holds my love in his hands

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Não, eu não esqueci dessa história que sempre vai ocupar um espaço imenso no meu coração.

bem-vindas ao antepenúltimo capítulo ❤

***

- A retirada dos pontos não te dá passe livre para fazer esforço físico, Heloísa – disse a Dra. Vanessa enquanto Helô comentava que estava doida para voltar a trabalhar - pelo menos mais uma semana de repouso, no mínimo!

- Eu não mereço isso – respondeu a delegada indignada para a médica o que o advogado que a acompanhava a consulta rir – Stenio, para de rir – ela respondeu, brava.

- Helô, é uma semana de descanso! – ele disse ainda rindo.

- Uma semana A MAIS – ela explicou irritada – Eu não aguento mais ficar em casa, eu só quero voltar pra minha delegacia, deve estar tudo uma bagunça.

- Bagunça ou não – interveio a médica – uma semana.

A delegada se recuperava bem depois de tudo, assim como o advogado. Stenio agora mal sentia dores pelo corpo e a recuperação de Helô ia se dando de maneira rápida. Ter o advogado em casa a mantinha nos trilhos, tomando as medicações de maneira correta e a impedindo de fazer qualquer coisa que pudesse ser mais cansativa.

Era exaustivo aguentar Stenio as vezes, e eles discutiam dia sim e outro também, mas logo estavam bem de novo. Era uma nova dinâmica que eles ainda não sabiam como nomear, não sabiam o que eram. Só sabiam que funcionava.

A caminho de casa, sentada no banco do carona enquanto Stenio dirigia o carro dela, a delegada olhava pela janela tentando entender a absorver tudo que os últimos meses significavam para ela.

Muitas coisas haviam acontecido num intervalo muito curto de tempo, obrigando-a a reavaliar a vida inteira. A obrigando a reavaliar a importância de Stenio em sua vida. Não dava mais para fingir que não sentia nada, que não queria mais estar com ele. Sozinha no cativeiro, tudo que ela queria era a chance de viver a vida com ele de novo, e parecia injusto agora jogar essa nova chance fora. Não aproveitar. Não viver.

Apesar de todas as brigas e divórcios, a verdade de que o advogado era o amor da vida dela parecia tão óbvia que ela queria rir.

- Que que foi? – perguntou ele, colocando a mão na perna dela, fazendo-a notar que ela, de fato, sorria.

- Nada não – ela segurou a mão dele na dela, seguindo assim o resto do caminho.

Quando eles chegaram em casa, que agora Helô já nem sabia mais se ela deveria chamar de dela ou deles, Stenio ainda tentava ajudar a ex-esposa a se sentar no sofá.

- Stenio, pelo amor de deus, me deixa sentar sozinha – ela estava irritada, o cuidado era bom, mas ela sempre havia sido amante da independência.

Ele levantou as mãos em um ato de rendição e deixou ela se sentar sozinha, observando de canto de olho enquanto fingia não prestar atenção.

- Creusa foi ficar na casa da Brisa hoje – ele comentou, indo para a cozinha – mas acho que a gente vai ficar bem.

- A gente vai sobreviver – ela respondeu rindo, enquanto se deitava confortável no sofá.

Ela começou a prestar atenção no ex-marido andando pela casa, ajeitando as coisas, organizando a bandeja com a xícara de café e os pãezinhos que ela gostava de comer, ali na mesa de centro.

breathe againOnde histórias criam vida. Descubra agora