando o tratamento do garoto, mas você vai achar uma forma de tirar eles da guarda desse irmão imoral que eles têm.

Aioria suspirou cansado, mas concordou com a cabeça. — Ok, verei o que posso fazer neste caso.

— Aioria! Diga a esse Saga que quero o ruivo aqui assim que ele chegar dessa viagem, diga a ele que eu não vou pagar pelo programa, pois o ruivo me deve isso! — Pediu Milo antes de colocar whisky em seu copo e beber em um único gole.

Aioria não gostava de ser tratado como um secretário, mas ainda assim preferia ele mesmo manter contato com Saga a deixar o cabeça mole do Milo se envolver com aquele tipo de gente.


*-*-*-*-*-*

Camus, Pandora, Mu e Afrodite entraram no luxuoso iate, nem os convidados e nem o aniversariante haviam chegado ainda.

— A festa vai ser toda neste iate? — Questionou Camus estudando o local.

— Não, ao que parece vamos para uma ilha, o iate é para alguns poucos convidados. — Explicou Pandora também estudando o local.

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