(Pov Melina)
Eu e Tom conversamos muito sobre diversas coisas. Fazia muito tempo que eu não fazia algo normal como simplesmente conversar com alguém.
As pessoas nunca me tratavam bem e eu já tinha me acostumado com isso, tanto que foi estranho receber atenção de um garoto. Ele não achava que eu tinha algum tipo de DST e nem fazia piadas sexistas comigo. Tom realmente se importava com todas as coisas que eu falava e todos os meus interesses. Eu já nem lembrava a última vez que alguém da minha idade conversou tanto comigo e ligou para as coisas que eu estava dizendo.
De qualquer jeito, eu não iria me acostumar com a presença dele na minha vida. É difícil alguém ficar, sempre acabo estragando tudo e afastando todos ao meu redor. Não sei manter relações e muito menos fazer elas durarem, sou péssima em demonstrar sentimentos e ainda por cima sou orgulhosa e cabeça dura.
Perto do horário da aula acabar, nós começamos a andar até minha casa. Meu pai estava trabalhando, então deixei Tom me acompanhar. Ele morava perto de mim e eu não sabia disso.
— Me dá o seu número? — O garoto pediu quando chegamos na minha calçada.
— Ah, eu não tenho celular.
— Sério?
— Meu pai quebrou numa discussão e...
— Já sei, é uma longa história. — Ele dá um risinho. — Bom então vamos ter que nos falar só na escola.
— Isso.
Tom me abraça e aquele gesto me surpreende. Eu não me sentia confortável com toques físicos, mas aquela atitude dele não fez eu me sentir mal. Seu abraço foi extremamente reconfortante, como se eu realmente precisasse daquilo. Ele deve ter percebido, pois me apertou mais em seus braços e eu expirei o ar, me sentindo mais relaxada.
Quando desfizemos o abraço, Tom me encarou por alguns segundos como se estivesse pensando exatamente no que me dizer. Eu também não sabia o que falar, então ficamos olhando para o rosto um do outro até começarmos a rir.
Ver o quão bonito ele conseguia ser dando um simples sorriso me deixava intrigada. Tom era muito atraente em todos os quesitos, era impossível de não notar a beleza diferente dele.
— Te vejo amanhã? — Ele pergunta ainda sorrindo.
— Te vejo amanhã.
Entrei em casa e pela primeira vez, me sentia leve e minimamente feliz. Subi até o meu quarto e vi minha irmã dormir na nossa cama, o que era estranho pois era muito cedo.
— Que sorriso é esse na cara? — Minha mãe aparece.
— Só estava me lembrando de algo. — Respondi, voltando a minha realidade infeliz. — Você colocou a Hanna para dormir?
— Ela disse que tava com dor, dei remédio e ela dormiu.
— Dor?
— É, algo assim. — A mulher foi saindo. — Se virem no que comer, não volto cedo.
— E seu marido?
— O seu pai, Melina. — Ela virou para mim novamente. — Ele vai trabalhar até mais tarde.
— E para onde você vai?
— Não é da sua conta.
Minha mãe desce as escadas e sai de casa sem me dar nenhuma explicação. Aproveito que minha irmã ainda estava dormindo e faço alguns trabalhos atrasados da escola, pois precisava entregar até o final da semana se não quisesse levar milhares de broncas.
Tive dificuldade em grande parte das atividades, pois eu sempre levava uma patada quando tentava tirar as minhas dúvidas em sala de aula. Mesmo assim, consegui terminar todos os meus deveres com um pouco a mais de esforço.
Decidi pedir o jantar em casa, já que eu e Hanna estávamos sozinhas. A minha sorte era a grana que eu pegava do meu pai escondido, pois minha mãe sempre sai sem se preocupar se nós duas vamos ter o que comer.
Fui até o telefone fixo de casa e pedi comida de verdade, Hanna precisava disso. Quando o jantar chegou eu comi e guardei a comida da minha irmã, para quando ela acordasse.
As horas foram passando e eu comecei a me preocupar, pois ela já deveria ter acordado. Fui até o quarto novamente e vi que a garotinha dormia feito um anjo.
— Hanna? — Cutuquei ela de leve. — Está na hora de acordar, assim não vai conseguir dormir depois.
Ela não acordou, o que me preocupou mais ainda pois minha irmã tinha o sono leve. Toquei em sua testa e ela estava ardendo em febre e tremendo de frio. Aquilo me desesperou pois eu estava sozinha e o hospital ficava muito longe de casa.
Balancei Hanna mais algumas vezes e ela não acordava de jeito nenhum, eu precisaria de ajuda. Olhei pela janela e já era noite, uma noite muito chuvosa. Depois de pensar rápido, peguei minha irmã no colo e coloquei um cobertor em volta de seu corpo. Desci as escadas e peguei um guarda chuva, correndo pelas ruas com Hanna em meus braços.
As únicas pessoas que poderiam me ajudar eram Bill e Tom, então corri até a casa deles feito uma maluca. Eu estava encharcada, fazia de tudo para cobrir minha irmã do frio e da chuva até chegar a casa dos meninos.
Bati na porta e toquei a campainha desesperadamente, sei que estava sendo inconveniente, mas era necessário.
— Oi. — Alguém abre a porta. — Melina?
— Bill... me ajuda por favor!
Ele me olha assustado e vê a situação de Hanna em meu colo, me puxando para dentro.— Vem, entra. — O garoto fecha a porta.
— Quem é? — Tom aparece. — O que aconteceu?
— Ela tá queimando em febre e não acorda de jeito nenhum! — Eu dizia chorando.
Tom me entregou uma toalha e colocou Hanna deitada no sofá enquanto chamava pelos seus pais. Os dois já estavam dormindo, mas não hesitaram nem um pouco em me ajudar.Já no carro, Bill segurava Hanna e eu ainda estava muito nervosa enquanto dirigiam até o hospital.
— E cadê os seus pais, Melina? — Simone, a mãe dos meninos virou para trás do banco carona.
— Mãe, agora não. — Tom respondeu. — Vai ficar tudo bem, tá? — Ele segurou a minha mão. — Já estamos chegando no médico.
Tentei me tranquilizar e os garotos faziam de tudo para fazer eu me sentir minimamente melhor. A mãe deles também conversava comigo tentando me acalmar, dizendo que Bill já ficou doente dessa forma e que tudo ocorreu bem no final.
Chegamos no hospital e rapidamente atenderam minha irmã, com total urgência. Expliquei para o médico que minha mãe havia dado algum tipo de medicamento que eu não sabia o que era e que ela dormia há muito tempo. Simone ficou responsável por Hanna, já que eu não podia entrar no consultório por ser menor de idade então, eu fiquei aguardando junto com os rapazes na sala de espera do hospital.
— Desculpa por atrapalhar vocês, eu realmente não sabia o que fazer. — Me justifico.
— Eu disse que se acontecesse algo você poderia nos procurar, não disse? — Tom diz olhando para mim.
— Estamos aqui. — Bill concorda.
— Obrigada, meninos. — Agradeço. — De verdade.
*noronha da autora*
oi besties, ainda não revisei ent perdoem os erros aí.
amo você!!
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Intoxicação - Tom Kaulitz
Fiksi PenggemarO proibido que fez com que eu despertasse desejos escondidos Meu vagabundo fez a sua dama sentir o amor mais intenso mais profundo e mais insano maktub Shortfic | +18 | Tom Kaulitz