Chegada - #5

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POV: Brasil

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Diferentemente da visita ao EUA, nenhuma outra realmente teve algo de importante. No máximo era a França exibindo para mim seus novos vestidos, ou China levando-me aos antigos templos, onde passeamos por um tempo. De todos eles, a mais interessante foi minha grande amiga Japão. 

- ブラジル!- Ela exclamou ao me ver em seu aeroporto. Desta vez, seus cabelos estavam presos em dois coques, penteado cujo nome é "Space Bun". - Finalmente está aqui!

(Brasil! - ... - ...)

- Também senti saudade, Japão! Como estão as coisas por aí? - Perguntei, lhe dando um abraço. 

- Problemas envolvendo racismo e xenofobia entre meu povo. É muito difícil controlá-los...

Assistimos um bom filme nos cinemas dela, comemos do melhor lámen, provei os quimonos dela, e, no geral, nos divertimos pacas. A parte burocrática foi deixada para que Tóquio, a assistente dela, cuidasse do recado. Pelo menos um país me entende!

Agora chegara Rússia, e logo tudo acabaria. Lá estava outono, então não haveria tanto problema. Embarquei no avião japonês, que levaria 10 horas para chegar em Moscou. Quando a aeronave decolou, eram 20:00. Chegaria às 6 da manhã. 

Já tinha esgotado meu estoque de reflexões nas últimas longas viagens, então resolvi simplesmente comer e dormir. Eu até poderia ficar assistindo série, mas sem pipoca não tem graça: E primeira classe não pode comer pipoca. Que injustiça! Eu só contava com um Chip Star que comprei lá em uma maquininha do aeroporto.

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- Бразилия? - Reconheci a voz de longe. Rússia! - Demorou.

( - Brasil? - ... - ...)

- O avião estava lotado, era fila para todo o lado, piá! - Eu respondi, arrumando minhas malas. 

- Por que você não exigiu espaço? - Rússia perguntou em um tom calmo. - Você é um país, tem todo esse direito.

- Não acho que deveríamos mal tratar os humanos. Eles também são protagonistas da própria história. - Eu argumentei, aproximando-me dele. 

- Por isso que tem tanto маленькое дерьмо em seu governo. - Ele respondeu seco. - Você é muito mole com eles.

- Eu entendo sua língua, cara! 

- Esta é a intenção, caso não tenha percebido. 

Implicâncias sempre foram normais quando perto de Rússia, porém algo estava diferente.

Ele nunca fora seco e direto assim, pelo menos, não comigo.

Costumávamos ter diálogos em que eu e ele utilizávamos muito do sarcasmo e piadinhas inocentes, porém tudo na amizade. Eu e ele iríamos sair rindo depois. Mas agora? Ele parece estar tão sério, menosprezando cada passo meu, como se tivesse coisa melhor para fazer. 

Algo acontecera, e eu teria que aguentar o mal humor russo por causa disso. 

- Oh, Rússia! - Eu chamei atenção dele enquanto estávamos no carro. - Quantos graus tá lá fora, meu?

Terceira Guerra Mundial Por VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora