Estrelas - #15

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POV: Brasil

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- URSS - Eu relutantemente abri a boca, mas me recusei a falar em russo dessa vez. Olhei para baixo momentaneamente, porém reuni coragem para levantá-los - Eu queria sair um pouco. Respirar um ar fresco. Pode ser até mesmo os jardins. Mas está insuportável ficar 24 horas por dia dentro de um quarto.

Eu observei suas reações com cautela, me segurei para não me irritar quando vi que um sorriso arrogante surgiu em seus lábios. Apesar de me incomodar, não podia deixar de perceber que ele parecia muito mais leve hoje do que no resto dos dias... Sorrindo. Estranho. 

- Я не знал, что пленники могут предъявлять требования. - Ele disse com um tom pretensioso, brincando com o próprio garfo. Resisti interrompê-lo. - Но как я могу гарантировать, что ты не сбежишь... Как в прошлый раз? 

(Não sabia que cativos podiam fazer exigências. - ... - Mas como eu garantiria que você não escaparia... Que nem na última vez?)

Percebi que seu olhar escureceu em algum tipo de irritação e alguma outra coisa que não identifiquei a tempo com suas últimas palavras, mas rapidamente seu olhar frio retornou. 

Sua pergunta era válida, deixando de lado sua primeira resposta... Hesitei, mas dei uma solução. 

- Você pode ir comigo lá fora. Eu sei lá... Só 'tô cansado de apodrecer naquela cama o dia inteiro. - Eu propus, dando de ombros e cruzando meus braços, questionando para mim mesmo se ele realmente aceitaria. 

Afinal, ele estava me evitando desde a minha fuga, e-

- Тогда очень хорошо. - Ouvi-lo concordar com um aceno de cabeça, levantando e dando espaço para que as criadas pegassem os pratos da mesa. Manteve seu olhar em mim, especialmente quando percebeu minha reação surpresa às suas palavras. 

(Muito bem então.)

- S-Sério? - Eu hesitei um pouco, processando que ele tinha aceitado, e então levantei também, entregando meu prato nas mãos das empregadas enquanto olhava para ele um pouco preocupado. Era só isso? Ele realmente só estava me oferecendo uma chance de sair? - Podemos ir agora?

Pelo jeito que URSS apertou os lábios, imaginei que ele estava suprimindo uma risada, provavelmente sobre a minha ansiedade para sair do castelo. No final, ele acenou com a cabeça novamente. 

- Помните, что это я с оружием, Бразилия. - Ele ronronou, se segurando para não deixar outro sorriso presunçoso, pela tremedeira do canto de seus lábios. Ele começou a andar em direção das portas que levam para os jardins, e por mais que eu tivesse me incomodado com sua ameaça, o segui em silêncio. 

(Lembre-se que eu ainda sou quem tem as armas, Brasil.)

-

Estava nevando, mas ainda começando - o chão só tinha alguns resquícios de neve. Fechei o casaco branco que usava e coloquei a touca. A primeira coisa que fiz ao pisar para fora das paredes do castelo foi parar e respirar. 

Terceira Guerra Mundial Por VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora