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As ruas de Seul, que antes eram plenas e incrívelmente lindas e arrumadas se encontravam em puro caos. A visão da cidade era uma densa fumaça preta e o cheiro se misturava entre pólvora e fogo, asfaltos dilacerados no chão, e enormes crateras nas ruas.

"Uau, isso aqui está o verdadeiro show de horrores" pensa ligeiramente o capitão.
Seungcheol tira os olhos da janela do comboio e presta a atenção em Hansol do seu lado incrívelmente impecável e imóvel.

Seria ele uma espécie de robô? Não o tinha visto piscar e ficou imaginando como ele conseguia ser assim...

Hansol percebeu olhar de seu capitão em si, e decidiu perguntar se havia alguma coisa errada com ele.

–Tem alguma coisa errada, Capitão?

Ainda com o rosto abaixado Hansol pergunta, levantando a cabeça e olhando para Seungcheol.

'Medonho' pensou Seungcheol.

– Não, nada de errado.

– Chegamos! Gritou o motorista lá na cabine.

Seungcheol pegou suas coisas e desceu esperando o resto de sua equipe descer.

A pós todos estarem em formação, deu a ordem para 'descansar' e assim foram analisar cada perímetro do lugar onde passariam a morar por um tempo.

– Choi Seungcheol?

O capitão vira e da um sorrisinho de lado reconhecendo a voz de um velho amigo.

– Tenente Woozi? Uau, Não cresceu nada desde a última vez que eu te vi.

Apesar do tamanho, ele tinha um corpo incrívelmente invejável

– Já te avisei Sr.Capitãozinho, tamanho não é documento.

Seungcheol ri e aperta a mão do amigo e dá o famoso abraço com o tapinha nas costas. Lee Jihoon, mais conhecido pelo seu codinome e consequentemente seu apelido: Woozi, entrou no exército no mesmo tempo que Seungcheol, os dois passaram um tempo juntos e depois de algum tempo tiveram que se separar.

– Estou ansioso para trabalhar junto com você de novo. –Dizia Woozi animado–

– Foi bom te rever, agora preciso ir.

Antes mesmo de Seungcheol responder Woozi saiu em retirada.

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Jeonghan

Aquela manhã estava mais animada que o normal, Hoshi ainda não havia aparecido, o que era muito estranho... O garoto sempre era uns dos primeiro a acordar e fazer o fuzuê dele.

Jeonghan começou os preparativos para um grande café da manhã no orfanato, hoje era dia da revisão médica nas crianças do lugar, eram poucas, pois felizmente, a maioria conseguiram família. As que ficaram, era o seu trabalho e o de todos adultos ali, dar todo amor e cuidados necessários.

As crianças amavam o dia da revisão, mas não por causa do procedimento e sim por conta da enfermeira. Rosé era o nome que todos a chamavam ali.

Rosé cuidava da enfermagem na base do exército que ficava ao lado do orfanato, e como era de praxe, ela vinha de 3 em 3 meses avaliar as crianças para verem se estavam saudáveis. Ela sempre trazia doces e até mesmo brinquedos para as crianças.

Jeonghan ouviu um grito e saiu de seus desvaneios e foi ver o que havia acontecido, encontrou Hoshi todo eufórico.

– O que aconteceu? –Fala Jeonghan preocupado com o amigo–

– Aconteceu o que mais você temia. –Exclama Hoshi num forma afobada–

– O que? Enxame Baratas Voadoras?
Jeonghan continuava sem entender toda aquela conversa.

– Desembucha Hoshi!
Hoshi se enrola todo e abre um sorriso de ponta a ponta

– Não são velhos usando fralda! São incrivelmente gostosos, você tinha que ver!

Antes de Hoshi prolongar o assunto, Jeonghan da um tapa na cabeça do amigo e finalmente entende toda aquela situação. Os novos Soldados da base.

– Seu abobado! Quase me mata de susto!

– Hannie! Hoshi! –Exclama Rosé –

Rosé entra no local com sua mala e maleta de equipamentos, ela corre e se joga no colo dos amigos.

– ya! Eu senti tanta falta de vocês..., apesar de estarmos perto, as coisas dentro da base estão quase impossíveis!

Jeonghan entendia, estavam em guerra, o tanto de coisa que Rosé já deve ter visto...ficava com dó da amiga, era uma ômega incrívelmente forte.

– Preparei o café da manhã, vamos comer, porque o dia vai ser longo.

Rosé e Hoshi foram indo para a cozinha sentar na mesa e Jeonghan foi chamar as crianças que ao total eram 5.

Ian e Yuno eram os mais velhos da casa com 12 anos cada, Jisung era o do meio com 7 anos, Minji e Minjae eram os gêmeos mais novos com 4 anos.

Minji era a única menina entre aquele monte de homem, ela e seu irmão eram betas, Jisung apesar de ser incrívelmente frágil e tímido era um alfa, Ian e Yuno eram alfas também.

– Bom dia Hannie! –Todos falaram em uníssono, se curvaram em respeito e foram direto pra mesa da cozinha ver Rosé.

Jeonghan riu, e foi para a mesa tomar o seu tão café da manhã.

– Rosé, ficou sabendo dos novos soldados na base? –Pergunta Hoshi, querendo tirar informações da mesma–

– Fiquei sabendo! São uns dos melhores soldados da Coréia. –Fala Rosé recitando o que suas amigas enfermeiras tinham dito a ela–

Hoshi a cada vez ficava mais feliz com a ideia de encontrar o seu alfa no meio daqueles soldados.

– E aliás, meu irmão também chegou na base esses dias.
Fala Rosé relembrando do fato

–Irmão????
Todos na mesa tiveram a mesma reação, como assim Rosé tinha um irmão? E por incrível que pareça em todos esses anos é a primeira vez que ela fala de sua família.

– Sim, Lee Jihoon... quando eu tiver oportunidade, apresento ele pra vocês! E por que toda essa surpresa? Nunca disse?

– Nunquinha Sra.Rosé! –Exclama Jeonghan, surpreso.–

Rosé da risada e começa a dar mais detalhes de sua família, e pelo visto, sua família era muito boa.

Depois de toda conversa e estarem de barriga cheia, Rosé e Hoshi levaram as crianças para fazer a avaliação, e ficaram por lá. Jeonghan foi terminar os afazeres da casa e resolveu ir estender as roupas que havia lavado.

A guerra  • Jeongcheol+ ABO •Onde histórias criam vida. Descubra agora