Filho da puta..

4.3K 252 187
                                    


── SOCORRO.─ Gritei ao acordar em um lugar escuro. ── ME TIREM DAQUI, SOCORRO. ─ Fiquei sentada no lugar macio em que antes eu estava deitada. ── ME AJUDEM, EU NÃO QUERO FICAR AQUI, SOCORRO.

── O que aconteceu, Sofia? ─ Vi alguém entrar pela porta e levei as mãos ao rosto por causa da claridade que quase me cegou. Calma, eu estou aqui. ── Percebi que era Tom e uma sensação de alivio me percorreu, ele ligou a luz e puder perceber que estava em seu quarto

── Porra, Kaulitz.─ Reclamei levando as mãos ao peito. ── Por que você deixou tudo escuro? ─ Tom sentou-se ao meu lado e me envolveu

── Só fui levar o médico até a porta. ─ Ele disse e eu estranhei.

── Médico?

── Sim, você ficou um bom tempo desmaiada, Mia achou melhor chamar um médico. ─ Ele me deu um selinho. ── Porra, Sofia. Nunca mais faz isso comigo, nunca mais vou deixar você sair de casa sozinha. ─ Até então, eu não lembrava direito o que havia acontecido, mas logo minha memoria começou a clarear e veio em minha cabeça a imagem de três homens atirados no chão mortos, no caso, Kaique, Lucas e Wilson. Eu ainda me sentia completamente assustada. Me agarrei fortemente em Tom e caí em lágrimas. ── Caralho, Sofia. Não chora, eu não sei lidar com essas coisas. ─ Ele disse de uma maneira grosseiramente fofa, fui obrigada a dar um sorriso. ── Mas eu sei o que fazer. ─ Tom disse e grudou seus lábios nos meus, dando um leve beijo lento que teve o dom de me deixar melhor. Sequei as lágrimas e sorri para ele.

── Você disse sobre Mia... ela... ela está aí? ─ Perguntei.

── Infelizme...

── SOSO? ─ entrou no quarto gritando. ── AMIGA, VOCÊ ESTÁ BEM? AI MEU DEUS. ─ Ela praticamente se atirou em cima de mim, vi Tom fazer uma cara nada agradável. ── Quando Georg me contou do sequestro eu não sabia o que fazer e aí... ─ Mia caiu em um choro intenso.

── Calma, eu estou bem. ─ Lhe dei um abraço.

── É, eu salvei ela. ─ Tom se pronunciou.

── Era o mínimo que você poderia ter feito seu pamonha poderia ter feito, seu pamonha.  ─ Ela o xingou.

── Ah é? E se eu não fosse a salvar, você iria?

── Eu iria, porque ela é minha melhor amiga.

── Para início de conversa, você nem acharia o local onde ela estava, porque você é burra.

── Burra? Olha o respeito comigo. ─ Os dois entraram em uma discussão sem fim e eu fui até o banheiro ver como estava meu estado, eu não estava com a roupa de antes, agora eu vestia meu pijama favorito. E meu rosto tinha alguns curativos.

── Quem mudou minha roupa? ─ Saí do banheiro e perguntei, os dois pararam de discutir e puseram sua atenção em mim.

── Eu. ─ Tom disse. ── Ou você acha que eu iria te deixar com a camiseta daquele mané? - Tom disse. ── Alias, eu quero saber tudo o que aconteceu lá, Sofia. Você estava sem sutiã. ─ Estremeci e logo aquelas cenas horríveis vieram em minha cabeça, comecei á passar mal, me estômago embrulhou.

── Não quero falar sobre isso, Tom. Não são boas memórias.

── Sofia, se eu pudesse, eu matava Kaique novamente, porque eu acho que ainda não foi o suficiente para tudo o que ele te fez. ─ Ele chegou mais perto e começou a passar suavemente seus dedos pelas marcas que tinham em meus braços, em seguida levou sua mão até meu rosto e começou a acariciá-lo, tomei coragem e olhei nos olhos de Kaulitz, eles estavam marejados.

 𝐏𝐎𝐒𝐒𝐄𝐒𝐈𝐕𝐄 ── Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora