Esconderijo - #11

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POV: Yelena

(Antes do tiro)

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Estava limpando o quarto de visitas que foi utilizado pelo primeiro ministro. Ele com toda certeza fazia bastante sujeira, e demorou pelo menos uma hora somente para organizar a bagunça que ele tinha feito. Claro, era um quarto grande, porém não deveria tomar tanto tempo assim!

Brasil estava jogando bola lá em baixo. Ele até convidou-me, porém tive que recusar para trabalhar. E ele jogava bem melhor que eu, de qualquer forma. Minha chefe, Yulyna, estava por perto, monitorando-me. Ela tinha recebido ordens diretas de URSS para me supervisionar, já que eu estava passando tanto tempo com o sequestrado.

Quando parti para arrumar o banheiro, ouvi algo que me paralisou.

Um tiro?!

Olhei pela janela e vi Brasil correndo para a mata. Agora que sabia que ele estava seguro, minha chefe agarrou meu braço e me levou para o porão, onde nos esconderíamos. Porém este não foi um caminho fácil. Os invasores haviam entrado por trás, e assim que nos viram, começaram a atirar descontroladamente. 

Corríamos em zigue-zague, que nem nosso treinamentos nos aconselhava, e sempre que alguma estrutura caia, a usávamos de escudo. Eu estava indo mais rápido que Yulyna, que estava com um vestido extremamente longo, porém ambas os despistamos e conseguimos entrar no esconderijo do porão. Lá estavam diversos cozinheiros, mordomos, e vi URSS passando. Logo curvei-me, e parei para prestar atenção em sua conversa com um de seus assistentes, Distrito F. Central. 

- Захватчики - немцы. - Distrito F. C. explicou para URSS, que não parou de andar. - Наши войска в пути.

(Os soldados são alemães. - ... - Nossas tropas estão vindo.)

- Где Бразилия?! - URSS perguntou, impaciente.

(Onde está Brasil?! - ...)

- Мой король, они нападают на нас. Мы подумаем о нем позже.

(Meu Rei, estão nos atacando. Pensamos nisso mais tarde.)

- Я думаю, это правильно.

(Acho que está certo.)

Foi a última coisa que consegui ouvir antes que se afastassem demais. Pelo contexto, estavam indo ao arsenal, e URSS já estava com sua roupa militar. Pelo menos eles não puniriam Brasil por fugir agora. Isso lhe daria tempo de ir embora, e os alemães são aliados de EUA, que é aliado de Brasil. Eles não o machucariam, certo?

Um dos assistentes chefe soviéticos começou a nos dar instruções. Primeiro nos deu uma roupa discreta para colocar, caso houvesse a necessidade de fugir ou fingirmos ser prisioneiros. Depois ele nos disponibilizou uma pequena adaga para defesa em combate direto. Ele dizia que nós não tínhamos experiência suficiente para carregarmos pistolas, enquanto minha chefe e os outros patrões poderiam. 

Tudo que nos restava era esperar e rezar para que tudo desse certo. O assistente chefe estava constantemente comunicando-se com Distrito F. C., então teríamos atualizações. Pelo menos desse jeito o medo diminuiria um pouco. Naquela hora, URSS estava pegando suas armas e reunindo o exército. Ele os lideraria. Podia aguentar diversas balas, e gases não eram perigosos para ele. 

Terceira Guerra Mundial Por VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora