39| O que vem com a verdade - Parte 2

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"Olá, meus amores! Como vão? Esse capítulo está com uma das maiores revelações da história (por isso a nota logo no início), por isso um novo personagem aparecerá. Na verdade, é um personagem que já vem se fazendo bem presente e tendo muito influência e acredito que vocês já desconfiem, mas a partir daqui ele estará bem mais presente e muitas coisas serão explicadas. Enfim, ao final do capítulo me contem o que acharam e se já suspeitavam do que será revelado. Tenham uma boa leitura!"


DUAS HORAS haviam se passado depois que saíram do hospital e quando Max parou em frente a seu prédio para lhe dar carona até a agência, Melina sentiu vontade de voltar correndo para seu apartamento e se esconder embaixo das cobertas. Pisar na agência era a última coisa que ela desejava naquele dia, mas sabia que teria que enfrentar. Seu chefe aguardava por respostas e até já havia mandado mensagem, dizendo já estar ciente do que acontecera.

Passou o caminho todo formulando argumentos e como daria a notícia, pensou até mesmo em como estariam os outros agentes e como os encararia. Mas nenhum cenário que imaginou chegou perto do que ela realmente via diante de si. Assim que atravessou a porta de vidro de seu andar, e encarou o amplo salão à sua frente, se deparou com todos os agentes que ali trabalhavam de pé, a encarando, conseguiu até mesmo enxergar a expectativa nos olhos de alguns e angústia nos olhos de outros. Nunca havia imaginado que aquela divisão pudesse ser tão abalada daquela forma.

Quem tomou a frente e caminhou rapidamente em sua direção foi Dante, que apesar dos quase dois metros parecia menor diante dos ombros encolhidos.

— Então... como ele está?

Melina abria a boca para lhes explicar tudo o que havia acontecido quando Alex surgiu no alto do mezanino, a chamando.

— Singh. Na minha sala.

Ela não esperou mais do que alguns segundos para seguir a ordem do chefe e passar pelo meio dos outros agentes, de cabeça baixa. Subiu as escadas sem muito ânimo e lentamente fechou a porta. Até mesmo as persianas da sala de Alex foram fechadas.

Enquanto Melina dava explicações a seu chefe, Maxine havia se tornado o novo alvo dos agentes, eles não descansariam até saber exatamente tudo. Se dando por vencida, ela se recostou em sua própria mesa, enquanto os agentes se acumulavam ao redor de si, e cruzando os braços começou a explicar:

— Bom, como sabem, o Dorian foi uma das vítimas de envenenamento do coquetel. Eu o levei rapidamente para o hospital, mas não a tempo de evitar que o quadro dele se agravasse. – Fazendo uma pausa, ela engoliu em seco, buscando coragem para continuar – O veneno causou paralisia e atingiu o sistema respiratório dele, causando... uma parada respiratória. Conseguiram reanimá-lo, mas ele não está em condições de respirar sozinho. Está sedado e em respiração mecânica.

— Em termos leigos... em coma induzido e entubado? – Questionou Luna.

Max apenas balançou a cabeça confirmando, enquanto uma série de suspiros e xingamentos eram escutados, vindos dos agentes. Alguns não faziam questão de esconder a raiva, enquanto outro simplesmente se calavam e se isolavam em um canto.

— Nós vamos pegar os desgraçados. – Ralhou Dante, irritado.

— Não adiantar, agirmos por raiva agora. – Max tentou apaziguar – Não podemos lidar com isso enquanto estivermos de cabeça quente e deixando nossas emoções nos controlarem. Eu sei que estão com raiva, eu também estou e se pudesse estraçalhava quem fez isso. Mas precisamos lidar com isso o mais calmamente possível para evitarmos erros. Precisamos ser certeiros agora. O Dorian merece isso.

Com essa fala, Maxine conseguiu fazer com que os ânimos se acalmassem ao menos um pouco e gradativamente os agentes se dispersassem e voltassem para seus trabalhos. Ela ainda permaneceu hesitante e escorada em sua mesa, tentando organizar os pensamentos. Olhando uma última vez para o escritório fechado de Alex, ela suspirou pesadamente e resolveu subir até a divisão de homicídios para pegar mais detalhes do ocorrido. Não estava nem um pouco contente e muito menos com paciência para lidar com Adam, mas estava convicta de começar a trabalhar naquele caso o mais rapidamente possível.

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