Tentar esquecer

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O sol incomodava meus olhos, mas o que me mantinha quente era ela e sua boca atrevida que não saia de mim, sempre brincando com minha pele, não importava o momento, Sn provocava como se a vida dependesse daquilo e esse era um  grande problema, não tinha paz alguma porém adorava a sensação de estar  vulnerável.
-Devia te dar uns tapas nesse bumbum, você não cansa de me chupar? -Reclamei puxando-a para meu peito onde deitou a cabeça, mordiscando o lábio e sorrindo sem vergonha para mim.
-Adoro seu sabor. -Respondeu puxando minha mão para seu seio, me fazendo brincar com a joia que havia ali.
-Ainda vai me deixar fraco. -Insisti e ela riu, olhando-me. -Você disse que só queria tomar café da manhã comigo e já me deixou cansado, suado e jogado na cama. -Mimei, mas Sn montou em meu colo sem aviso, me fazendo sentir um frio na barriga tão grande, que quase congelei. Eu sabia que sua língua afiada estava de volta, sentia isso.
-Preferi começar tirando leite.

Meus sonhos agora cercavam as poucas coisas que sabia sobre Sn. Sua tatuagens, embora fossem apenas borrões quando surgiam e seus piercings, esses eram diferentes, mas eu sentia que havia algo ali.

Não consegui ver, exatamente o que havia em seu corpo, tão pouco suas curvas e lembrar de tudo me deixa confuso, o que foi realidade e o que foi sonho?

Nesse ponto os pensamentos se misturavam, afinal ela era minha musa inspiradora nos sonhos e na vida, sendo nos sonhos a coisa mais gostosa e ousada que já tive oportunidade de conhecer, porém na vida ela não era tão diferente daquilo, o que aconteceu em minha cama aquela noite, foi algo digno de medalha e Sn conseguiu me deixar ainda mais idiota e caído por ela.

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Acordei com a luz da janela invadindo o quarto e sorri passando o braço pela cama, procurando suas curvas, mas só o cheiro gostoso de pêssego me tomou e por segundos me enchi de perguntas.
-Será que está na sala? Gostou de nossa noite? Vestiu minha camisa?

A última pergunta foi a primeira respondida. Minha camisa estava jogada no chão, perto da janela e meu moletom do lado oposto do quarto, mas não havia nada dela por ali, então preferi acreditar que ela havia colocado o vestido. Meu corpo inteiro doía e meus sentidos estavam aguçados, já fazia muito tempo desde que havia dormido ou sequer estado com alguém, então sim, ela foi a primeira em muito, muito tempo. Vesti a calça e sai pela casa tentando arrumar os cabelos, abrir direito os olhos e encontrá-la ao mesmo tempo, mas todos os cômodos estavam vazios, a varanda estava limpa e só havia seu cheiro em mim, assim como lembranças perigosas demais para serem compartilhadas até com o vento.

Sentei no sofá e lembrei de Sn, por cima de mim em um determinado momento e lá, naquele segundo, parecia que o mundo iria explodir envolta de nós e ainda assim estaria tudo bem, com aquela moça extremamente linda, quente e gostosa me tomando daquele jeito. Meu corpo inteiro reagiu aquela lembrança e me peguei sorrindo, lembrando seus beijos, toques, sussurros e gemidos para mim. Sn era desafio e delicia, tudo no mesmo potinho. E essa mesma maravilha havia ido embora sem nem me avisar.

Foi algo que fiz?

Encontrei meu celular na bancada da cozinha, com quase um milhão de notificações, sequer lembro que horas toquei nele no dia anterior, minha pequena me fez, literalmente esquecer tudo fora dessa casa e além dela, ali comigo, eu só fantasiava sobre minha cama e em sua pele de pêssego que, ao invés de estar na varanda conversando com a minha, deveria estar em um local mais privado, para continuar uma conversa um pouco melhor, mais próxima.

Lembrar das situações me deixou em apuros. Queria mais dela e se estivesse aqui, se houvesse ficado, talvez tudo estaria se repetindo, de forma até mais clara que a noite anterior. Como pude ser o idiota que dorme demais depois de uma noite daquelas? Como fui ser o besta que perde uma mulher dentro da própria casa?

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