Capítulo 23 - La BouillabaisseNa Real - Capítulo 23

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Na Real - Capítulo 23

Camus havia terminado de se arrumar para ir encontrar Milo no restaurante francês, não estava muito animado para ir aquela lugar por dois motivos.

Primeiro, o local era frequentado por muitos dos seus ex-clientes e, em geral, essas pessoas não gostavam de ver Camus em locais como aquele, onde eles levavam as suas famílias.

Segundo, pelo preço, odiava pensar que iria gastar mais de um mês de mensalidade da escola dos irmãos em um jantar.

Sem poder evitar, sua mente o levou para a noite em que foi pela primeira vez àquele restaurante.

...


Um empresário contratou os serviços de Saga para fingir que o ruivo era o seu filho adolescente, pois um investidor que tinha tara por garotos de família estava no restaurante, e o tal empresário queria usar essa isca para fechar seu negócio.

Camus foi vestido como um adolescente, coisa que, de fato era na época: tênis, bermuda e camiseta preta com uma caveira desenhada na estampa.

Saga o orientou a se comportar como um adolescente, e apesar de ele SER um adolescente de dezesseis anos na época, não tinha a menor ideia do que "se comportar como um adolescente" queria dizer!

- Pronto, estamos aqui e, para todos os efeitos, hoje você é meu filho. - Alertou Saga. - A pessoa que te contratou quer fazer uma surpresa para um investidor que tem tara por meninos novinhos como você.

- Por que ele não me levou para um motel direto? - Perguntou Camus, confuso com aquele teatro todo.

- Porque, meu querido, esse investidor tem tara por meninos de família, bem criados, e não por um puto qualquer. - Respondeu Saga, sem se importar em medir as palavras.

Camus apenas baixou os olhos, tentando não absorver a fala rude do seu agente.

- Não que você seja um puto qualquer, mas não questionamos os motivos dos nossos clientes, apenas pegamos o pagamento e executamos, ok? – Explicou o mais velho, percebendo sua grosseria; logo pediu um vinho para ele e um suco de laranja para Camus. Como tinham que fazer de conta que eram pai e filho, Saga pediu a entrada para depois pedir o jantar.

Camus não havia reparado que um homem o encarava desde o momento em que ele pusera os pés no restaurante com Saga, mas o agente, sim, notou, e pouco depois que a entrada foi servida, Saga ordenou. - Acho que está na hora de você ir ao banheiro.

Camus o olhou confuso. – Pra quê?

- Vá ao banheiro agora, logo um homem irá atrás de você, deixe-o fazer o que quiser com você, não tome a iniciativa nem o questione, mas finja que é apenas um menino sem experiência. Você vai ser bem pago por isso. Vá!

Camus se levantou e seguiu para o banheiro, mantendo no rosto seu olhar altivo e a expressão blasé. Odiava não saber o que esperar, mas não podia desagradar o Saga, já havia sentido o peso das mãos do aliciador, sabia que era melhor obedecer sem resistência.

Assim que entrou no banheiro, Camus se dirigiu ao mictório, precisava se aliviar de fato.

Mal tinha começado, ouviu a porta se abrindo e logo depois ouviu o barulho da chave trancando o lugar.

Tentou fingir que não tinha percebido nada de estranho, mas não resistiu à curiosidade em olhar para trás para saber o que o esperava.

Lá estava um homem aparentando uns cinquenta anos, terno bem alinhado cinza, pele branca, olhos castanhos que, cheios de cobiça, miravam o garoto à sua frente.

Camus voltou seu rosto para frente e continuou urinando, ou, ao menos, tentou urinar, procurando ao máximo esconder a tensão que sentia.

Foi quando sentiu o homem se encostando atrás, esfregando o falo enrijecido em sua bunda.

Camus levou um sobressalto devido ao choque de ter alguém se esfregando ao seu corpo daquela forma sem aviso.

O homem colocou o dedo na boca e fez: - Shhhh.

Camus continuou parado, olhando para o reflexo do homem no espelho
à sua frente, Saga havia ordenado que deveria deixar o homem fazer o que quisesse, mas em nenhum momento o mandou tomar a iniciativa, ao contrário, deveria fingir que era inexperiente, um inexperiente que estava sendo abusado por um estranho no banheiro de um restaurante de ricos.

- Venha aqui, menino, eu tenho certeza que você vai gostar. - Então o homem se ajoelhou na frente de Camus, puxando sua bermuda pra baixo, deixando seu membro pra fora. - Olha que delícia, esses pelos pubianos vermelhos como o seus cabelos, perfeito!

Dito isso, o homem colocou o membro de Camus na boca e começou a sugar.

Camus se encostou na parede e deixou o coroa fazer o que quisesse, tentava não pensar em nada, apenas naquele homem adulto e importante ajoelhado à sua frente lhe "pagando um boquete".

Aos dezesseis anos o vigor é invejável, mas não se tem tanto domínio para segurar o orgasmo, e quando sentiu que o clímax se aproximava, Camus tentou avisar. – Para... para, eu vou... Eu vou...

O homem então sorriu e continuou sugando forte, fazendo Camus explodir em sua boca.

O homem engoliu todo o esperma, completamente realizado.

- Você não vai contar nada para o seu pai lá fora, não é? - Perguntou o coroa.

Camus apenas negou com a cabeça.

- Bom garoto.

Camus achou que ficariam somente no boquete, mas aquele homem estava querendo mais, talvez o álcool não o ajudasse a raciocinar direito sobre o perigo de abusar de um menor de idade num lugar público, ou, ao contrário, o álcool lhe desse a coragem de fazer isso.

Sem o menor cuidado, o homem colocou Camus apoiado na pia, o ruivo ainda tentou falar alguma coisa, mas o homem parecia fora de si, como se tivesse se transformado.

Puxou a bermuda do ruivo para baixo, ao ver as nádegas brancas e lisas como porcelana, separou-as para ver o botão rosado. – Garoto, que maravilha é essa que você tem aqui atrás?

- Moço, o que vai fazer? - Perguntou Camus, receoso e preparado para a investida.

- Você vai ver. – O homem disse, manipulando o membro duro ainda por dentro da calça. - Sem grito, sem choro e sem contar para o papai, ok?

Camus concordou com a cabeça, mas estava um pouco assustado, aquilo tudo ainda era muito estranho para ele.

O cliente tirou o falo para fora da calça, cuspiu suas mãos, e começou a massagear.

Camus levou outro susto quando o homem cobriu sua boca com as mãos, e sem aviso forçou a entrada. A dor alucinante veio no mesmo instante, mas o grito foi abafado pelas mãos firmes que tapavam sua boca.

Não demorou para que seus olhos se enchessem de água, pelo espelho do banheiro, mesmo com a visão embaçada pelas lágrimas que já molhavam o seu rosto, Camus p
ôde ver a face diabolicamente pervertida daquele homem refletida no espelho, enquanto o penetrava com fúria.

Aquela tortura não demorou muito, afinal, teoricamente, para aquele homem, Camus era mesmo um garoto que estava acompanhado do pai, que poderia aparecer a qualquer momento em busca do filho.

- Se você contar para o seu pai o que aconteceu aqui, eu mato ele, tenho uma arma no meu carro. - O homem ameaçou ainda investindo contra o corpo de Camus. - Mato ele e toda sua família, então quietinho, garoto.

Camus fechou os olhos e esperou que aquilo acabasse o quanto antes. Foi quando a respiração de seu algoz acelerou e seus movimentos também.

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