CAPÍTULO 06

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UMA SEMANA DEPOIS

DAMIEN BROCK

Já passavam das quatro horas e eu ainda estava no escritório, eu deveria ter saido uma hora atrás mas eu ainda estava aqui de frente a um pilha enorme de papeis. Quem diria que poderia aparecer tantos problemas minutos antes da hora de eu ir embora. Larguei a caneta passando a mão entre meus fios de cabelo e suspirei.

Ouvi batidas na porta e Lily a secretária reserva aparecer logo depois de abrir a mesma.

- Damien?

- Sim?

- O Sr. James Black está aqui, posso deixá-lo entrar? - Ela pergunta e eu encaro ela inacreditado.

- Tá de brincadeira né?

- Não.

- Pode deixa ele entrar.

- Sim, senhor - Ela diz saindo antes mesmo de eu repreender ela por me chamar de senhor, afinal eu era jovem.

Na verdade, eu e ela tínhamos a mesma idade e eu não entendia o fato dela me chamar assim mesmo tempo posições quase iguais na empresa.Vi a porta se abrir novamente e por lá passar James, oque esse homem queria agora? Me levantei, indo em sua direção com um sorriso no rosto.

- Senhor Black, é um prazer revê-lo - Falo apertando sua mão e ele não retribui, ao contrário, ele eleva minha mão e se inclina um pouco em minha direção beijando a mesma. Paralisei com aquela ação, seus lábios sobre minha mão e seus olhos em mim.

Estava me perguntando merda era aquela. Ele parecia a merda de um príncipe cumprimentando uma dama.

Puxo minha mão voltando a deixa ao lado de meu corpo, querendo matá-lo quando ele arrumou a postura com um sorriso convencido no canto do lábios.

"Por que ele está sorrindo desse jeito?"

Me perguntei respirando fundo esquecendo desse pequeno momento.

- Bem...o que lhe trouxe-se aqui, Sr.Black?

- Quero conversar mais sobre a construção, talvez fazer algumas mudanças - Ele diz e eu franzi o cento.

- Desculpe, Sr.Black mas-

- James - Ele diz me interrompendo.

- Não compreendi.

- Não me chame de Sr.Black, me chame de James - Ele diz como se fosse uma ordem. Me perguntei se erra pra eu realmente obedecê-lo e discordei imediatamente com essa possibilidade.

- Desculpe, mas prefiro chama-lo pelo sobrenome - Falo com cordialidade - E sobre a questão do senhor querer fazer alterações na construção, creio que não seja possível.

- E por que não seria possível?

- Conferimos o local, o modelo, fizemos todas as mudanças que o senhor nós pediu. E depois de dois meses, o senhor aprovou o projeto, deixamos claro que a partir do momento que o senhor concorda e assina os papéis não tem volta.

- Mas eu não assinei papel nenhum - Ele diz convicto.

- Desculpe, mas assinou sim.

- Não, eu não assinei.

- Eu mandei os papéis para a sua secretária, e ela mandou de volta todos assinados - Falo me dirigindo a prateleira que ficava ao lado da porta pegando uma pasta que tinha o sobrenome Black, retirando os papéis de lá e mostrando a assinatura para ele.

- Tanto faz, eu quero mudança - Ele diz devolvendo os papéis que pegou de minha mão.

- Não será possível.

- Então não quero mais que construam o prédio pra mim.

- Sabe que há uma multa por isso né?

- Eu pago.

- Como desejar.

- Só não sei se o seu chefe, meu amigo, irá gostar disso.

- O Sr.Gregory sabe das regras, a empresa é dele.

- Mas ele me mandou uma mensagem dizendo que eu poderia fazer mudança se assim desejasse.

- Creio que isso se estabelecia antes da apresentação.

- Ah! A apresentação... você estava muito lindo nela.

Minha mente sofre um pequeno pane para assimilar oque ele falava. Não estávamos discutindo sobre o projeto a alguns segundos?

- Sr.Black, creio que-

- Creio que eu deva lhe convidar para jantar - Ele diz me interrompendo e se aproximando de mim, e eu obviamente me afastando - Sabe... relembrar os velhos tempos.

- Não tivemos "velhos tempos" , e desculpe mas irei negar seu convite. Tenho muito trabalho a fazer, e depois tenho que ir para casa.

- Você pode contratar uma babá.

- Desculpe, mas minhas noites são para o meu filho, não as troco por um jantar.

- Será só um jantar, mas se quiser algo a mais, estou de acordo. - Ele diz me direcionado um olhar maliciosa.

Que porra ele está pensando? Definitivamente NÃO!

- Desculpe, mas o senhor está confundindo as coisas. Se não mudar a sua conduta creio que terei que informar ao meu chefe e passar o comando da sua construção para outra pessoa. — Falo com seriedade e espero ele responder algo, mas nada é dito por cerca de um minuto, até ele se pronunciar.

- Então já que você não pode sair comigo...eu posso jantar na sua casa.

- O que?

RELAÇÃO INESPERADA - A FAMILIA BLACK - LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora