Degustação de Vinhos

1.7K 77 28
                                    




Sn me deixou querendo mais o dia inteiro, depois de acordar com ela nos meus braços, liguei desesperado para o colega, dono da cafeteria onde fomos alguns dias atrás e pedi que ele providenciasse um café da manhã, e mesmo não abrindo a loja nesse horário, quando cheguei com Sn, uma mesa estava posta com café, pães, fatias de bolo, suco e ovos mexidos, um café típico americano, para uma Brasileira que não come Kimchi de manhã.

Me despedi dela com um abraço que precisei roubar, Sn ficou repetindo que precisava de um banho e eu concordei que eu também precisava, pois nosso dia juntos passou longe desse afastamento e tenho a impressão de que nenhum de nós queria abrir mão do momento juntos e enquanto Eun chun me levava de carro para casa, peguei meus pensamentos voltando para ela, seu cheiro, seu riso e suas cicatrizes. Queria dormir mais vezes com Sn agarrada em mim, mesmo que eu não tenha relaxado quase nada durante  a noite, foi um prazer catastrófico ficar colado nela e as possibilidades começaram rodear minha mente, tudo o que poderia ter acontecido naquele sofá, com meus equipamentos por testemunha e essa foi a primeira noite que não sonhei com minha pequena, mas também seria uma sacanagem, agarrada em mim e ainda sensualizando durante meu sono, era tentação demais e se acontecesse, juro que iria acordar gemendo o nome dela, como acontece em casa.

Imagine a vergonha, como eu iria explicar? Ainda bem que não aconteceu!


Eu estava um trapo, peguei uma embalagem que estava na recepção do meu prédio e subi, desejando chegar logo em casa e quando o fiz, entrei tirando as roupas e jogando no canto do banheiro, sentindo a água quente relaxar meus músculos nos segundos seguintes.

Na minha cabeça só dava Sn e imaginei que ela estaria tomando banho também, no mesmo momento que eu, "deveria estar comigo nesse chuveiro" pensei rindo de minha mente que estava mais poluída que o normal e a resposta do meu corpo foi imediata, simplesmente excitado por nada, ela me acordava, me animava e só a respiração dela, mais próxima de meu ouvido já era capaz de desestabilizar todas as minhas moléculas e nem preciso dizer que quase enlouqueci com ela, grudada em mim a noite toda, foi quase impossível dormir com aqueles lábios lindos que estavam me implorando para serem beijados e acariciados pelos meus.

Bom comportamento foi meu nome do meio, não vou negar que tive chances e vontade de roubar um beijo da menor, mas aguentei firme para não perder o pouco que tinha dela. Sn tinha um espírito livre e isso era uma situação muito boa e um problema também. Ficamos perto demais o tempo todo e uma coisa impossível de acontecer era evitar os toques que ocorreriam segundo após segundo. Mãos em coxas, mãos em braços, apertos, abraços, cinturas sendo puxadas e enquanto tomava meu banho, me dei conta de que minhas mãos haviam estado nela, em suas curvas e pele, mesmo sem termos segundas intenções, pelo menos nesses momentos.

Minha cabeça iria explodir em ideias e meu corpo explodiria junto, caindo aos pedaços em desejo, por isso terminei meu banho e fiquei, mais alguns minutos debaixo da água quente, apreciando minha presença e me amando do jeito que mais gosto de fazer. Imaginar coisas era gatilho demais, e ainda ter a imagem dela mais clara em minha cabeça, me fazia quase me enrolar na toalha e ir para a porta dela , no hotel, resolver esse problema juntos, mas me contive, terminei o que havia começado e fui para a cama, perdido de sono e cansaço mas extremamente feliz e satisfeito.

Por hora, pelo menos. 

_____

-Pega essa esponja pra mim.

Pediu Sn, ensaboada debaixo do chuveiro jogando shampoo na mão.
-Você 'tá dentro do box e quer que eu entre pra pegar essa esponja? -Reclamei óbvio, tentando negar os caprichos dela.
-Joona, você não quer fazer um favor pra sua Sn? -Brincou caminhando até encostar no vidro, espalmando o corpo contra a superfície transparente e quase me levando ao colapso por vê-la, ali daquele jeito, despida, molhada e sensual como o inferno diante de meus olhos.
-Só quer brincar comigo. -Resmunguei abrindo a porta de vidro e abaixando para pegar a esponja rosa, ensaboada e caída no chão.

Melhores AmigosOnde histórias criam vida. Descubra agora