𝗧𝗵𝗲 𝗖𝗮𝗻𝗮𝗱𝗶𝗮𝗻𝘀

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── EU VOU EMBORA DESSA PORCARIA DE CASA, NÃO AGUENTO MAS ESSA DROGA DE VIDA ── Gritei, indo em direção ao meu quarto e logo pegando uma velha mochila, onde procurei colocar o máximo de roupa conseguia.

── SOFIA VOLTA AQUI,
VOCÊ NÃO VAI A LUGAR NENHUM ── Meu pai gritou de volta, vindk atrás de mim.

── Ah, não vou papai? ── falei com ar de deboche. ── E quem vai me obrigar a ficar?── Disse colocando minha mochila nas costas com toda coragem do mundo junto à mim, pois meu pai era praticamente meu dobro, poderia me impedir numa facilidade só.

Mas ele apenas ficou me encarando não acreditando que sua "menininha" havia se tornado tão inconsequente. - A questão é. - Continuei a falar. Eu não fico nem mais um segundo de baixo do mesmo teto dessa vadia, que você trouxe para casa e ainda chama de mulher.

── Sofia, querida... - Meu pai tentou se acalmar. - Você está sendo injusta com Estefany, ela é como uma mãe para você. Senti vontade de vomitar, e meu sangue esquentar como se eu fosse explodir a qualquer momento, mais do que eu já havia.

- NUNCA MAIS. - Gritei. Mas logo respirei fundo tentando voltar à um tom aceitável de voz. - Nunca mais mesmo, compare essa biscate com a minha mãe, aliás que Deus à tenha. - Falei, pois minha mãe havia morrido quando eu tinha apenas dez anos, e quando eu completei quatorze meu pai conheceu Estefany, fazendo minha vida virar um inferno.

Minha mãe era uma mulher digna, não precisava se aproveitar de ninguém para se dar bem na vida, eu cansei pai, de ver você sendo feito de idiota. - E também cansei dessa vadi... Me segurei. - Mulherzinha, tentando tomar o lugar da minha mãe, e me tratando como um nada. Ela realmente conseguiu o que queria, eu vou embora. Estefany observava tudo, às vezes dava para ver um sorriso vitorioso
saindo dos seus lábios, mas rapidamente ela voltava a se fazer de vítima. Eu odiava ver meu pai sendo feito de idiota, ela só queria seu dinheiro. Ali eu não ficava mais, estava cansada de tudo isso!.

00h30. Eu realmente não sabia para onde iria a essa hora, mas resolvi arriscar, meu pai tentou me impedir. porém, ao mesmo tempo que ele era mais forte do que eu, eu era mais rápida.

Na minha mochila, que agora pesava em minhas costas, enquanto eu andava pelas ruas um pouco mal iluminadas do meu bairro, haviam algumas peças de roupas, coisas para a higiene e um pouco de dinheiro da minha mesada.

Eu estava quase me arrependendo, com medo e com frio, apenas eu e minha insegurança Para onde eu iria? Droga.

Até que me veio a cabeça um apartamento que meu pai possuía, porém ficava um pouco longe, eu planejava pegar um táxi e pagar com o dinheiro que havia em minha mochila.

Enquanto pensava comigo, passei por um grupo de garotos. Se eles não tivessem feito gracinhas, eu nem perceberia.

── Ei, garota. Isso é hora da princesinha estar na rua? - Continuei andando o mais rápido possível, mas podia ver que eles estavam me seguindo.

- Qual é gatinha?! Vai mais devagar, rápido assim, só na cama.── Os garotos riram e até onde deu para ver haviam quatro, não pude ver muito, o medo me impedia de olhar para atrás, em minha minha cabeça eu só conseguia pensar "continue andando".

── Olha, Bill. Eu acho que ela está com pressa, hein?! ── Um garoto com uma voz maravilhosamente rouca falou, e logo começou a rir.

- Ei, delícia, não corre não. -Falou um dos garotos, não fazia ideia de quem se tratava. Eu estava morrendo de medo, confesso, mas ao mesmo tempo eu já estava me irritando com aqueles babacas e meus pés já estavam doendo de tanto eu andar rápido. Então, eu senti uma mão segurar meu braço com força.

 𝐏𝐎𝐒𝐒𝐄𝐒𝐈𝐕𝐄 ── Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora