𝗖𝗮𝗻𝗰𝗵𝗮...

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╼╼ Sofia cameron ╾╾

Cheguei em casa e tive uma grande surpresa ao ver meu pai sentado na poltrona me esperando, ele abriu um sorriso assim que me viu. Joguei minha bolsa no chão e fui correndo para o seu colo.

── Pai. ─ Falei quase aos prantos. ── Senti sua falta. ─ Engoli o choro.

── Também senti sua falta filha. ─ Ele disse me dando um beijo na testa. ── Muito, muito.

── Vai dormir em casa hoje? ─ Perguntei esperançosa.

── Bom, se o dever não me chamar, eu vou sim. ─ Ele disse e eu pude ver certo cansaço em seus olhos.

── Então tomara que o dever não lhe chame, pois o senhor está podre.

── O que? Eu estou cheirando mal? ─ Ele disse e eu ri.

── Não, podre no sentido cansado, Sr.Souza. ─ Falei ainda rindo.

Rimos.

── Ah, eu esqueço que minha filha é uma adolescente.

── Já sei. ─ Falei saindo de seu aconchegante colo. ── Vou fazer aquela pizza que o senhor tanto adora, receita da mamãe.

── Por isso que é ótimo estar em casa. ─ Meu cansado pai disse sorridente, ele realmente fazia falta.

── Repito: Por isso que é ótimo estar em casa. ─ Rimos e eu lavei minhas mãos e fui para a cozinha para preparar a tal da pizza, ela tinha um molho especial que minha mãe - e eu, pois eu procurei aprender saber fazer. Claro que eu não fazia tão bem quanto ela, mas enfim. Depois de algum tempinho a pizza ficou pronta, levei até a mesa e eu e meu pai sentamos para comer.

── Sofia. ─ Meu pai me chamou.

── Sim? ─ Perguntei levando o garfo a boca.

── Onde está Estefany? Liguei para ela hoje e ela disse que estava em casa.

── Não sei. ─ Disse de boca cheia e meu pai me repreendeu com o olhar. A verdade era que Estefany não voltou para casa desde do dia anterior quando ela sairá.

── Ela não está cuidando de você? ─ Ele perguntou semicerrando os olhos. ── Ela disse que esses dias vocês até sairam para almoçar juntas. ─ Não me contive e deu uma gargalhada.

── Sério que ela disse isso? Pensei que o senhor fosse mais inteligente, pai.

── Olha o respeito, Sofia.

── Ok, desculpa. Mas pensa bem, ela vive me difamando para você e eu vivo difamando ela. Nós somos praticamente cão e gato, ai do nada nós íamos jantar juntas? Ah e sem contar, que no horário do almoço eu estou na escola, lembra? Eu almoço lá. E nos fins de semana ela não fica em casa. ─ Abri o jogo. Os olhos do meu pai se perderam, fazendo eu me arrepender de ter dito tudo aquilo. ── Desculpa, eu não queria.

── Não, tudo bem. ─ Ele disse. Comemos em silêncio por algum tempo até que eu tive coragem de falar algo novamente:

── Aquela mulher não te merece, pai. Ela é uma interesseira, só quer seu dinheiro. Sem contar que ela é totalmente vulgar, não combina nada com você. Será que ela é uma ex prostituta? Tenho minhas dúvidas.

 𝐏𝐎𝐒𝐒𝐄𝐒𝐈𝐕𝐄 ── Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora