EUA - pt. 2 - #3

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POV: Brasil

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Eu tive uma ótima noite de sono, mas não consigo lembrar o porquê. Acordei na cama, com as cobertas sob mim e raios de Sol acariciando meu rosto. Levantei e fui tomar um banho. Coloquei um moletom com uma calça cargo e parti procurar o EUA. Ele estava na sala lendo Moby Dick. 

- Acordou, oh, Bela Adormecida? - Ele brincou quando me viu.

- Bom dia pra você também. - Respondi irônico.- Tem café?

- Uhum. Mandei eles prepararem para você. Teremos panquecas para café da manhã, que eu sei que você ama tanto. - Ele contou, levantando-se e indo à minha direção. - Alguma coisa lhe incomoda lá no seu quarto? 

- De jeito nenhum! Está tudo perfeito. - Eu respondi rapidamente. - Obrigada pelo café!! Amo. Sem leite, de preferência. 

- Não se preocupe, tudo estará do jeito que você gosta. - Ele prometeu, desviando o olhar rapidamente ao adicionar: - Eu nunca deixaria eles fazerem algo que não lhe agradasse. 

Percebi um leve sinal de vergonha em seu rosto, então mudei de assunto. Ele pareceu aliviado. 

-

Mas tarde daquele dia, fomos ao cinema assistir o Boogeyman. No meu território, é conhecido como bicho-papão, e é até mesmo uma cantiga. É impressionante como os gringos conseguem transformar uma ameaça a crianças em um filme de terror. 

Houveram vários sustos, e diversas vezes em que pulei do meu próprio assento. Pelo menos States me segurava pra eu não cair. Ele fazia papel de durão, mas eu vi umas vezes que ele se cagou de medo e fez teatro pra esconder. 

- Levinho, já vi piores. - Ele comentou enquanto saíamos. - O que achou?

- Que eu não vou dormir hoje à noite. - Eu admiti, desviando o olhar do dele.

- Não estava tão assustador assim, Brazil! - Ele exclamou risonho.

- Eu estou falando sério! Eu ouvia a cantiga do Bicho-Papão e sempre me deu medo! AGORA ESSA MERDA??

Ele riu um pouco da minha cara e então concordou em me ajudar a dormir. A culpa é dele, afinal! Demorou para que eu o convencesse...

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POV: EUA

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Eu não precisava de outro convite! Passar tempo com ele é tudo que consigo pensar agora, e ele é tão delicado dormindo. Não quero vê-lo virando a noite por causa de um filme de terror. Eu posso até ter me assustado algumas vezes, mas a presença dele me impedia a adrenalina de correr pelas minhas veias, ela era momentânea. E com ele apertando minha mão todas as vezes que estava com medo, é impossível sentir o mesmo. 

Fomos então para um restaurante próximo comer alguma coisa. Ele pediu um fastfood e eu o acompanhei. Não é como se estivéssemos com saco para esperar. Pipoca não alimenta! Tivemos que ficar em uma área reservada para que não nos bombardeassem de fotos ou gritos, que nem tentaram fazer no cinema. 

Eu terminei minha comida rápido, mas Brazil demorou um pouco. Não me importei, assim eu poderia passar mais tempo com ele. 

- Lá no meu território, fastfood pode até ser rápido, mas é mais caro e com menos qualidade do que aqui geralmente: Com suas raras exceções pra os dois lados. - Ele comentou. - Eu gostaria de fazer algo sobre isso, mas estou de mãos atadas.

Terceira Guerra Mundial Por VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora