Âmbar pt2

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Querido, Tom.

Lembra de mim? Óbvio que não. Alias, você nunca lembra de suas pobres vítimas, das mulheres que você come e joga fora.

Ah meu querido, te procurei tanto, você simplesmente sumiu. Foi no início do ano passado, lembra? Estávamos em uma boate quando você chegou com sua incrível lábia e me envolveu, dono de uma beleza estonteante, eu não pude resistir, assim como todas as outras.

Ok, passou. Fui apenas mais uma transa desimportante, não? Você sumiu, não deu- me seu telefone, não me passou seu endereço, o qual, eu ralei muito para conseguir e apenas porque pelo menos seu nome, você me disse.

Nós não nos prevenimos, se você lembrar apenas de quem eu sou, irá lembrar disso também. Você foi meu primeiro homem, sim, eu tinha vinte anos e era virgem, sonhava em casar pura, havia ido naquela boate apenas para curtir com minhas amigas, mas você é dono de um poder irreconhecível. Depois de um pequeno tempo, descobri que estava grávida, meus pais quiseram matar-me, fui obrigada a fugir para poder ter Âmbar em paz. Então descobri que estava com câncer e tive que voltar para de baixo do teto deles, eles queriam colocar minha pequena para a adoção, não aceitei, você veio em minha cabeça como algo impossível, mas eu descobriria seu paradeiro de todos os jeitos, pedi ajuda de alguns amigos, mas bom, isso não importa.

A única coisa que eu peço, Tom, é que você seja um bom pai e não maltrate minha menina, tenho esperanças de que ela estará em boas mãos. Diga todos os dias que eu sempre a amei.

Abraços, Annie.

Deixei o papel cair de minha mão, aquela carta me fez estremecer, Tom tinha uma filha? Nem ele sabia sobre isso

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Deixei o papel cair de minha mão, aquela carta me fez estremecer, Tom tinha uma filha? Nem ele sabia sobre isso. O olhei e ele estava bem pior, fitando Âmbar de longe como se fosse incapaz de entender tudo o que se sucedia e eu não o culpava por estar assim, só o culpava pelo o que ele havia feito com a pobre coitada de Annie.

Eu podia sentir que essa carta era verdadeira, não era mais uma de suas vadias tentando aplicar algum golpe, enquanto eu lia a tal carta eu podia sentir a dor dessa pobre mulher, mais uma que foi atraída pelo doce veneno de Santos

── lembra dessa tal Annie? ─ Perguntei quebrando o silêncio

── Lembro. ─ Ele pensou aflito. ── Um pouco.

── Bom, acho que você tem uma responsabilidade agora.

── RESPONSABILIDADE, SOFIA? ─ Tom se alterou. ── EU NÃO SOU RESPONSÁVEL NEM EM RELAÇÃO À MIM, IMAGINA À UMA CRIANÇA. ─ O puxei para fora do quarto para não acordar Âmbar.

── Que é sua filha! ─ Exclamei. ── Não adianta levantar a voz para mim, eu não tenho culpa de nada. ─ O repreendi. ──O culpado dessa história é você, é um choque, óbvio que é, mas alguma consequência essa sua vidinha de pegador cafajeste deveria te dar. ─ Ele me olhava sério. ── E olha, que foi até uma consequência boa, comparado ao que você realmente merecia. ─ O julguei. ── Vai saber quantos filhos você não tem por aí.

 𝐏𝐎𝐒𝐒𝐄𝐒𝐈𝐕𝐄 ── Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora