Capítulo 21

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POV Lyca

Ouvir ela dizer que está voltando para festa me deixou muito feliz e aliviada de certa forma, ainda vão demorar para chegar aqui, então tenho que garantir que não haverá mais confusão.

Deixo os doces de lado e sigo até onde estão dois dos seguranças da festa e dou algumas instruções e fotos para que ninguém sem convite entre outra vez, feito isso eles repassam as informações e deixo meu tablet com as fotos com o chefe deles e sigo de volta para a multidão atrás do meu pai.

Procuro por ele em todo canto do salão e nada, parece que mais alguém decidiu tomar chá de sumiço hoje. Desisto de encontrá-lo e volto a curtir a festa, me junto a um grupo de colegas da escola e começamos a dançar alegremente.

Tomara que o tempo passe logo, elas estão demorando demais para chegar.

Começo a dançar com as meninas enquanto os rapazes vão pegar bebidas e petiscos para gente, eles vivem com fome, não consigo entender para onde vai tanta comida em tão pouco tempo.

Ficamos dançando ali por mais um tempo, desisti de comer já que eles não sabem saborear a comida, simplesmente saem devorando tudo que avistam pela frente. Entre John, Nick e Owen acho que o Nick é o mais devorador do trio seguido por John e Owen, já devem imaginar a cena certo?

POV Bruna

Após falar com o motivo do meu estresse de todo dia, resolvo me arrumar novamente e o mais devagar possível só para deixar ela ainda mais surtada do que já está. Cerca de 40 minutos depois já estamos prontas, encontro tia Carol na sala de estar e seguimos para fora da mansão onde o motorista já nos espera com a porta aberta.

— Não consigo acreditar que estou voltando para lá tia... se der algo errado outra vez e-

D. Carol Não vai acontecer mais nada filha, se depender de mim nada mais irá acontecer, está bem? Agora não pense mais nisso, vamos apenas pensar que encontraremos ela e vocês vão ficar juntinhas curtindo a festa.

— Tudo bem... acha que ela vai se importar se eu decidir ficar perto da Helô, Gaaby e Mabel? Toda aquela multidão não me deixa confortável.

D. Carol — Acho que não, meu bem, sei que ela vai entender e preferir o que você achar melhor. Fora que assim você vai se sentir bem estando com elas e sei que elas também. Helô e as meninas te amam muito, assim como eu também.

Dito isso apenas sorrio para ela a abraçando e continuamos conversando sobre coisas aleatórias o resto da viagem, ao chegar no salão seguimos caminho direto até onde Helô e as meninas estão sentadas que por sorte é bem perto da mesa de bufê.

Me sento junto a Mabel sendo recebida com muita alegria enquanto tia Carol vai até Helô e pede morangos com chocolate e acaba me deixando com vontade, conversa vai, conversa vem e nem percebo o prato pronto posto a minha frente.

Só após notar o prato que me dou conta de que estou com muita fome, peço licença a elas e começo a comer ainda ouvindo a conversa delas e respondendo algumas coisas. Mas tudo que consigo pensar agora é onde ela está, desde que cheguei não a vi em lugar algum, essa garota só pode estar de brincadeira.

Só espero que ela esteja com as mãos bem desocupadas, e a boca também.

POV Dona Carolina ou Carol.

Após deixar Bruna com as meninas e sob os cuidados de Helô, pego alguns morangos com chocolate, dos quais Helô serve para mim do jeito que gosto. Pego o prato e agradeço a ela por isso e vou para o salão atrás da desnaturada, sem noção e surtada que chamo de filha.

Não demoro muito e a encontro em uma parte da pista onde está com os amigos ou colegas, nunca sei quem são realmente os amigos dela, com exceção da Bruna. Ela parece feliz enquanto dança com as meninas, isso por um momento me deixa mais tranquila, mas, como eu disse, foi só por um momento mesmo.

Caminho até ela e seu grupo que pula animado ao som de um DJ bem conhecido pela geração deles, o que eu não esperava era levar um leve banho de seja lá o que for que aquela garota estava bebendo. Só sei que aquilo não era suco ou refrigerante, todos pararam de pular na mesma hora e minha filha não sabia o que fazer.

Lyca — Mãe, me desculpa... e - ela não fez por...

— Deu para perceber... o que tem nesse copo?

A menina arregalou os olhos e isso foi o suficiente para que eu tenha a certeza de que aquilo era alguma mistura com bebida alcoólica, apenas troco olhares com ela por alguns minutos observando o desespero dela e dos amigos. Volto minha atenção para minha filha que ainda parece perdida no que está acontecendo, bem típico dela quando é pega no ato.

— Só vim te avisar que chegamos, mas se você estiver bebendo o mesmo que ela aconselho não ir até a Bruna. Se ela sonhar que você tá bebendo, sabe bem o que ela vai fazer, não é mesmo?

Lyca — Mas eu não tô bebendo...

— Em casa conversaremos sobre isso, é seu aniversário e não quero fazer cena Lyandra, só te peço que não cometa mais burradas até o final da noite, caso contrário, você terá um castigo muito longo.

Sorrio forçada e viro as costas indo em direção ao banheiro que fica à alguns metros ao norte daquele caos todo, às vezes realmente me pergunto como pode uma mulher ser mãe de seres tão opostos e tão iguais assim.

Chego no banheiro e vejo algumas colegas do colegial e assim começamos uma conversa sem fim enquanto retoco a maquiagem e tento me livrar do cheiro de bebida dos meus braços e busto.

Uma delas chega e me pergunta sobre o relacionamento da minha filha com a melhor amiga que está grávida.

É nesse momento que sinto as indiretas lançadas em minha direção quanto a gravidez de Bruna, se já não bastasse todo o caos na vida da menina, me vem esse ser metida a primeira dama com uma galinha na cabeça fazer especulações sobre o assunto e jorrando seu veneno.

Elizabeth — Essas meninas de hoje em dia... vocês querem apostar quanto que esse bebê é de um homem bem rico e logo ela vai dar o golpe do baú, se é que o pai dessa criança tem dinheiro...

— Creio que você não tenha muito o que falar, não é mesmo? Afinal, entre todas nós aqui você foi a única que engravidou do motorista, enganou o pobre do marido que até hoje pensa que seus filhos são um milagre divino, já que ele mesmo não pode ter filhos. Pelo amor, Elizabeth! Coloque-se no seu lugar ou farei o favor de colocá-la para fora da festa querida.

As demais apenas cochicham entre si rindo aqui e ali, me despeço sem esperar pela resposta da mesma que agora se encontra na mesma tonalidade de um tomate maduro.

Odeio pessoas que querem opinar na vida dos outros tendo feito coisas mil vezes piores, volto para perto das meninas e sento junto a elas conversando e comendo algumas coisinhas que Helô me entrega.

Como eu amo essa mulher, ela de todas as minhas escolhas contratar ela e sua família foi a melhor com certeza. Estava em busca de uma cozinheira de mão cheia e ganhei uma mãezona, quatro amigas lindas, gentis e acolhedoras e algumas sobrinhas também.

Uma pena nem todas poderem estar aqui hoje, mas eu entendo elas estão com outros parentes distantes e precisam matar a saudade depois de tantos anos sem ter qualquer tipo de contato concreto.

Bruna & Lyca: Um Amor Na Adolescência Pode Dar Certo?Onde histórias criam vida. Descubra agora