" dois estranhos"

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Valentina TommasoEu olho para o celular e nesse momento eu ia ter que cancelar minha comemoração, não acreditei que ia receber visita e do nada

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Valentina TommasoEu olho para o celular e nesse momento eu ia ter que cancelar minha comemoração, não acreditei que ia receber visita e do nada.―Me desculpe, mas é estranho demais eles aparecerem assim.Ele falava o tempo todo sobre a família dele. E eu fiquei pensando em tudo o que aconteceu, eu fiquei pensando, se eu diria a ele o que ela disse ou não, se eu contaria a verdade para ele. Que ela acabou de querer me comprar, me mandar embora. Talvez isso tenha acontecido com ela no passado. Eu não sei, a minha cabeça estava dando um nó e eu olhei para ele desesperado, porque a família chegou logo agora. ―Então, Valentina, como nós vamos fazer o que eu vou dizer? Onde eu vou colocar a minha família? ―Calma Enzo, nós vamos dar um jeito. A gente resolve tudo isso. Tem tantas coisas piores para a gente resolver.― O que você tem em mente é que nós não podemos brigar e temos que manter a calma, porque senão, como nós vamos passar por eles?―Calma, vai dar tudo certo.A horas depois, a família dele já estava toda animada, olhando toda a casa, a mãe dele caminhou por toda a sala, olhou, o aparador reparou e balançou a cabeça e negatividade. Como ali não tinha nenhuma porta retrato nosso, eu olhei para ele, que balançou a cabeça. Nenhuma foto do nosso casamento, nada na casa parecia ser de um solteiro realmente, mas andou e olha novamente para a avó toda animada, olhou na enorme sacada. Ela disse:― é muito alto daqui. Como vocês conseguem morar nessas alturas? Eu tenho medo.― Vó, já me acostumei aqui, tem que ser tudo assim para ter espaço. Mas vem avó, vou levá-la ao seu quarto. Assim a Senhora pode ficar à vontade. Olhando para ele eu me pergunto. É isso X da questão que quarto? Eu ia ter que ceder o meu quarto essa era a verdade. Eu acabei cedendo meu quarto para elas e fico no outro quarto dele e ia ter que dividir a cama com ele. Essa era a verdade. Ele olhou para mim, deu um sorriso e se aproximou e me beijou o rosto. Eu preparei um jantar, não sabia fazer muita coisa, então a avó dele já veio me ajudar, fizemos uma boa massa com vinho e saladas e elas conversavam, falavam, riam e eu tentei ser amável, o máximo que eu podia, mas não deixei de soltar algumas alfinetadas ao Enzo. Essa era a verdade. Eu estava magoada com ele.― Logo terei meus bisnetos, eu tenho certeza disso, porque vocês dois parecem estar muito felizes.― Mas para ter bisneto nós temos que praticar bastante, não é, Vovó? E está difícil. Olhei para ele, ele balançou a cabeça e eu tento consertar. ― Porque trabalhamos muito, na verdade.Eu não tentei consertar. Ele não gostou muito e eu tomei mais algumas taças de vinho porque eu estava irritada depois de tudo aquilo que aconteceu comigo, eu ainda tinha que aturar a família dele. Era difícil, a avó dele é um amor de pessoa, mas a mãe é uma víbora. Ela ficou olhando para mim e novamente ela se levantou e ficou olhando pela sacada. O pai dele não veio, somente a mãe e avó. Elas ficaram nos observando. Essa era verdade e ele abraçou-me segurando a minha cintura e beijou o meu rosto. Eu dei um sorriso bem sem graça e afastei o meu corpo e fui à cozinha. Ele não gostou disso e ele olhou novamente e eu dei uma desculpa, eu vou até o quarto preparar as roupas de cama e já volto.Ele caminhou até a mim para me ajudar e disse:― Não podemos brigar, não podemos ficar soltando farpas. Valentina, nós temos que nos manter unidos porque nós precisamos passar por isso juntos. Você se esqueceu? Eu apenas balancei a cabeça concordando. ― Então, sem brigas, por favor, e vamos fazer o melhor possível para elas, ir embora logo e assim a gente se livra, vai ficar bom para você e bom pra mim, mas não vamos brigar, o que você acha?― Por mim tudo bem, eu vou deixar todas as nossas diferenças de lado. E depois, falamos sobre elas. ―Eu não sabia que a gente estava com tanta indiferença assim. O que está acontecendo com você está distante.― Não quer falar do assunto agora. Eu não posso, Enzo, mas quem sabe depois vai lá fazer companhia para elas.Voltei à sala e o abracei beijando o pescoço dele e ela sorriu. Elas estavam cansadas da viagem, não falaram o que vieram fazer na cidade, mas também não questionei, não fiz perguntas. Eu simplesmente peguei o que eu tinha para pegar no meu quarto e voltei para o quarto dele.Eu as ajudei e vi que nós dois fizemos tudo errado. E ela já percebeu logo que tem algo errado e me questiona.―Valentina, porque as suas coisas estão aqui nesse quarto, não deveria estar com no quarto do Enzo?A avó dele, me perguntou olhando para a mãe dele. E eu balancei a cabeça e ele deu um sorriso.― Já viu quanta coisa essa mulher tem vó? Tem um pouco aqui e fora do meu quarto. Ela ocupa os dois. Daqui a pouco ela vai querer ocupar a casa inteira. ― Os filhos que vão ocupar tudo. Você vai ver, vão ficar correndo, aqui vai ser pequeno, você vai ter que comprar uma casa bem grande, Enzo. Porque esse apartamento vai ser pequeno para as crianças. ―Eu já disse isso para o Enzo, pode deixar que nós vamos providenciar uma casa, não Enzo? ―Sim, meu amor, vamos providenciar. Então boa noite para vocês. Se precisarem, é só bater na porta. Eu entrei no quarto, ele respirou fundo e deu um sorriso e acabou me abraçando. Quando eu vi, nós dois estávamos abraçados no meio do quarto, eu não estava aguentando, eu precisava de um aconchego. Naquela noite eu estava cansada, exausta e muito chateada, querendo gritar e chorar de raiva de mim mesma. Por entrar nessas enrascadas. Agora, o que eu vou fazer? O que eu vou dizer para ele? Eu não tenho nem o que dizer.Eu simplesmente me aconcheguei na cama, enrolei no lençol, eu estava cansada, muito cansada e muito chateada, e quando eu vi Enzo, estava em cima de mim. Pela manhã sinto ele me abraçar e ainda se aconchegou em meu corpo, eu levei um susto pela quando eu o senti totalmente no meu corpo e pior que eu gostei dessa sensação.

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